Boa leitura !Me dirigi até o pequeno balcão no fundo da loja.
Aquele lugar cheirava a mofo e antiguidade.
- Boa tarde - Falei com a atendente que mascava um chiclete e olhava distraidamente uma revista.
- Boa tarde - Sua voz era tediosa, e não era de se esperar menos se você trabalha em um lugar como esse. Coloquei as mudas de roupas usadas e gastas em cima do balcão - Vai querer mais alguma coisa ?
- Não, só isso mesmo - Ela olhou a etiqueta do casaco cinza um tanto quanto fino para o frio de Londres, de um boné azul escuro e da calça jeans altamente surrada.
- Sete libras - Ela estourou uma bolha cor de rosa com um barulho extremamente irritante.
Entreguei as cédulas que tinha no bolso, com ela me devolvendo algumas moedas em troca. Ela colocou as roupas em uma sacola qualquer sem identificação, me entregando logo depois.
Murmurei uma despedida, que a mulher nem mesmo se prontificou de responder.
Saí daquela espécie de brechó, adentrando as ruas ainda movimentadas de fim de tarde. O vento estava forte e gelado, fazendo meu cabelo que estava na altura dos ombros voar.
Passei em um mercado pequeno na esquina perto do hotel, pegando alguns alimentos com longa durabilidade e validade, e algumas garrafas de água mineral.
Então finalmente passei pela porta que tinha o vidro trincado pelo acidente de dias atrás, sentindo o calor do interior do local me invadir. Não era aquecido o suficiente para ser confortável, mas era o melhor que podia oferecer.
Era um hotel barato de um dos bairros periféricos de Londres. Acho que nem poderia ser realmente considerado um hotel, já que as estruturas eram horríveis e precárias. Denominaria como um tipo de abrigo comunitário para aqueles que não tem casa, mesmo que fosse pago.
- Boa tarde, senhor Griffin - O rapaz que ficava na recepção me cumprimentou quando cheguei mais perto.
- Boa tarde - Disse seco, querendo cortar algum tipo de papo furado que ele quisesse começar, como sempre tentava fazer.
Segui apressado pelas escadas estreitas do prédio de cor morta, parando no segundo andar. Andando até o final do corredor, destranquei a porta do apartamento 203.
Era uma estalagem simples, como o resto do lugar. Uma janela que dava para um tipo de beco ao lado da construção, uma cama de solteiro no centro, uma pequena mesa em frente e uma porta para o banheiro. Que adivinha só, também era minúsculo.
Deixei as sacolas com as compras em cima da mesa. Indo direto para o banheiro.
Tirando a roupa e o gorro que tinha na cabeça, entrei no chuveiro.
Algo surpreendente é que a água daqui é quente, porém tem horários que ela deixa de ser.
Nem tudo é um mar de rosas.
Passei as mãos pelo rosto, tentando tirar a frustração junto com a espuma que descia pelo meu corpo.
Não querendo tomar um tipo de advertência, ou taxas extras sobre uso além do limite permitido da água, terminei logo o banho. Passando a tolha pelos cabelos, secando e bagunçando ainda mais.
Vesti calça e blusa pretas, me permitindo um pouco de conforto pelo uniforme familiar.
Desembalei as roupas, colocando-as na mochila que estava sempre pronta. Parte da comida deixei em cima da mesa, e a outra também coloquei na mochila.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Archer Project
FanfictionJames e Lily Potter buscavam por seu filho perdido fazia anos. As especulações do que poderia ter acontecido com o menino eram as piores, mas o casal ainda tinha aquela chama de esperança bem no fundo de seus corações, mesmo que dia após dia o tapa...