˗ ˏˋ Por que choras, coisa rosa? ˎˊ -

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Capítulo Único

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Capítulo Único

Spin-off de Ice Cream

por Kory_Uchiha


Irmão!

O pequeno Sasuke correu, alegre, com um sorriso de ponta e em ponta, mostrando uma covinha que poucas vezes chegara a ficar visível e pulou nas costas do seu nii-san, rodeando-o com suas pernas e braços, se prendendo nele e sentindo-o segurar na perna.

— Cansou do treino de hoje, Sasuke? — Itachi sorri e o olha pelo canto do olho.

— Nunca me canso, nii-san!

A resposta dele, fez o maior rir. É claro que Sasuke nunca admitiria estar cansado, mesmo se estivesse ao ponto de cair de exaustão.

Depois de procrastinar por tanto com o irmão, Itachi resolveu tirar a tarde - realmente - para treinar com Sasuke, seu irmãozinho tolo.

E nada melhor do que ver o sorriso estampado no pequeno após o treino.

— Vamos 'pra casa?

— Será que a mamã fez sopa de tomate?

— É claro que ela fez, ela sempre faz 'pra você.

— Tá com ciúmes, irmão? — Sasuke gargalhou gostoso pela carranca de Itachi, ainda mais por ele ter aquelas marcas abaixo do olho igual ao pai deles, que era um tanto engraçado ao seu ver, por mais que às vezes sentia vontade de ter também para poder se parecer mais com "os homens da casa".

— Sasuke, vai me deixar surdo desse jeito — resmunga.

— Vou na...para, nii-san!

— Hãn?

Itachi parou de andar e encarou de lado Sasuke com os olhos presos em algo. Ou melhor, alguém.

— Consegue ouvir?

— O quê?

— O choro dela, Ita! O choro da coisa rosa — Itachi viu no olhar do garoto a preocupação e confusão estampadas no par de ônix, então se agachou ali mesmo no meio de uma rua não muito movimentada nesse horário do pôr do Sol.

— Vá ver o que há com ela.

— Mas...

— Vai logo, Sasuke! Só não volte tão tarde 'pra casa — Itachi sorri de canto, Sasuke desce das suas costas e ele esfrega os cabelos do menor — Até mais tarde.

Sasuke não olhou para ver seu irmão ir embora. Estava vidrado na garotinha que tinha um cabelo peculiar, tal qual o fez dar-lhe o apelido que a fazia sempre ficar com um biquinho no rosto entre as bochechas rechonchudas e bem vermelhas quando o via, chamando-a de coisa rosa.

Se aproximou com cautela, podendo assim confirmar de que sua intuição estava certa, pois o choro ficava mais e mais audível conforme se aproximava, até ficar logo atrás dela, vendo as costas curvadas tremerem e os braços passarem limpando a todo instante seu rosto, provavelmente, encharcado.

Não queria ficar vendo-a sofrer sem fazer nada...Ela ao menos sentiu sua presença! Bom, deu a entender que não por não ter feito nada do contrário a não ser continuar chorando sozinha.

Ele faria um esforço, por ela e arriscar puxar assunto. Que era uma coisa rara de se acontecer, vindo dele.

Por que choras, coisa rosa?

A de cabelo rosa se virou assustada para o dono da voz e quando seus olhos verdes, grandes e marejados encontraram os de ônix do Uchiha, o costumeiro vermelhidão na bochecha se fez presente, arrancando dele um pequeno e breve sorrisinho.

Difícil de admitir, mas ela era muito fofa quando fazia isso.

— N-Não to chorando... — ela murmurou com a voz rouca que claramente a denunciava de que estava mentindo na cara dura.

Sasuke quase se deixou rir. Que menina irritante, pensou.

— Você tá chorando sim, mas se não quiser falar não é problema...

— M-Meus pais bri...brigaram — mais uma vez, passou o braço no rosto para limpar as lágrimas.

Sasuke arqueou a sobrancelha, sentando do lado dela e encostado no tronco da árvore, porém sem olhá-la nos olhos.

— Meus pais também brigam um com o outro, é normal...eu acho.

— Brigam feio? — a voz dela era baixa e delicada como uma flor.

— Muito. Mas sempre estam juntos depois...

— Humm..

Ele queria arranjar algo que pudesse animá-la, já que falar não era muito do seu estilo e sim fazer e dar gestos concretos.

Quer doce, coisa rosa?

— Mas...você não gosta de doce e tá tarde... — murmura cabisbaixa.

— Já disse, o doce não é 'pra mim, é 'pra você e eu dou um jeito de arranjar um — ele deu de ombros e se levantou estendendo a mão para ela mas com o olhar desviado do dela — Vêm.

Sakura deu um sorriso aberto, fungando um pouco e parando de chorar aos poucos, agarrou na mão do Uchiha deixando-se ser guiada por ele e juntos foram à procura de qualquer loja que estivesse aberta e vendesse doces.

— Arigatou...

— Come esse doce logo, coisa rosa. Nem o cheiro disso é suportável — o resmungo irritado dele a fez rir e o sorriso dela, de certa forma, o deixou com um calor gostoso no peito.

Coisa Rosa - ColetâneaOnde histórias criam vida. Descubra agora