Prólogo
Trocas de comando sempre eram difíceis e por isso deviam ser conduzidas de maneira fria, prática e rápida. Um levante de soldados contra seu chefe maior deveria ser controlado, expurgado, dizimado antes que se alastrasse, como fogo sobre gasolina.Uma, duas, três e quatro... Era o suficiente. Ettore pensou quando pegou mais um prego sobre a mesa, olhando para o "precursor" de uma total e errônea ideia de resistir a liderança de sua irmão.
— Escolha errada, muito errada Diego! — Ele disse, então pegou o prego direcionando ao dedão do homem, e olhou em seus olhos. — Servirá de exemplo aos seus quando ouvirem o que aconteceu aqui...
A voz dele era distante, fria e sem nenhum pingo de humanidade, e assim ele ergueu o martelo acertando, uma, duas, três, quatro vezes sobre o prego que afundo na carne do soldado rebelde, esse por sua vez gritava.
Ettore deixou o martelo sobre a mesa, olhando para a mão do homem pregada sobre a madeira, ele gritava, com certeza a dor era quase insuportável e ele não pode se importar menos. Não havia espaço para aquilo dentro dele quando se tratava de defender os interesses dos Bianchini.
Ele se voltou para os outros treze homens amarrados por correntes no fundo daquele galpão, o local de reunião deles como era chamado, assim o Bianchini mais novo ficou sabendo. Seus homens de confiança tinham tratado de invadir o lugar e render todos.
— Realmente acharam que podiam conspirar contra o novo chefe da máfia?
Ettore perguntou, mas sem se dirigir a ninguém especificamente. Andou entre a fileira de homens que queriam machucar sua família, aquilo lhe deu um novo fôlego de raiva, ele era um Bianchini e não iria tolerar qualquer ação contra eles.
— Não foi nossa intenção senhor, só estamos descontentes... Mas podemos aceitar a nova chefia e as novas regras, tenha piedade. — Diego disse, com a voz falhando pela dor.
— Que tolo você. — Ettore riu friamente. — Veja o que você provocou!
O Bianchini mais novo deu um sinal aos seus homens e estes surgiram como diversos galões de gasolina que jogaram nos prisioneiros, murmúrios de desespero começaram desde aí, mais Ettore não se importava e quando tirou um isqueiro do bolso, um sorriso cruel cruzou seus lábios.
— Tente ferir um Bianchini e sofrerá mil mortes!
Ele jogou o isqueiro conta a gasolina, ele se alastrou pelo chão, subindo então pelos homens embebedados pelo líquido inflamável e aqueles murmúrios se tornaram gritos, Diego olhou para seus homens queimando e gritou.
— Vamos embora, acabou o show!
Ettore disse aos seus homens deixando para trás a destruição, as vidas tiradas, e um homem ainda vivo.
— Senhor, devemos terminar de incendiar o local?
Um dos soldados perguntou a Ettore antes dele entrar em seu carro, o Bianchini mais novo parou, olhou para o galpão, e então encarou o homem na sua frente.
— Ainda não, eu quero que aquele sujeito sofra vendo seus homens queimar, além do mais os pregos na mesa vai segurá-lo... Estenda o sofrimento dele o máximo que puder, só depois queime tudo!
O soldado estremeceu, mas aceitou a ordem, enquanto Ettore entrou no carro como se naquela noite não tivesse mais uma vez reforçado quem era o mais cruel dos irmãos, coisa que a cada execução que ele realizava ficava mais claro.
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O Irmão Mais Cruel
Romance♣️ O Irmão Mais Cruel (Degustação) Sinopse: Consequências.... Para cada ação sempre existe uma consequência e era exatamente o que estava acontecendo. Os Bianchini estão passando por uma crise. Após Salvatore ter passado seu posto para Matteo, nem t...