Um Novo Amigo

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Embora muitas coisas tenham mudado em Takemichi, a sua capacidade para tropeçar em problemas não foi uma delas. Como sua mudança foi repentina ele havia reservado apenas uma kitinet por um mês e esperava que isso fosse suficiente para achar um local para montar seu próprio negócio e morar. Apenas no terceiro dia ele começou a se mover andar pelos distritos de Shibuia era como encontrar um novo local, na época em que ele vivia por la as coisas não pareciam tão cinzas? Havia um pouco mais cor de alguma forma, agora era um centro comercial como outro qualquer pessoas iam e vinham mais parecia em desordem de alguma forma. Continuando a andar e observar viu uma loja de motocicletas, lojas de roupa dentre outras num entanto nenhuma cafeteria isso o animou mais. Depois de passar a manhã inteira andando e metade da tarde ele achou um lugar incrível e bem espaçoso, mais o preço era muito salgado e isso o desanimou. Andando distraído ele não percebeu um carro vindo em sua direção até ele ver os faróis tudo que ele sabia era que no momento seguinte sentiu o impacto do chão e um corpo caindo em cima dele. O carro passou direto sem nem ao menos prestar socorro.

_ Qual o seu problema? Ninguém atravessa sem olhar idiota! - Takemichi ficou tão chocado que só soube dizer.

_ Me desculpe. - Ele analisou bem o homem a sua frente cabelos pretos, raspado nas laterais e levemente compridos e olhos verdes. Mais o que deixou Takemichi foi ver que seu salvador tinha o lábio cortado, um olho roxo, ao se levantar e estender a mão pra ele o estranho o olhou de forma confusa. Enquanto Takemichi dizia - Obrigado - E o pegou pelo pulso e saiu arrastando.

_ Que diabos cara? Pra onde ta me levando?

_ Pra casa. - O estranho parou abruptamente assustado.

_ Como é? Olha sei que você deve esta grato mais não tô afim desse tipo de compensação - disse o cara que o salvou.

_ Não seja idiota! Você ja viu seu estado? 

_ O quê? Como você me chama de idiota, eu salvei sua vida caso não tenha percebido.

Ambos se encararram por alguns minutos até que começou a chover. Depois de parecerem dois esquisitos na chuva enquanto as outras pessoas se abrigavam. Ambos pensaram um pouco.

_ Mais que dia de merda! - falou seu salvador.

_ Olha eu não vou machuca-lo ou tentar fazer nada estranho, só me deixe ajudar. É justo depois de você ter me salvado.

_ Tudo bem - afinal esse cara não poderia fazer nada a ele. Na verdade ele sabia que ele não faria nada, Chifuyu não sabe por que mais depois do dia desgraçado que ele teve enquanto ele tentava transformar seu cérebro em geleia ele simplesmente estava observando pessoas aleatoriamente e o viu. O cara parecia tão desnorteado quanto ele e de uma forma mesquinha ele se sentiu aliviado, por não ser o único

no mundo com problemas. Mais quando ele viu o rosto do estranho e seus olhos azuis foi como um fleche disparando imagens aleatórias de momentos que ele nunca viveu mais que pareciam reais. Quando o estranho atravessou a pista sem olhar e ele viu o carro vindo em alta velocidade a única coisa que ele pensou foi ele não e quando viu seu corpo agiu sozinho. - Mostre o caminho paceiro. - e riu da cara alegre do estranho.

Eles andaram uns quatro quarteirões, até chegar a um conjunto kitnet's, subiram uma escada e Takemichi abriu a porta. Chifuyu notou várias caixas de papelão fechadas.

_ Você está de mudança?

_ Quem me dera, estava olhando um local que gostei mais parece além do que posso pagar. 

_ Sei como é. - Takemichi quis perguntar mais ficou com medo de ser intrometido.

_ Vou pegar o kit de primeiros socorros, ja volto.

_ Ok. - certo, agora ele se sentia estranho. Na casa de um cara que ele nunca conheceu mais teve imagens estranhas de uma amizade inesistente.

_  Aqui, você pode se sentar na banqueta enquanto eu dou uma olhada em você. 

E assim eles fizeram ficaram num silêncio confortavel. Depois de terminar eles olharam um pro outro meio acanhados afinal eram dois desconhecidos.

_ Aproposito eu sou Takemichi.

_ Chifuyu.

_ Certo sei que é estranho mais eu voltei pra Shibuia a pouco tempo. Vim fazer uma especialização em confeitaria francesa e abrir meu próprio café.

Ele não sabia por que havia dito tudo de uma vez, mais de alguma forma Chifuyu parecia confiável.

_ Um chefe confeiteiro hum?

_ Sim. - nesse momento a barriga de Chifuyu roncou alto fazendo o homem jovem ficar vermelho. Takemichi riu e se dirigiu a um dos armários e pegou alguns ingredientes levando ao balcão então começou a fazer um recheio maravilhos com carne moida.

_ Então Chifuyu o quê aconteceu pro seu dia ser uma merda?

_ Você não precisa fazer isso…

_ Tenho tempo o suficiente para ouvir enquanto preparo nossa refeição.

_ Eu não pedi pra você…

_ Ainda assim, estou disposto a ouvir.

_ Que tal começar a parar de me interromper?

_ Tem razão desculpe.

E assim Chifuyu acabou despejando tudo, que tinha feito parte de uma gangue desde sua adolescência mais que resolveu sair a pouco tempo, falou sobre um tal Keisuke Baji que era o pior, que ele era cego e pretendia seguir ele até o fim, isso até perceber que Baji nunca teria a mesma dedicação e confiança que ele. A razão do olho roxo e dos outros machucados era por que uma gangue rival a sua antiga o pegou desprevinido uns dias atrás. O que o prejudicou muiti em suas duas entrevistas de emprego. Para Takemichi o cara parecia no limite.

_ O pior é que sem emprego não vou ter como pagar o aluguel. E ter que voltar a morar com meus pais seria como fracassar entende?

_ Acho que sim - embora não em totalidade, seus pais nunca foram presentes sua mãe jamais levou jeito para dona de casa e sempre quis perseguir seus sonhos não importa o que tivesse que deixar pra trás, seu pai era o mesmo ele jamais conseguiria abrir mão de suas aventuras junto com seus amigos. Enfim um piloto e uma aeromoça que se conheceram se apaixonaram e tiveram ele. Agora mais velho e depois de viajar por um tempo ele entendia o apelo embora ele soubesse que jamais deixaria um filho seu de lado, não ele não conseguiria fugir desse tipo de responsabilidade.

_ Parece uma merda, eu venho economizando sabe? Pra abrir minha própria clínica mais agora é como ver minhas economias irem pelo ralo.

_ Você é médico?

_ De animais.

_ Sério?

_ Sim, sei que a maioria não ver veterinaria como medicina mais…

_ É claro que é! Você realmente deve ser inteligente Chifuyu para aprender tanta anatomia diferente e salva-los. - O homem de olhos verdes o olhou e sabia que o outro estava sendo sincero. Por que Baji-san não podia ser assim? Ele balançou a cabeça tentando se livrar dos pensamentos.

_ Que nada.

_ Não se desmereça, você deve ter se dedicado muito pra isso. É importante a gente se reconhecer principalmente se você for um bom veterinario.

A conversa continuou fácil entre os dois depois de comerem a lasanha que Takemichi havia feito com refri de cola. Infelizmente ele não podia fazer nada mais sofisticado do que isso por que não tinha feito compras que se presem. No final da noite Chifuyu se despediu e voltou pra casa, mais os garotos trocaram números de telefone para manter contato. E Takemichi sentiu que talvez tivesse feito seu primeiro amigo.

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