sol e a lua

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Cheguei em casa e sn já estava dormindo. Desço do carro e levo ela pra dentro de casa. Tiro sua roupa cuidadosamente pra ela não acordar, deito ela na cama e vou tomar banho.

No banho eu paro pra pensar e me lembro do que ela falou. Nem tinha parado pra pensar, foi tão do nada.

Eu ficava feliz quando ela falava eu te amo, mas eu sei que é muito fácil falar de boca pra fora. Então, quando ela realmente confirmou que era recíproco eu quase me ajoelhei e pedi ela em casamento.

A gente foi tão rápido, é como se o universo já soubesse o final, mas estivesse com preguiça de contar a historia.

Eu fiquei com ela um vez no seu quarto, eu achei que ia ficar por isso mesmo e pronto, só que não... Eu estou muito apaixonado. Aquele jeitinho marrento dela, me fez derreter. Eu amo o jeito que mesmo depois de tudo que ela passou ela continuava sendo uma pessoa boa. Ter uma alma boa no mundo de hoje, não é fraqueza e sim coragem.

Nós somos como o sol e a lua, eles não precisaram ir em encontros, nem nada. Bastaram se encontrar em um eclipse e o sentimento se transbordou. Eu mostrei o céu da minha boca, depois mostrei o céu do meu coração. Pra nós, naquele momento era bem mais fácil transar do que falar. E foi isso que a gente fez.

Fazer é um ato, sentir é um fato.

Eu saio do banheiro e me troco e me deito ao lado dela. Passo minhas mãos pela sua cintura e adormeço.

Acordo no outro dia e ela não estava mais na cama, então, me levanto vou no banheiro e faço minhas higiene. Desço e ela não estava mais em casa.

-bom dia- a sn fala entrando na casa.

-bom dia- eu vou até ela e dou um beijo.

-meu pulmão ficou preto só com esse beijo- ela fala e eu dou uma risada.

Ela adora deixar o fato de eu ser um viciado de merda, engraçado.

-onde você tinha ido? - falo indo até a cozinha.

-compra mais chás, os outros já estão acabando- ela fala.

-você não comprou aquele chá ruim não, ne?- eu pergunto.

Ela mostra a caixa e abri um sorriso divertido no rosto.

-a não, amor. Eu já falei que te amo, hoje?- eu pergunto com um sorriso no rosto e chego perto dela passando a mão na sua cintura.

-não, mas isso não vai me convencer do contrario- ela me da um beijo e sai do meu braço

-poxa amor, você gosta de me ver sofrer?- eu pergunto fazendo birra.

-é pro seu bem, vinicius- ela fala.

-argh, ok. Não vejo a hora disso acabar- eu falo.

Ela da um sorriso e sai da cozinha. Eu como e depois subo também. Vejo ela deitada na cama e me deito ao seu lado.

-aonde você deixou a lola?- a sn pergunta.

-com os vizinhos.

-ata.

-amor, a minha mãe vai voltar de viagem e eu vou voltar pra casa, pra cuidar dela- eu falo.

-ok, só me garanta que vai tomar seus chás e remédios- ela para de olhar pra tela do celular e olha pra mim.

-esse é o problema...- eu falo.

-como assim?

-eu não contei pra minha mãe que voltei a fumar. Eu não posso aparecer com um tanto de chá e remédio la em casa- eu falo olhando pro chão.

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