from hate to love - Novannah/noavannah

•capítulo 7•

                             •Sav•

- Suco de laranja ou maracujá? - Pergunto olhando a prateleira de sucos.

- Maracujá, odeio o suco de laranja do pacote, tem gosto de tudo, menos de laranja - Ele faz uma careta.

- Cara, eu já te amo - Falo aleatória então percebo o que fiz e vejo que ele sorri sem graça. - Quero dizer, você tem um bom gosto sabe.. bem eu não quis dizer aquilo eu só.. hmm

- Tudo bem Savannah, eu entendo a língua dos adolescentes, eu sou um esqueceu?-diz Carlos

- Claro, que bom então - Digo ainda com vergonha.

- suco de laranja só se for natural sabe?

- Eu também prefiro só se for natural, pensamos tão igual - Sorrio pagando pelo pacote de suco.

- O que faz da sua vida, quer dizer você se diverte ou só vive em função dos estudos?

- Eu acho que me divirto, tipo, estudo muito claro mas quando tenho tempo fico lendo livros e eles me deixam feliz  - Falo dando de ombros, pego o troco e a sacola com suco e começamos a andar para fora do mercadinho.

- Eu vivo em cima de um skate, gosto de andar pra todo lugar nele - Ele fala e eu concordo.

- Eu acho legal, as vezes fico vendo os garotos fazendo manobras por horas na praça.

- Posso te ensinar a andar qualquer hora - Ele diz e eu coloco uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Eu adoraria.. hmm, sobre ontem, eu adorei falar com você - Falo um pouco sem graça e ele sorri de um jeito tão lindo que fico derretida por dentro.

- Foi muito legal, mais uma vez me desculpa por entrar sem você saber - Ele fala e eu nego.

- Sempre que quiser pode ir lá - Dou de ombros, por que estou tão ousada? Meu Deus, eu posso terminar de sair do banho e ele estar lá dentro e.. Pare de pensar nisso Savannah!!

- Vou lembrar disso senhorita Clarke - Ele fala colocando as mãos no bolso.

Continuamos conversando até chegar na minha casa, eu entro primeiro e torço para não termos demorado muito, infelizmente todos já estão sentados na mesa e nos olham quando entramos juntos.

- Oi gente - falamos juntos e eu sorrio - Vou fazer o suco - Aviso e volto pra cozinha dessa vez sozinha. Um tempo depois vejo o Noah descendo do quarto do meu irmão, reviro os olhos porque virou um hábito fazer isso quando vejo ele.

- Oi Savannah

- Hmm - resmungo não ligando muito esperando ele sair pra eu poder fazer o suco em paz.

- Nossa que grossa, sua mãe não te deu educação não? - Ele fala brincando, mas eu não acho a menor graça.

- Ela deu porém eu escolho a dedo com quem vou ser gentil e você não merece - Meu tom irritado não passa despercebido por ele.

- Olha, o que posso fazer pra você não me tratar assim? - Ele pergunta rápido.

- Voltar alguns anos atrás e fazer tudo diferente ajudaria um pouco - Dou de ombros e ele sorri, bom, não era uma piada.

- Eu sei que eu era um chato com você mas pensei que podíamos superar isso, talvez - E eu não escondo o meu sorriso sarcástico, ele pensa que é só estralar seus dedos que vou virar amiguinha dele? Que patético.

- Poderíamos, se eu confiasse em você, o que não é o caso.

- Não confia em mim mas em um garoto que chegou em menos de três dias sim - ele acusa e eu não entendo, isso é um tom de ciúme? Não, claro que não.

- Se confio ou não nele, não é problema seu de qualquer forma - Falo maneirando no tom de voz pra parecer indiferente.

- É sim - Ele retruca e eu franzo minha testa.

- Por quê? - Ele fica em silêncio - Não tem resposta e sabe por quê não tem? Porque você nunca se preocupou comigo nenhuma vez desde que se mudou, sempre foi sobre brincadeiras idiotas e piadinhas ridículas, eu não vou baixar minha guarda com você para depois ter uma surpresa com alguma das suas brincadeiras sem graça. Não vai me passar pra trás Noah, então seja lá o que pensa que está fazendo, desista, porque eu não vou ser sua amiga. - Afirmo, virando as costas pra ele e começando a fazer o suco.

- Eu já disse que sinto por aquilo e que estou mudando poxa - ele parece até uma criança fazendo birra agora.

- E eu já disse que não confio em você, sendo assim me dá licença que eu preciso fazer isso aqui - Falo apontando para o suco.

- Pode fazer essa droga enquanto conversamos e.. - E de fato eu começo, ligo o liquidificador e não ouço mais nenhuma palavra que saí dele, só volto a desligar o aparelho quando tenho certeza que ele fechou a matraca.

- Como pode ver, não consegui ouvir uma palavra sua

- Não tem problema eu repito e - Ligo novamente o liquidificador achando graça de sua careta logo vendo ele se mover para cima de novo. - Chame o Dylan para baixo, já está pronto - Grito e sirvo os copos levando em seguida para a mesa.

Os meninos descem, Josh inclusive que eu não sabia que viria hoje se senta a mesa conosco, meu lugar está no meio entre Noah e Carlos e eu fico feliz com isso, bem meio feliz, termino de arrumar algumas coisas e me sento.

- Vamos fazer uma oração para agradecer por esse momento, dêem as mãos - Minha mãe fala e eu concordo estendendo a mão para segurar a do Carlos, ele sorri pra mim e eu ofereço um sorriso gentil em troca,  me viro para o Noah pegando a mão dele de qualquer jeito, escuto ele soltar uma risadinha.

- Obrigado senhor, por essa mesa farta e por todos aqui hoje, somos gratos por ter a Lauren e sua família aqui hoje e também a família da Úrsula e o Josh, abençoe nosso almoço e nos proteja de todo mal, amém.(gente não reparem que a família do Noah está sendo a do Josh,lembrando que é pq é uma adaptação).

- Amém - Falamos todos juntos, eu começo a comer a lasanha que está uma delícia, me concentro unicamente nela por um momento então sinto que tem alguém me olhando.

- O que foi?

- você está bonita - O Noah fala e eu fico irritada com isso, porque ele está achando engraçado me deixar brava.

- Cala boca e come - eu aponto para seu prato e ouço ele sorrir.

- De nada a propósito - Ele fala e eu não entendo.

- Pelo que exatamente?

- Por te elogiar - Ele fala como se fosse óbvio, bem, de fato é, mas quem disse que eu ligo?!

- Bem, não pedi um elogio seu - Digo bem grossa.

- E você saí por aí pedindo elogio? Que depressivo - Ele sorri levemente e eu arqueio a sombrancelha pra ele.

- E porque insinuou que eu deveria agradecer ao seu elogio se você me deu ele por vontade própria?

- Oh céus, cale a boca e coma - ele fala quando percebe que eu não iria parar de retrucar.

- Com todo prazer - Sorrio delicadamente para ele e volto minha atenção para meu prato.

Aparentemente vai ser um longo almoço pra mim.
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Bom gente foi esse o capítulo,espero que tenham gostado,desculpe o sumiço,mas é isso.
Não esqueçam de deixar sua estrelinha,não seja um leitor fantasma 👻.
Beijão 😘