Penhasco

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Milhares de milhões de faróis,
Presos no fundo do céu,
Que um dia,
Nós os veremos desabar a
Luz do luar.
Milhares de milhões de faróis
Estão iluminando o planeta,
Mas um dia,
Em total escuridão, nos deixarão.
Milhares de milhões de faróis,
É o que me guia nos meus caminhos
Para outras cidades, para
Imensidões de rostos novos
E desconhecidos.
Para me tornar melhor
Do que jamais tinha sido.
Milhares de milhões de faróis,
Combustões emanando beleza noturna.
Em alguns momentos,
Me lembram dos olhos invejosos
Que me perseguiram até nos
Meus pensamentos.
Milhares de milhões de faróis
Estão despencando e queimando
O azul mais escuro do cosmos,
É o fim do mundo.
Meus caminhos não são
Mais iluminados.
E esses olhos invejosos agora
Estão esmagados,
Sob esse final colossal.
Milhares de milhões de faróis
Já não estão mais aqui.
Não há mais cidades,
Nem rostos novos e desconhecidos.
Os caminhos que sigo já não tem
Me pertencido.
Costumava pensar que
Acabaríamos em fogo.
Entretanto, percebo agora
Que estava sendo um tolo.
Hoje sei que a noite mais escura
É o que perdura e se torna
O nosso Apokalypse.
Vamos morrer sozinhos,
Assim como nossos heróis imaginários,
Seremos solitários.
"Eu" vou morrer sem ninguém
Ao meu lado.
Isso até parece ironia para uma poesia,
Desaparecer sem ninguém
(Além de um papel)
Perceber.
Porém, sem cambalear,
Eu continuei andando,
Fora de vista, sem nenhuma
Luz na pista.
Até que subindo, me encontrei
No topo do Penhasco,
O mundo precisava acabar
E para isso acontecer,
Os faróis precisavam perecer.
Então, do topo do Penhasco,
Eu pulei e aos poucos
Fui fechando os últimos faróis
Que se encontravam existindo,
Meu olhos.



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Espero que gostem das poesias!

A coleção de ossos Where stories live. Discover now