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—𝒱ocê não precisa ir se não quiser— a voz era cheia de temor misturada ao carinho.

O tempo havia passado, a primavera veio e foi embora como as outras estações. O plano de Fumiko havia dado certo no fim, com intrigas por toda a fronteira da folha mais ninjas foram chamados.

Fumiko era uma ex-ninja, que ao chegar em certa idade resolveu por fim ajudar nos partos das mulheres da vila, criando seu longo histórico naquilo. Aiko jamais poderia reclamar da criação recebida. Com a mente de uma jovem conseguia perceber o porquê do treinamento rigoroso recebido.

Se ela fosse realmente uma criança saberia que não seria bem aceito, essa falta de liberdade fazer o que bem quiser, mas ela não era uma criança. Às vezes Aiko se perguntava que tipo de vida aquela criança teria se não fosse as memórias passadas.

Após poucos dias de vida, decidiu por fim viver relaxadamente, ou tentar pelo menos... estava cansada de lutar e buscar por algo, queria que aquele tormento sem fim acabasse. Então seguiu o treinamento, seguiu as ordens, apenas isso, passava o pouco tempo livre só e vazia no silêncio que uma vez fora assustador, mas que agora parecia acolhedor. Uma morta viva, a casca vazia.

Com o tempo, mesmo que não quisesse, Aiko adquiriu por mais mínimo que seja um carinho pela senhora, então por ela resolver ter um pouco de trabalho a mais. Abriu um sorriso, mesmo que falso para a mulher.

—Está tudo bem, não se preocupe— a voz soou calma e lenta enquanto Aiko fazia um pequeno carinho sobre a parteira abaixada à sua frente —Quando der eu volto para visitar— não planejava voltar, mas contou a pequena mentira para que a parteira pudesse por fim relaxar, tinha conhecimento que mulher era ocupada e ela já havia feito demais para ela.

—Cuidado e qualquer coisa—

—Grito, chuto algum saco e procuro por um adulto..., eu sei, não precisa se preocupar, mas tenho que ir agora— as sobrancelhas subiram para cima, já sorria a tempo demais, quanto tempo ainda teria que segurar aquilo?

—Não me culpe por me preocupar por minha cria— rolou os olhos para o alto, enquanto recebia um dos vários abraços esmagadores.

Então a garota por fim foi embora, a pequena mochila nas costas andou pelo terreno extenso do clã. Alguns olhos curiosos sobre si que tratou de ignorar. O tempo que passou com a velha Fumiko quase não saia, fazendo sua existência ser quase inexistente. Mas com a vida do pai de volta, teria que voltar para debaixo de seus braços nada acolhedores.

Aiko ainda lembrava de sua primeira e única memória do homem, se perguntava quanto tempo demoraria para o homem tentar matá-la. Havia escutados os rumores, de que por fim o grande guerreiro havia enlouquecido. Ainda não havia decidido se iria buscar viver por mais alguns poucos anos ou deixaria o velho lhe matar.

Assim que aprendeu a falar e andar, tratou de ir atrás de informações. Qual época do anime estaria, quais futuros desastres aconteceriam. Por descobrir que estava na época de infância do Itachi, em meio a terceira guerra ninja.

As vezes quando deixava seus pensamentos irem longe demais, pensava em como ela estava perdendo uma oportunidade, afinal qualquer outra pessoa que tivesse a mesma oportunidade da garota surtaria e aproveitaria ao máximo. A chance de conhecer seus personagens favoritos e quem sabe até salvá-los, mas Aiko não sentia vontade de fazer nada, o mundo parecia tão chato ao seu ver, como uma tela preto e branco.

Um mundo pintado em cinza.

—Ei pirralha esquisita!— a voz estridente cortou sua linha de pensamento, seus passos pararam, enquanto levantava o olhar sem vida, olhos e cabelos pretos como o seu, devia ser um dos figurantes do clã, ignorou e voltou a andar —Ei! Estou falando como você, não me ignore..— os gritos eram como um som de fundo, o chiado em seus ouvidos teriam ajudado a ignorá-lo se não fosse o significado eles traziam, ou o que aconteceria em breve.

Então como sempre a coisa preta flutuava a sua frente, sem tomar uma forma concreta, a estranha ligação que se estendia de você a aquilo era o que mais te incomodava, uma das poucas que lhe causavam alguma emoção. Sempre que apareciam se entrava em um transe.

De repente foi agarrada pelo ombro.

—Ei! Seus pais não lhe ensinaram que não se deve ignorar alguém?— a voz soou perto demais do seu ouvido.

Então a explosão pela mudança, pela sombra misteriosa e irritante, e pelo gesto nada educado fez a escassez de raiva aparecer. Um movimento treinado naquele tempo de convivência bastou para jogar o garoto para longe de si. A voz era carregada da mesma frieza que uma vez havia dirigido ao doar de esperma naquela vida.

—Eu não tenho pais.

Aiko se virou pronta para ir embora, aquilo era demais para ela por um dia, mas o garoto irritante e grosso lhe parou mais uma vez, não com gesto desta vez, mas com palavras.

—Eu também não, mas meu irmão ensinou que não devemos ser tão mal educados assim!

Aiko quis rir pela primeira vez naquela vida. Céus, quem era ele para falar de educação quando havia sido tão grosseiro com ela e ainda a insultando-a.

—Devo presumir então que não deu muito ouvido ao que seu irmão disse— por cima do ombro a garota espiou o garoto caído no chão.

—Quem escuta irmão?— perguntou dando de ombro e sorrindo no fim.

Aiko ponderou por um tempo, mas ainda sentia a nuvem preta à sua frente e quem sabe não fosse tão ruim assim. Com certeza o seu pai não tinha pressa para lhe rever. Se virou e se aproximou do garoto lhe estendo a mão.

—Sou Aiko Uchiha!

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𝒮ℯ𝓂 𝓇ℯ𝓋𝒾𝓈𝒶̃ℴ.

𝒫𝒶𝓁𝒶𝓋𝓇𝒶𝓈:961.


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⏰ Última atualização: Sep 25, 2021 ⏰

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𝕾𝖆𝖓𝖌𝖚𝖊 𝖀𝖈𝖍𝖎𝖍𝖆▪ℕ𝕒𝕣𝕦𝕥𝕠 ℂ𝕝𝕒́𝕤𝕤𝕚𝕔𝕠Onde histórias criam vida. Descubra agora