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Andamos mais um pouco pelo zoo com Camila agitada, olhando e apontando para tudo que via pela frente. 
- Eu tô com fome...morrendo de fome. Dinah choramingou atrás de nós.  Ela estava andando devagar pra mostrar que estava morrendo mesmo.
- Acho que já é hora de parar mesmo. Mani falou.
- Sim, precisamos alimentar nosso bebê. Lauren falou e bagunçou o cabelo de Dinah.
- Ha ha. Muito engraçado Jauregui mas saiba que estou sentindo minha visão escurecer e minhas forças diminuindo. Ela fez drama. 
- Ati papa. Camila que tinha copinho com bico cheio de suco na mãozinha e estava em seu colo; ouvindo o que sua papa falou enfiou o bico do copinho na boca da loira e virou. Dinah começou a tossir ao sentir o liquido em sua boca.
- Eeeew. Fez careta pois o suco de Camila era totalmente sem açúcar (somente a fruta batida com água).
- Obrigada baby. Tá muito gostoso e a sua babinha então, maravilhosa. Falou e Camila sorriu pelo "elogio" e logo ofereceu a todas nós. 
Rimos. 
E negamos.
Rimos mais ainda.
Saímos do zoo e na frente havia tipo uma praça de alimentação, com alguns food truck e lanchonetes.
- Hummm. Eu comeria um boi agora. Lauren falou.
- Muuu. Não tode. Não. Camila choramingou.
- Não amor. Não como mais boi ok. Lauren se apressou a pega-la e ficou mimando a pequena que estava manhosa com toda a atenção que recebia.
Achamos uma mesa maior pois eramos em cinco e Mani já foi pegar os cardápios e Dinah se apressou a ir junto. 
- Popoca papa. Camila apontou para um vendedor em trajes coloridos e com uma bozina que passou a nosso lado. 
- Se você chorar a mamãe leva. Ele falou ao ver a pequena apontando. 
- Té popooooca. Té papa. Choramingou e Lauren já levantou tirando a carteira do bolso e indo atras do vendedor. 
Eu tinha que cuidar ou senão Camila ficaria muito mimada. Ela era muito inocente mas sabia que um biquinho seu e as papas estavam ali para faze-la sorrir a qualquer custo.
Muito babonas minhas namoradas.
Lauren voltou a mesa com o maior pacote de pipoca que o vendedor tinha, e ainda por cima era rosa e com o desenho da Elsa (que deve ter sido o motivo de aquele ser o escolhido). 
- Não tinha um pacote maior não Lolo? Questionei com ironia.
- Da Elsa moomy.  Camila apontou e levou a mãozinhapara dentro do pacote pegando um punhado de pipocas com a mãozinha.
- Não tinha menor da Elsa. Lauren falou e eu neguei.
- Té mommy? Ofereceu educadamente. 
- Obrigada meu amor. Falei e ela sorriu mastigando junto com Lauren.
Mani e DJ voltaram.
- Queeero também. Falou e atacou a pipoca junto com as outras duas.
Mani pegou um pouco e levou a boca.
- Pedi um lanche para todas e...
- Está salgada demais. Falou e parou de comer. 
- Pipoca é mais salgadinha mesmo né Manibear. Lauren falou.
- Mas não tanto. Falei ao provar.
- Pra mim tá ótima essa salpoca. Dinah falou rindo e continuou a comer sendo seguida por Lauren. Camila nem falava de tão concentrava que estava.
- Bebê, vem na mommy. Chamei na intenção de tirar Camila de perto da salpoca. 
Ela esticou um bracinho mas no outro continuava com o pacote firmemente preso a mãozinha; a peguei que logo tratei de  tirar o pacote, entregando a Lauren. 
Dica n° 1 para pais de primeira viagem - se você estiver em público e não quiser choro confusão e gritaria jamais tire a comida da mão de seu bebê. JAMAIS.
Camila começou a chorar alto e forte como só ela sabia, apontando para o pacote e abrindo e fechando as mãozinhas. 
- Té mommy. Té. Ela falava e chorava.
Mas infelizmente estava muito salgado e ela já tinha comido muito daquilo.
- Não bebê. Ta salgada meu amor. Você quer ficar dodói? Falei e ela chorou mais ainda a ponto das pessoas começarem a olhar.
Mani  os olhou e depois olhou para a platéia ao nosso redor assim como Dinah e Lauren fizeram também. Se levantaram cruzando os braços.
- Nunca viram uma criança chorando? Perguntei com o olhar duro e muitos se apressaram a mudar o olhar.
- Acabou baby. Olha lá. Dinah mostrou Lauren jogando o pacote no lixo e a bebê chorou mais escondendo o rostinho no meu pescoço.
- meu popo popoca. Ela falava e soluçava. 
Mani e Lauren foram buscar nossos pedidos que ficaram prontos e fui ao banheiro com Camila para trocar a fralda e limpar seu rostinho vermelho e úmido pelo choro. Assim que a troquei ela parecia mais calma.
- Pode ficar aqui quietinha enquanto a mamãe vai ao banheiro. Perguntei a ela que acenou concordando.
- Fica aqui. A mamãe precisa ver seu pezinhos por baixo da porta. Falei e ela fez o que pedi. Sorri vendo por debaixo da porta o tênis pequeno pular no lugar impaciente pela espera.
- Ponto mommy? Ela perguntou. 
- Ainda não. Falei.
- Ponto agola? Ela voltou a perguntar depois de uns segundos.
- Quase. Falei.
- E agola? Ela falou e eu ouvi a porta do banheiro se abrir e alguém entrar.
- Sofia. Ouvi a voz de uma mulher.
Camila parou de pular. Vi os pezinhos imóveis e a minha bebê deu um passo para frente.
- Hija não corre. Ouvi a voz de uma mulher e uma risada de criança.
Ouvi a respiração de Camila parar por um momento.
E me apressei a abrir a porta.
Nisso a mulher saiu sem falar, batendo a porta com força mas ouvi a criança falar "mama!". 
Vi os pezinhos de Camila em ação correndo e a porta se abrindo novamente. Sai desesperada porta a fora e não vi Camila em lugar nenhum.
MEU BEBÊ.
 Gritei e meu coração começou a doer. 
Meu bebê.
Minha Camila.

Sweet BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora