Boatos

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RAGRIM

MANSÃO SCMIDTH - OLD HORBOR

- 22:40 PM - Suíte principal

O barulho de gemidos manhosos eram abafados por uma mão delicada que se segurava para não gemer alto naquele quarto grande, ao ser beijada com bastante intensidade partes irregulares de seu corpo nu. A pele macia se arrepiava ao mísero toque dos lábios macios alheio e o corpo moldado se retorcia em um prazer incomum que lhe tornava vulnerável, as costas largas enfatizando seus músculos intensos ao mover-se para se inclinar para encaixar as pernas delineadas em sua cintura e mover suavemente o seu quadril em constantes idas e vindas. — H-hmn... L-Leonard... — gemeu manhosa a bela mulher de cabelos escuros e olhos castanhos, que agora fazia questão de abraçar o loiro que estava se movendo acima de seu corpo nu. — Se continuar assim... — tentou alertar. Leonard sorriu e decidiu que era o momento dele acabar logo com aquilo, acelerou os movimentos arrancando da mulher abaixo de si gemidos mais intensos acompanhados de arranhões suaves em suas costas e quando estavas prestes a gozar aproximou seus lábios ao ouvido da mulher, mordendo o seu nódulo sussurrando docemente: — Você realmente acha que eu não sei o que veio fazer aqui, vadia ? — Naquele instante todo o tesão que a mulher sentia se misturou ao medo mais abrupto que sentiu ao ouvir as palavras do loiro. A fim de evitar que a mulher pensasse com mais clareza sobre o que ele havia descoberto, estocou com mais força fazendo com que ela gemesse e pedisse por mais, e conforme ele atendia o seu último desejo, seus fios faziam o trabalho de estrangulá-la. Poucos momentos antes de gozar, a boca aberta e olhos arregalados enfeitavam a cama do loiro que ofegante se afastou. — Você é gostosa, pena que veio para me matar. — suspirou ao falar com o cadáver em cima de sua cama, estalou a língua no céu da boca e se desvencilhou de modo bruto do corpo da mulher e caminhou diretamente para o banheiro que ficava naquele quarto.

ANEAZOS - 20:10 PM

Era o fim de mais um dia agitado em Aneazos, mas ainda havia movimento pelas ruas extensas de paralelepípedo que enfeitavam aquela cidade. O clima estava agradável apesar do sutil frio que envolvia a noite, a lua no alto daquele pano escuro iluminava tudo o que tocava. De um dos portões às extremidades desta cidade, uma figura pálida se destacava entre as diversas pessoas que caminhavam ao seu lado. Seus cabelos longos eram tão brancos quanto a sua pele, e seus olhos lembravam uma pedra preciosa devido ao seu brilho em animação com tantas coisas novas, um par de ametistas enfeitavam seu rosto, juntamente de uma cor levemente rosada em suas bochechas. Sua aparência era delicada como porcelana, assim como o seu sorriso animado e discreto observando tudo com bastante atenção enquanto andava.

O guarda que protegia e guardava aquela grande muralha, a encarou brevemente antes da moça se virar e lhe acenar em despedida. Cantarolando, seguiu caminho com bastante curiosidade. — São tantas coisas novas... ! — Comentou consigo mesma em sua língua nativa. Aparentemente a moça não era daquele continente e a julgar por toda a sua empolgação, estava ali a pouco tempo. — Há tantas pessoas diferentes também, não imaginava que os outros lugares fossem tão diversificados. — Concluiu enquanto encarava as estruturas de concreto que lhe rodeavam, até ver um lugar que julgou ser perfeito para conseguir mais informações de onde estava.

Havia uma placa acima da porta, indicando que ali funcionava um bar e uma pensão. Adentrou, estava cheio, mesmo sendo tão tarde da noite com algumas pessoas rindo e cantarolando. A moça não chamou tanta atenção como pensou que chamaria, e com passos sutis se dirigiu até o balcão, onde um homem robusto e alto estava limpando um caneco de alumínio que ele mesmo recém havia levado. — Não posso usar minha língua nativa aqui... — Iniciou o pensamento ao se sentar na cadeira alta em frente ao balcão, da mesma cor escura da madeira que enfeitava o mesmo. — Terei que usar o que aprendi antes de vim para cá. — Concluiu. Respirou fundo e encarou o barman que até então não ligava para a presença da albina, estava no aguardo da moça dizer algo.

R.D.EOnde histórias criam vida. Descubra agora