- Prólogo -

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Á séculos atrás, Drácula acaba de perder a mulher amada, a velhice chegava ao humano, e para aqueles que juraram que o grande e poderoso original não tinha um único pingo de amor, que não soubessem o que significa e nunca tivera o sentimento de carinho, tinha perdido a esposa e estava sofrendo.

Ela se recusava a se tornar vampira, queria dormir, comer, sentir tudo o que um humano sentia, ela amava um vampiro, mas amava ser humana.

Arrasado pela angústia, dor e sofrimento para descontar sua raiva e desespero optava por se envolver com mulheres humanas de prostíbulos muito requisitados, as damas eram sem igual, beleza, corpo e modos, eram educadas, e famosas por todas serem loiras de olhos claros, como um padrão.

E uma delas era especial, no qual havia chamado a atenção de Drácula era a mãe de Liv, porém seus cabelos eram tingidos, sua real cor era castanhos, a mulher só fazia este trabalhos pois havia muitos irmão pequenos para sua mãe alimentar, era pobre e seu pai havia falecido de uma doença a pouco tempo, e o dinheiro que ganhava alí iria tudo para sua família.

O sangue daquela mulher era dourado, um sangue único que apenas uma pessoa escolhida pelo destino obtinha. Era favorável a muitos seres, vampiros, lobos, bruxas, qualquer metamorfo que desejar e soubesse identificar faria todo proveito se tornando o mais poderoso de sua espécie.

Drácula não fazia ideia que aquela mulher que para ele não tinha diferença ser loira ou morena, delicada ou indelicada, apenas descontava sua raiva, muitas morriam após uma noite com o rei. Afinal Drácula era um vampiro, o prazer para ele era ver e fazê-las sentir dor.

Mas com a mãe da pequena Liv não fora bem assim, era forte e não sentia dor com pouca coisa, estava de fato encantada com Drácula após alguns meses, poderia dizer-se que estava apaixonada, porém depois da morte de sua primeira e única esposa ele não sentia mais nada além de raiva e vazio.

Num dia chuvoso, a mulher se sentia estranha, fraca e algo se mechia dentro de sí, ela estava apavorada, se Drácula descobrise mataria ela é o seu bebê, juntou o pouco das coisas que tinha e com promessas e mais promessas decidiu partir para longe, onde Drácula não pudesse a encontrar, neste momento nem mesmo pensou em sua família, eles alí não notariam sua falta não é mesmo?

Ela era apenas uma prostituta contratada para satisfazer o desejo daquele rei, estranho, mas que amava, mesmo sem saber seu grande segredo, pois as moças eram proibidas de saírem de seus quartos.

Correu pela floresta, por ali seguiria para uma trilha onde poderia fugir para um reino diferente, mas assim que cruzou o rio, o viu parado do outro lado, foi uma surpresa para ambos.

A mulher olhou a boca e o corpo ensanguentado de Drácula, estava assustada e pretendia correr, o rei largou o corpo morto e vazio de uma mulher totalmente branca e pálida, seca e se dirigiu até a mãe de Liv.

A agarrou pelo pescoço e a levantou, ameaçando-a, era óbvio que não era para ter visto isto, que as regras eram que prostitutas nunca deveriam sair de seus quartos, foi quando Drácula notou a pouca trouxinha que a mulher trazia consigo, e logo entendeu.

Estava ali para fugir, a jogou contra uma árvore que quase se partiu ao meio, o tempo todo protegia sua barriga, não queria perder o bebê, mas ela sabia que seria morta, nunca imaginaria encontrar o rei alí, e sendo um monstro, aquele que ela amava secretamente era um ser horrendo e a mataria junto a seu bebê.

Antes mesmo que ele se aproximasse ela gritou sobre estar grávida a fim de comove-lo, implorou, chorou e explicou em meio às súplicas porque estava fugindo, não queria que ela fosse morta com o bebê ali dentro de sua barriga.

Com raiva, Drácula foi até a mulher suspendendo-a ao ar mostrando seu desgosto, ele não dizia nada, porém o sorriso em seus lábios era enorme, ele estava gostando. E ela odiou cada segundo este sorriso, sua prioridade era seu bebê.

Sem pensar duas vezes e nem deixar a mulher respirar, arrancou seu coração de forma impiedosa, aos seus olhos está foi a morte mais rápida que já fizera, outras mulheres que engravidaram de Drácula tiveram uma morte lenta e agonizante.

Mas algo estava estranho, um coração ainda batia, tranquilo, calmo e sereno. Drácula pensou ter ouvido errado, mas depois de tudo que fez com a mulher o bebê ainda estava vivo? Era possível. Mesmo sendo o pai, o sangue ainda era mais humano que vampiresco por este fato era impossível.

Mas ao abrir a barriga da morena, teve a confirmação que não queria ter, era uma menina, a única garota vampira original que teria em sua família se aceitasse a menina, porém seu ódio era grande, não aceitaria nunca.

Sentia nojo, não era o bebê de sua esposa, ela havia falecido, a mulher que amava o deixou na terra e ele estava sofrendo sozinho, e foi aí que começou a odiar a imortalidade.

Em sua mente do que adiantava ser vampiro original sendo que a humana que fazia sua existência ter propósito havia falecido? Não havia sentido.

Colocou o bebê no chão lavando as mãos na represa com repulsa daquele sangue sujo da morena, recitando palavras antigas e assustadoras como as pronúncias antigas de cobras.

Ele daria a criança a aquela mulher, a rainha do inferno, ela saberia fazer bom proveito desta criança, em sua mente estava certo que a mesma morreria, Lilith não gosta de coisas "puras", já que para ele esta criança bastarda não lhe serviria de nada, e enfim Lilith aceitou o presente que recebeu do rei dos vampiros criando a menina para ser uma vampira sádica, assassina, psicopata e poderosa.

Vampiros Também Amam - 1° Edição Onde histórias criam vida. Descubra agora