Capítulo 36 - Amei você

1.8K 147 39
                                    

♥️▫️LUDMILLA▫️♥️

- Ela se foi Bru, a mulher que eu mais amava no mundo se foi - nesse momento estou no hotel deitada no colo de Brunna enquanto ela me faz cafuné, na noite de ontem eu chorei feito um bebê que sente falta da mãe, ontem não consegui pregar o olho, foi ontem que a pessoa que eu mais amava no mundo se foi. - é como se fosse uma viagem, eu queria que fosse assim, eu tento imaginar dessa forma, apenas uma viagem, mas essa viagem foi só de ida, ela não vai voltar mais pra mim - Brunna apenas escutava, estava desabafando e chorando ao mesmo tempo - essa dor dói tanto Buh, eu só consigo sentir essa dor que está me maltratando.

- Ei - ela beijou a minha testa - eu sei como é, perdi a minha mãe com 12 anos, alguns dizem que eu nem devo ter sentido a ida dela porque eu era apenas uma criança, mas aquilo doeu, aquilo queimou e só eu sei o tamanho da dor incomoda que sinto até hoje. Sei que isso tá doendo muito em você, mas eu estou aqui, estou aqui para o que for, pode contar comigo, estarei aqui pra te dar abrigo, estamos juntas e isso é pra sempre, eu te prometo - voltou a beijar a minha testa, a dor está amenizando com ela aqui ao meu lado, essa garota não é humana, com certeza é um anjo.

Dias depois

Alguns dias se passaram e durante esses dias algumas coisas aconteceram, voltei pra nova York e faz dois dias que estou dormindo no quarto de hóspedes, ignoro Brunna e todos ao meu redor, eu ainda não consegui superar a morta da minha mãe, eu não consigo acreditar que isso aconteceu, e logo comigo, o que fiz de tão ruim pra merecer isso?

Desde quando voltei pra Miami estou ignorando Brunna, a palavra certa não é ignorar e sim não dar atenção a ela, eu não confesso e nem fico perto, eu apenas como e durmo, não quero ver ninguém e nem conversar, a morte da minha mãe me abalou muito, durante toda a minha vida só tive ela ao meu lado, só ela esteve ao meu lado e deu tudo pra mim e agora não tenho mais ela. Poderia ir embora agora já que o acordo foi quebrado, a minha mãe faleceu, e agora não tenho nada pra prestar a Michelle que nem deve ter recebido a notícia ainda e mesmo se tivesse recebido ela pouco se importaria, mas algo não me deixa ir embora, tem algo aqui que me prendeu, não quero ir embora e deixar Brunna aqui, podia contar toda a verdade pra ela agora, mas eu tenho medo, tenho medo dela me odiar, e o ódio da Brunna seria devastador pra mim, e isso eu não quero, agora Brunna é a única pessoa importante pra mim.

Finalmente tomei coragem e resolvi sair do quarto de hóspedes onde estava a dois dias sem ver a luz do sol, o primeiro lugar que fui assim que sai foi o quarto de Brunna, abri a porta e vi a latina lendo um livro bem concentrada.

- Buh, posso falar com você? - assim que ouviu a minha voz olhou pra mim se assustou e deixou o livro cair no chão. Brunna se levantou da cama toda atrapalhada e tropeçando nos próprios pés, parecia nervosa e ao mesmo tempo feliz.

- Queria...que...queria falar comigo? - abriu um sorriso nervosa, fazia tantas horas que não ouvia essa voz, estava com tanta saudade.

- Sim, podemos conversar?

- É claro, quer que seja agora? eu tenho tempo pra agora, na verdade qualquer tempo, tempo é tempo né? - não entendi nada do que ela estava falando, Brunna estava nervosa e isso era tão fofo, sou tão trouxa por ela que qualquer coisa que ela faz acho fofo.

- Não é aqui, quero te levar pra um lugar, arrume uma mochila com roupas para dois dias, uma mochila Brunna, nada de malas.

- Vamos pra Paris?

- Vai ser melhor que isso, linda - beijei sua testa - agora vá se arrumar.

Assim que Brunna tomou banho e se trocou o que demorou horas, a mesma se despediu do pai, da irmã e de Patrícia, me despedi também, só que Patrícia não quis nem papo comigo, ela foi grossa a esse ponto o que fez Brunna chamar a sua atenção mas ela nem ligou. Coloquei um pano nos olhos de Brunna, disse que era uma surpresa, e toda a viagem de táxi foi assim, como o resto do trajeto não poderia ser de carro por conta do barro então fomos a pé.

False (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora