— Acabei. Quer ver como ficou? — Segurou um espelho médio, refletindo em um espelho maior para dar o ângulo exato. Jimin estica o pescoço tentando ver melhor. — E então?
— Ficou maneiro, aí! Você realmente é a melhor nisso!
Ela apenas sorriu, guardando suas coisas em silêncio.
— Você está bem? Sabe... Desde de que cheguei você ficou calada. Podia ter dito para eu ir embora naquela hora. Temos essa liberdade de não querer estar um com o outro. No meu caso eu desejo você do meu lado a cada segundo que passa e quando estou longe, fico sem um pedaço de mim mesmo.
Aqueles súbitos discursos de fofura a faziam se sentir culpada. Jamais admitiria que por conta do sorriso dele, do dentinho da frente com uma pontinha quebrada, não respirava mais como antes, sempre travando em algum ponto quase se sufocando. Cada detalhe de Jimin fazia seus pelinhos do braço se eriçarem, feito uma força magnética invisível. Era maravilhoso, mas se tornou um estorvo ao assumir o mesmo lugar em uma categoria já preenchida.
— Vou pegar a fichinha e te colocar no orçamento — ela muda de assunto. — Da outra vez eu me esqueci e tive que pagar do meu bolso para o Jeon. Já volto.
Pegou-a pelo pulso. As íris dela intercalando entre o toque e ele, o toque e ele, o toque e ele.
— Vamos aproveitar que esse explorador não está aqui. Que tal? Quero te dar muito carinho nessa cadeira...
— Sabe que não é bem assim entre mim e ele — tenta justificar, bufando com o cabeça dura que é Park Jimin.
— Vai me dizer que não quer que eu te faça uma massagem delicinha depois de se esforçar tanto hoje no trabalho? Suas mãozinhas me parecem tão molinhas. Deixa eu segurar elas e acariciar seu dedinhos, vai? Eu sei que você quer, então vem cá! Vou cuidar de você, princesa. Vamos...
Arrasta a palma dela nos seus lábios carnudos, deixando pregar e dando beijinhos ali que causaram uma sensação eufórica na boca do estômago da jovem tatuadora. Como não passava de um tarado disfarçado, molhou os lábios como ênfase no escuso "eu te quero".
— Existe uma regra para não transar no local de trabalho — disse friamente aquela que desde os 11 só sabe quebrar regras.
— Sydney, está vendo alguma placa? — Ele olha de um lado para o outro. — Porque eu não estou.
— Deixa de ser bobo, Jimin! A gente faz isso outro dia, tá legal?
Ela tenta se virar, porém a pegada a impede. As bochechas dele estão para dentro, os olhos estreitos. Até furioso ela o achava fofo, muito contrastante com Jeon, que metia e muito medo se sequer travasse o maxilar.
— Affs! O que foi, hein?
— Você disse "isso" como se não fosse nada. Eu e você não somos nada? Quando a gente transa não significa nada? Quando eu cheguei e vi você e aquele cara não me pareceu que ligavam em passar dos limites por aqui. Por que comigo é diferente? Ele faz melhor, Sydney? É isso? Acha que ele te fode melhor?
— Credo, garoto, vê se cresce! — Se livrou do toque dele. A fitada dele a enraivecendo. — Chega aqui sem hora marcada e sem ter nada em mente, daí inventa na hora... O que que é? Acha que fazendo isso vai me sustentar? Essas merrecas não dão para nada! Por que você não escolhe uma tattoo maior, huh? Tem medinho?
O rumo da conversa se perdeu. Brigavam por coisas diferentes, mas igualmente sem sentido. O objetivo dele era estar com ela, cometer loucuras por ela. Pagar suas contas e tudo mais não tinha a ver, pois sabia muito bem que ela não precisa de ninguém nesse sentido. A questão é que o amor nunca esteve no vocabulário daquela suburbana e mesmo ele esfregando na fuça dela, Sydney não via. Para ela o que importava era o sexo, e nesse ponto Jeon e Park faziam como ninguém.
— Às vezes você é cruel demais comigo e eu não mereço — ele suspira chateado. — Me diz... O que eu fiz de errado contigo? — Ela ponderou, calando-se ao não se lembrar de nada. — Exatamente! Nada! Nos damos muito bem e nós nos gostamos. Não tem porque você querer estragar nossa relação.
— Eu não quero estragar!
— Então eu é que pergunto: o que que é, hein?
— Isso se chama dúvida — a voz grossa veio do corredor, seguido por alguns passos ecoantes que mostraram a silhueta do dono do lugar. — Nunca esteve nessa posição de escolha Park Jin? Seu coração nunca esteve dividido?
— É Park Jimin! — levanta a voz e a si mesmo, ficando tete a tete com o fumante. — Coloca nessa sua cabeça aproveitadora que, não importando você ser o chefe dela, isso não te dá o direito de mandar nela e nem de escolher por ela! É Sydney que decide com quem ela quer ficar! — Jeon tirou o cigarro da boca, soprando para cima na maior calmaria, inclinando brevemente a cabeça para Sydney.
— Quer se explicar, gatinha? Ou vai querer que eu conte a ele? — diz Jeon Jungkook, voltando o cigarro para a boca, uma atitude realmente irritante.
— Jimin... Tira o Jeon da equação, valeu? Quem não quer um relacionamento sério sou eu.
— Quer dizer que...
— Eu não quero namorar nenhum dos dois. Quero curtir sem compromisso. Se não estiverem na mesma vibe, não vão me ouvir implorar para ficar comigo.
— Porra, você fica tão sexy quando mostra quem é que manda... Amo ver esse seu lado — comenta Jeon.
— Então você... Essa merda é confusa pra mim. — Jimin passa a mão na cabeça, negando de leve.
Notando o desconforto dele, Sydney se aproxima, puxando-o pela nuca e beijando seus lábios de forma possessiva. Jimin teve a mente explodida, por assim dizer. Pôs as mãos abertas nas costas dela, fechando-as aos poucos e juntando sua pele, esmagando e se aproximando dela. Chegou a ouvir um barulhinho gostoso sair da boca de Syd por conta dos apertos, continuando até ela parar e se virar de costas, buscando seu segundo amante. Pegou seu chefe pela camiseta, que jogou no chão e pisoteou o cigarro, sendo mais esperto e já indo contudo no pescoço dela. Jeon lambeu seu ponto de pulso, dando chupões fortes ali. Era esse equilíbrio que enlouquecia Sydney. Os dois atenciosos, um mais bruto e liberal, o outro mais delicado e exigente. Ambos caidinhos por seu jeitinho maluquinho.
— Sabe quantas vezes fantasiei vocês dois sozinhos comigo em um quarto apertado, cheios de tesão e cegos de luxúria? Nem sei dizer porque perdi as contas. Me toco quase todas as noites pensando nisso. Às vezes que eu masturbava vocês, um em cada mão, pulsando e gozando na minha cara depois de eu fazer cada um chegar ao ápice... — usava e abusava com uma voz sexy.
— Sua safada do caralho... — murmura Jeon sem perder a concentração.
O olhar de Jimin, o canto de seus olhos ficou ainda mais puxado, cortante, despedaçando a vestimenta de Syd e transformando em farrapos.
— É o que quer? — queria sua garantia.
— Sim, Jimin. Faria isso por mim? — Detalhe que Jeon não desgrudava do pescoço dela, fazendo movimentos circulares com a língua.
Jimin mordeu os lábios, dando uma coçada rápida na cabeça. Nos alto-falantes Bad To The Bone criava a oportunidade de máquinas exterminadoras causarem o apocalipse.
— Eu sou maluco e um tolo por você.
— Me diz algo que eu não saiba, bonitão — provoca, chamando ele com o indicador.
Jimin abocanha o outro lado do pescoço de Sydney. Os selvagens não tinham modos, machucando tanto a pele dela que na perícia confundiriam com estrangulamento. Mas Sydney não havia morrido por conta daquele pequeno incomum prazer. Nada disso! Estava mais viva do que nunca. Imaginava mil posições diferentes para dar pros dois. E nas mil vezes ela tinha um orgasmo absurdamente potente, do tipo de contrair sem parar e salivar litros e mais litros.
Ela virou no meio dos dois, esfregando a bunda em Jeon e mordendo o canto da boca de Park, que arrepiava sem parar. Entrando no jogo, puxou a camiseta da garota pra cima, revelando um belo sutiã de seda sem bojo, o favorito dele. Acontece que o gosto de Jeon mudava um pouco, preferindo os seios bem soltinhos, por isso abriu os fechos e faltou delirar quando viu os mamilos róseos saltarem para fora. Não satisfeito, foi para a orelha cheia de brincos dela, prendendo entre os dentes o hélix e puxando — adorava fazer pequenos machucados nela, somente para cuidar depois —, um fetiche único e exclusivo de Jeon Jungkook. Sydney gemeu na boca de Park com os puxões, sentindo seu tronco todo dar uma esfriada. Mas Jeon sabia que era a rosa da nuca que fazia o rio agridoce de Sydney escorrer.
— Aí não... Meu ponto fraco não...
— Acha que vou com calma só porque temos um convidado? Pensou errado, vadia.
Colocou a língua inteira para fora, passando debaixo para cima na tattoo da nuca. As reações dela eram indescritíveis. Ficava fora de si.
— O convidado aqui é quem chega por último, amigo. Sinto te informar.
Park não perde pela chance de apalpar os belos peitos da garota, circulando os bicos com os polegares. Foi na junção dos beliscões nos bicos e na investida na nuca que ouviram o primeiro gemido da noite.
— Está sensível assim? Mal te tocamos, coração.
— Cala a boca e senta na maca, Jimin. Não aguento mais imaginar como seria seu pênis fodendo minha boca — deu a ordem de repente.
— Falando assim, princesa, deixo você fazer o que quiser comigo.
Sentou-se, abrindo a braguilha e passando a mão na sua ereção. Sydney subiu na maca meia esticada, tirando as mãos de Park do caminho para pegar seu pirulito. Tocou no topo, admirando a viscosidade dele.
— Vai, anda! Me coloca na sua boca! Chupa meu caralho!
Ela abaixou e começou a rodear a glande suavemente com a língua, depois tirou e colocou somente a cabeça na boca, atiçando Jimin o máximo que podia. Olhando para ele e para seus ombros subindo e descendo desregulados, engoliu mais alguns centímetros, mas ainda não o suficiente. Park então a segurou pelos cabelos e a guiou, fazendo com que seu pênis fosse fundo na garganta alheia. Chupava no ritmo em que ele ditava, o do cara que aproveita a lentidão, só que também quer ver a garota engasgar e lacrimejar os olhinhos.
Excitado e faminto, Jeon desafivela as calças, colocando para fora sua virilidade. Observou a cadela no cio que é sua funcionária engolir com gosto o pau de Jimin, dando sopa com a bunda empinada. Pegou o tecido que a protegia e rasgou somente onde o interessava, passando dois dedos na calcinha preta e sentindo neles o aroma doce.
— Toda vez que sinto seu cheiro é como se fosse a primeira vez... Tão suave.
Sydney gostaria de responder o sex talk, porém sua boca estava um tanto ocupada. Ela mal conseguia respirar, tendo que se monitorar para não perder a consciência com a comida na boca.
Quando sentiu a ardência, Jeon já a tomava em doggystyle. O desgraçado a alargou e ficou paradinho, observando a coluna dela retorcendo e tentando se adaptar ao invasor desejado. Espalmou a mão, tocando na linha da cintura e segurando forte para desferir as investidas. Uma, duas, três... Tapa! Quatro, cinco, seis,...
— Sua boceta me recebe tão gostoso. Apertando meu pau dentro dela, te alargando e te fazendo gemer. Aperta, gatinha. É assim que você gosta, não é? É assim que as putas gostam. Gostam de apertar o meu pau. Você é minha puta, huh? Minha puta.
— S-sou... — sua voz se perdia entre os gemidos.
Sydney passou a massagear Jimin, ofegando e gemendo ao ser amaciada pelo cacete duro de Jeon. Batia para Jimin, olhos nos dele, os dele nos dela.
— Eu te disse para tirar da boca? — Garrou no cabelo dela, fodendo aquela goela gulosa, sentindo a úvula encostar na sua glande. — Que delícia-ah! Sua boca é tão boa quanto sua boceta! Engole! E-engole m-minha p-porra-ah!
Aquele cremoso era como uma vitamina nutritiva, sendo assim, Sydney não desperdiçou uma única gota. Tornou a bater para ele, que rapidamente enrijeceu, a cabeça jogada para trás em 80 rpm.
— Chega! Abaixa! — ordena Jeon, arrebitando o máximo que podia a bunda de Sydney e lascando um tapa estalado naquelas nádegas redondas.
— Yah! Cace... P-porra!
— É gostoso ser comida por trás, huh? Eu sei que você ama isso, então grita pra mim! Geme meu nome, Sydney!
— Jeon...! Mais f-forte, Jeon!
Acelerou, batendo carne com carne, aumentando o canal vaginal a cada baque anestesiante. Chega ela esqueceu de movimentar a mão, desprivilegiando Jimin. Ficou vesga e amoleceu a mandíbula feito uma boneca inflável.
— Vira, gatinha. Vira pra que eu goze nessa boquinha.
Foi ela virar, Jeon bater uma e esporrar no rosto dela, que lambeu os lábios avermelhados.
— Mmm...! Ownn, garota... — grunhiu, penteando os cabelos caídos na sua testa.
Ela sorriu, esquecendo que atrás de si havia outro homem esperando pela sua vez. Pegou-a e trouxe para seu colo, uma posição perigosa demais. Sentiu na sua entrada outro golias esfregando e a melando.
— Hoje você vai sair daqui com uma bela assadura nesses lábios, está ciente, não está?
— E é esse o motivo de te considerar um tagarela.
Mas ela se arrependeria de ter dito aquilo. Jimin encaixou nela, entrando fundo. Sydney jogou os cabelos para trás. A tara dele era os puxar, segurando as rédeas enquanto ela cavalgava inversamente nele, indo para frente e para trás.
— I-isso! — juntava a saliva na boca, visualizando aquela Deusa realizando um truque de mágica no seu membro, sumindo e o fazendo reaparecer.
— G-o-s-t-o-s-o... — ao menos sua separação silábica era coerente.
Ereto, Jeon se aproxima, enfiando o mindinho na argola dos lábios dela, puxando e lambendo seus dentes cerrados, bastante quente. As jabuticabas dele dissecavam a córnea avermelhada dela. Olhando para baixo, viu a dança do ventre que os seios dela faziam, sendo capazes de controlar o movimento da naja dele.
— E se eu morder aqui?
Pasmem! Ela também tinha um piercing atravessando o mamilo direito, que foi pego entre os dentes frontais de Jeon. Foi esticando aos poucos, ouvindo as súplicas roucas de Sydney sem parar até escutar o tão requisitado grito de prazer. Mamou aquele peito durinho, acariciando o outro e, para completar, pegou seus dedos e localizou o clítoris inchadinho. Fez movimentos circulares, intercalando entre o prender entre os dedos. Enquanto isso Jimin ergueu o tronco, beijando de língua a nuca dela.
As pernas de Syd começaram a tremer. De fraquinho passou para um terremoto em segundos. Jimin mordia sua nuca, martelando na sua vagina sem dó. Jungkook chupava e judiava de seus frágeis mamilos, estimulando seu clítoris desajeitadamente.
Seu ângulo de mandíbula tornou seu orgasmo uma coisa linda de se ver.
— Olha como ela treme! Nossa você ensopou meu pau com seu gozo, Syd. Consigo ir tão mais fundo em você assim... Minha nossa-ah!
Jimin saiu bem a tempo, sujando as costas dela e a abraçando. Deu beijinhos no seu ombro, praticamente adormecendo neles. Jeon lambeu e chupou seus dedos, puxando-a para a ponta da maca e ficando no esfrega-esfrega de intimidades. Proporcionou um segundo orgasmo em Sydney, uma quase convulsão, e gozou após ver a expressão de deleite dela.
Os três eram só arfares e gemidos.
— Tenho que... mudar essa... playlist... Essas músicas... fizeram meu coração... se encher de... adrenalina... — pausava a garota para respirar.
— Acho que até se estivesse tocando jazz o meu ia querer sair do peito — discordou Jimin.
— Talvez eu te respeite um pouco mais por ter bom gosto, tampinha — disse Jeon e Jimin o mostrou seus dedos médios. — Mas que bagunça. Eu não vou limpar isso nem fodendo.
Jimin e Sydney riram.
Jeon catou as coisas dela e a entregou. Sydney se vestiu, saindo de cima da maca com o apoio dos dois. Só então eles se arrumaram, voltando a ficar ao redor dela.
— O que é isso no seu pescoço? — Jeon juntou as sobrancelhas para Jimin.
— Uma rosa — respondeu simplista.
Jeon puxou raivoso a gola da blusa, revelando uma rosa idêntica no seu ombro. Os olhares se voltaram para a pequenina tatuadora.
— O que os dois estão olhando? Querem repetir? — e sorriu.
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❝𝐓𝐚𝐭𝐮𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐏𝐞𝐭𝐚𝐥𝐚𝐬⚥❞
Fanfiction[THREESHOT] Clientes surgiam com as mais inusitadas ideias em mente. Desejavam imortalizar em seus corpos símbolos que iam de religiosos a macabros. Lá, natimortos na cadeira, recebiam uma tortura paga e depois ficavam contentes. As mãos tinham de s...