Introdução

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  Você deve estar se perguntando como isso aconteceu tão rápido. Eu vi todos eles. Amigos, familiares, amores. Todos morrerem e eu estava lá, assistindo cada. Um. Deles.

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— Se estiver a vontade, me conte a história do começo senhorita Alves.

  A garota de cabelos castanhos e ondulados está com os olhos cor de mel fixos na saia de seu vestido branco, o tecido de algodão misturado a fibra sintética nunca a agradou e as manchas escuras abaixo de seus olhos alertavam das longas noites sem dormir.

— Então vamos cair na mesma história mais uma vez, doutora? — ela dá um sorriso triste que some logo depois de aparecer nos lábios, as lágrimas tentam encontrar a pele da garota, mas ela as segura como pode.

— Helena, eu só quero ajudar você — a doutora diz com um sorriso maternal inclinando e balançando brevemente a cabeça.

— Eu te conto a história, a senhora me receita remédios fortíssimos e eu perco a razão por dias, me dopam e fico internada por semanas. É uma pena que ainda não tenha ficado louca — ela comenta enquanto desvia o olhar, as lagrimas rolam devagar, mas a fala da garota não treme perante a mulher de postura rígida.

— Eu tenho o dia todo — a doutora descansa as cotas sobre a cadeira de madeira, parece que alguém estava cansada da mesma conversa.

  Helena suspira, sua postura foi embora a muito tempo, ela se senta de maneira desleixada sobre o sofá de tecido verde.

— Eu adoraria uma xícara de café — ela sorri de forma falsa.

Os 7 pecados de Helena AlvesOnde histórias criam vida. Descubra agora