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Pov Ally
Vi a loirinha correr até as mulheres e deixar Camila lá no cantinho com os brinquedos.
- Acho que ela está doente. Mani falou baixo no meu ouvido.
- Porque? Questionei.
- Está muito pálida e mesmo brincando com nossa baby, que está suando e tentando tirar o agasalho - apontou para Camila - a loirinha está com frio. Ela falou e eu olhei discretamente a menina e vi a preocupação no rosto das três mulheres.
- Tira mommy. Ouvi Camila falar chegando ao meu lado toda atrapalhada com o agasalho preso na cabeça. Sorrimos para a fofura que ela era.
- Segula mama. Ela pediu a Mani entregando duas pecinhas de um brinquedo.
Tirei o agasalho dela, o que a fez sorrir.
- Obigaada. Ela falou e correu até a loirinha.
- Eeem vamô bintá. Ela chamou e a loirinha - Emma - negou e ela parecia cansada.
- Vamô fazê um tatelo. Camila falou colocando um bloquinho amarelo na mãozinha de Emma e a chamou, abrindo e fechando as mãozinhas. Vi as três mulheres sorrirem para a pequena que se negava a brincar enquanto esfregava o rostinho no peito na morena com pose de má. Ela era fofinha demais, igual nossa Camila.
Camila insistiu e Emma acenou concordando em brincar.
- Tatelo de pincesa? Ela questionou seguindo Camila e logo elas estavam concentradas na brincadeira.
- E de pincipes. Camila falou.
- Nada de príncipes. Lauren falou e as duas meninas a olharam rápido.
- Tem pincesa e pincipe. Né mã? Emma questionou a morena mas antes que ela respondesse Dinah se pronunciou.
- O castelo de vocês é diferente, só tem princesas ! Minha namorada "indiscreta" falou.
- É! As princesas podem brincar de tudo sem ter príncipes para atrapalhar e muito menos beijar as princesas. Lauren falou e Mani e eu seguramos a risada - minhas namoradas eram ciumentas - Dinah e as duas crianças fizeram caretas iguais de nojo à menção do beijo.
- Tatelo de pincesas ! As duas falaram e voltaram a brincar.
- Oooomeudeus Lauren ! Você às vezes é pior que Dinah. Mani falou e Lauren revirou os olhos.
- Por favor, perdoe a indiscrição da minha namorada e ignore a pergunta anterior. Falei as três mulheres a nossa frente e deu uns tapinhas em Dinah.
- Você gostaria que as pessoas perguntassem isso para nós quando nos visse juntas? Questionei a minha namorada.
- Bem...não. Dinah respondeu.
- Peça desculpa. Falei e a Dinah bufou.
- Me desculpe. Eu não devia ser tão... ela começou falar um pouco sem graça.
- Curiosa. Lauren falou e riu.
- Eu ia dizer indiscreta. Dinah falou.
- Desculpada - amorena falou - e só para esclarecer Zelena e Ruby são um casal e eu não faço parte ok.
- Soi somente irmã da ruiva. E a propósito sou Regina. Ela falou.
- Espera, vocês sim tem um relacionamento, não é? A morena - Ruby - perguntou.
- Ruby! Zelena, a ruiva falou mas a curiosidade estava em seu olhar.
- Sim, nós temos. Dinah respondeu e nós concordamos. Começamos a conversar e Ruby, Lauren e Dinah pareciam amigas de infância falando sobre tudo e nada ao mesmo tempo enquanto Zelena e Normani falavam sobre viagens, e eu e Regina falávamos das nossas filhas.
Outra mãe chegou trazendo um menininho birrento de uns 6 anos que correu para os brinquedos assim que a mãe o soltou.
- Austin. Não se suje querido. Ela falou sem nem olhar para onde o filho ia.
- Tá mamãe. Ele respondeu e ela voltou a atenção a uma revista que tinha ali.
Meu coração disparou assim que oivi choro de criança ecoar pela sala. Fiquei em pé ao mesmo tempo que Regina e olhamos para onde as crianças estavam; tinha uma bola com 6 braços e 6 pernas no tapete onde os brinquedos estavam. Corri pra lá mas Dinah chegou primeiro e tirou as crianças das mãos uma das outras, todos estavam sujos de sangue e as meninas chorando enquanto o menino estava com os braços cruzados e todo bagunçado, sem choro e com o rosto chateado.
- Moooommy. Dodói. Doooodói. Camila choramingava me olhando.
- CAMILA! A peguei nos braços e segui para o sofá, a coloquei no chão e passei a mão por todo o corpinho dela mas não achei nada que indicasse de onde o sangue vinha.
- EMMA! EMMA! Regina correu desesperada para meu bebê e como nós estavamos no caminho dela, ela literalmente empurrou Lauren e Dinah para o lado para alcançar seu bebê.
- Oxi. Dinah falou se desenroscando de Lauren.
Olhei para Emma nos braços de Regina, e eu podia ver que ela estava assustada e tinha sangue pelo rostinho, nas mãozinhas e na blusa então era dali que vinha o sangue. Camila estava grudada em mim, choramingando e olhando para Emma.
A mãe do menino passou por nós assim que viu o filho sendo segurado por Dinah, Lauren estava a seu lado como sempre.
- Tire a mão do meu filho. Ela falou e Dinah o soltou e o menininho aproveitou para chutar a canela de Dinah e de Lauren. Seria cômico se não fosse trágico ver as duas pulando em um pé só, com os rostos contraídos de dor.
- Não, no pode batê nas papas. Não pooodê. Camila correu e falou para o menino que a empurrou, fazendo ela cair para trás.
- Bebê ! Falei vendo Camila no chão mas antes que eu chegasse até ela vi meu bebê levantar e chutar a canela do menino que uivou de dor.
- Aaaaustin. A mulher falou puxando o filho para si, ao que ele tentou ir para Camila novamente.
Peguei Camila nos braços e ela estava com um biquinho fofo e choramingando esfregando os olhos.
- Menino bobo bateu na zente mommy. Ela falou apontando para o menino.
- Mentira ! Ele falou e a mãe nos olhou com cara de poucos amigos.
- Vêdade! Tamila não mente mommy. Ela falou segurando meu rosto.
- Não mente mama e papas. Ela falou.
- Nós sabemos bebê. Eu e minhas namoradas respondemos a ela.
- Lógico que mente. Meu filho é um príncipe e que tem pais que o educam dentro dos ensinamentos da família tradicional. Ela falou com a voz cheia de indignação por nossa família.
- Ele puxou tabelo de Tamila e Emm e estagou o tatelo e Emm ficou bava e saiu sangue do nalizinho dela e ele empulou ela e ela xolou. E a zente bigou. Camila falou e escondeu o rostinho no meu pescoço.
A mulher nos olhou sem acreditar.
- Essa menina boba nem sabe o que fala e aliás eu achei que a Dra McPhee era mais seletiva com seis clientes. Ela falou.
- Ora sua...Dinah e Lauren falaram ultrajadas com o tom de voz da mulher.
Mani puxou as duas para perto de nós e para longe da discussão e logo se pôs a nossa frente.
- Cale-se. Não permito que fale assim conosco e muito menos que julgue nossa vida. E fique sabendo que família não é um homem e uma mulher; família são pessoas que se amam e que se cuidam e se respeitam. E nossa filha não é boba ela é pura, é a pessoinha mais inocente que eu conheço ao contrário desse seu pequeno Lucifer ai. Mani falou e a mulher ficou vermelha de raiva.
- Vamos embora Austin. Reclamarei depois com a Dra McPhee. Falou e saiu puxando o filho que nos olhava com raiva.
Olhei para Camila em meus braços e ela mostrava a língua para ele.
- Não pode bebê. Falei a ela que corou envergonhada.
- Detupa. Falou e me agarrou.
- Ela está bem? As três perguntaram olhando o sangue na roupa da pequena.
- Não é dela. Falei e Mani olhou rapidamente para Regina que entrava njma sala com Emma nos braços.
- Querida, pega pega o lenço umidecido por favor. Pedi a Lauren.
- Tem certeza que não é dela? Mani me questionou e Lauren me entregou o pacote com os lenços.
- É da loirinha. Falei baixinho enquanto tirava a blusinha de Camila e a limpava com o lenço. Camila parecia agoniada e começou a chorar.
- Nanananao. Não ter mommy. Ela falou e cruzou os bracinhos, não queria a roupa.
- Vamos vestir amor. Falei passando a mão nas bochechas molhadas dela.
- Nãooooo. Falou enfregando o rostinho entre meus seios.
- Ooow. Falei pois estavam cheios e doloridos.
Zelena me olhou, sorriu mas e eu via a preocupação estampada em seu rosto.
- Regina está no baby room, porque não vai com ela. Zelena falou e apontou o corretor.
- Vá com ela Ally. Sabemos o que ela quer. Dinah falou.
- Nós ficamos aqui. Mani falou e eu concordei. Segui com Camila agitada no colo; abri a porta devagar para não assustar Emma e Regina; no baby room tinha três poltronas, três berços e um trocador, e as paredes tons pastéis e desenhos infantis.
- Como ela está? Perguntei me sentando com Camila chorando baixinho no meu colo.
Regina me olhou meio receosa mas lhe sorri grande quando a vi amamentando Emma.
- Não sei. Ela falou suspirando alto.
Eu entendia, era difícil ver nosso bebê doente e não saber o que fazer para melhorar.
Camial se agitou.
- Shhh calma bebê. Falou e deitei meu bebê nos braços; levantei a blusa e abri o sutien, Camila não esperou nem um segundo e abocanhou meu seio que estava cheio de leite. Suspiramos, eu pela sensação inebriante de amamentar e ela feliz por ter seu desejo atendido. Ela fechou os olhinhos, deixando tudo que não fosse nós duas longe de nosso momento.
Regina e eu nos olhamos.
Sorrimos uma para a outra.
Ficamos ali as quatro em silêncio e em harmonia.
- Mããã... Ouvi Emma chamar e ao mesmo tempo vomitar encima da mãe.
- SOCORRO ! Gritei assustando Camila que começou a chorar novamente pelo susto.
Minhas quatro namoradas entraram afoitas e Mani sendo médica logo tomou Emma dos braços da mãe e saiu do quarto depressa.
- Emma ! Regina chamou correndo atrás da minha namorada.
Ninei Camila e ofereci o seio a Camila, que começou a mamar mesmo com um biquinho fofo nos lábios assim que parava de mamar para respirar.
Depois de um tempo ela dormiu mas ainda continuava mamando então a deixei no seio. Ver Emma e Regina daquele jeito fazia meu coração apertar e rezar para que Emma estivesse bem e fosse só um susto; e esses pensamentoa me faziam apertar Camila mais em meus braços - Lauren e Dinah sentindo minha inquietação me abraçaram - me fazendo sentir meu mundinho em meus braços - seguro, amado e em paz.
Eu agradeçoe peço e agradeço por isso todas as noites.

Sweet BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora