Capítulo Um;

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– Quem você disse que vai vencer? – ouviram uma voz vinda de fora do navio.

– Oe, Ace! – Luffy se virou, levando um cascudo do homem que subia a bordo do Going Merry. – Esses são os companheiros que te falei mais cedo.

O rapaz de cabelos pretos assim como os do capitão, deu um sorriso simpático, sentando-se.

– Luffy tem dado muito trabalho? – Perguntou.

– Você nem imagina. – A tripulação respondeu, em coro.

– Obrigado por cuidarem dele, pessoal. Fico muito preocupado com o Luffy, porém agora estou mais tranquilo em saber que meu irmãozinho tem bons companheiros. – Ace sorriu, descendo de onde estava e acendendo o cigarro de um loiro bonito.

– Bom, acho que vocês têm muito papo pra pôr em dia, vou fazer um lanche. – Disse o tal loiro bonito, seguindo para a cozinha.

– Pessoal, a Barock Works nos encontrou! – Gritou a moça dos cabelos azuis, apontando para a direção de onde vieram alguns tiros de canhão.

– Não se preocupem, deixem eles comigo. – Disse Ace, novamente descendo do navio.

Como usuário da Mera Mera No Mi, não teve dificuldades em queimar toda a frota dos Billions, deixando a tripulação do Chapéu de Palha boquiabertos.

– Como esse cara fez isso? — Perguntou a moça ruiva, incrédula com o que havia visto.

– O irmão mais velho de um monstro tem que ser um monstro também. — disse o homem com nariz estranho, boquiaberto igual a companheira.

Com um sorriso malandro, Ace voltou a bordo, dessa vez entrando e abraçando o irmão caçula.

– Foi um prazer conhecer vocês. – Acenou simpático para todos, que retribuíram, mesmo que ainda estivessem incrédulos com o que viram.

– O almoço está servido. – O moço loiro gritou da cozinha, agitando a mão para os outros no convés.

– Bem na hora, Sanji! – Luffy gritou de volta, animado. – Vem Ace, meu cozinheiro é o melhor do mundo! — Disse o caçula, puxando o irmão pela mão cozinha a dentro.

***

Algo não estava certo, e por incrível que pareça, Zoro percebeu.

Ace, o tal irmão de Luffy, estava muito estranho desde subiu a bordo do navio. Ninguém é tão educado assim sem querer algo em troca.

Estavam todos almoçando na cozinha, enquanto Luffy ria ao roubar comida dos pratos dos companheiros e Sanji tentava (inutilmente) pará-lo. Ace continuava sendo irritantemente educado ao conversar com todos, principalmente com o loiro, que sorria demais para o gosto do Roronoa.

 Mas a gota D’água foi quando o intruso se ofereceu para lavar a louça, enquanto sorria daquele jeito cafajeste para o cozinheiro, que claro, não percebeu as segundas intenções do outro, já que só tinha olhos para as investidas de mulheres.

— Certeza que não precisa de uma ajudinha? — Ace perguntou, enquanto se escorava na pia ao lado do loiro.

— Não precisa se incomodar, Ace-san. — Ace-san? Que porra é essa?! — Eu me viro bem aqui. E aliás, é dia do Luffy e do Usopp lavarem a louça. — Sanji virou-se para a dupla que estavam deitados no chão da cozinha, fadigados por terem comido demais. — Ei vocês dois! Vão deixar a visita fazer a obrigação de vocês?

Como já conheciam o cozinheiro há tempo suficiente pra saber que ficava irado quando contrariado, ambos se levantaram correndo para os tanques.

Sanji andou até os armários, retirando um aparelho de chá. “Hora do chá da bruxa”, pensou Zoro que ainda estava lá, por algum motivo desconhecido aos olhos do loiro.

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