ARLON - Os Mavinus - Snown, uma familia de Ladrões - Livro 01

Capítulo 09

Olha eu de volta meu povo!!! Me desculpem por ter demorado tanto para postar, mas é que na semana passada eu não parei em casa e ontem minha internet caiu. Então pronto, agora estou de volta!!!!

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Christopher Thomas

Sinto um braço forte e quente passar por minha cintura, solto um gemido rouco assim que esses braços apertam o meu corpo. Fazendo com que eu aproveite um pouco mais do calor tão maravilhoso e acolhedor no qual eu estou sentindo. É muito bom, tão bom que eu não lembro se alguma vez na minha vida eu já senti como estou me sentindo agora. Não, eu tenho certeza que não! Esse pensamento traz um sorriso em meus lábios, é bom estar me sentindo dessa maneira. Com os olhos fechados eu tateio minha mão a procura da sua, mas ao alcançá-la eu senti algo estranho. o que senti não era sua pele quente e sim a maciez e frieza do couro. Luvas! Essa pessoa que está comigo está usando luvas de couro, e é muito estranho por que isso se tornou muito familiar para mim.

— Feliz aniversário, meu querubim! — Uma voz rouca e sexy sussurra no meu ouvido.

— Obrigado! — Digo calmamente aproveitando esse casulo seguro.

— Por que não me responde com mais empolgação? — Questiona e eu faço uma careta.

— Eu odeio fazer aniversário! — Solto sem um pingo de relutância.

— Por que? — Pergunta e eu dou de ombros.

— Não há nada com o que comemorar, só isso! — Digo sem emoção e sinto o seu aperto novamente.

— É seu aniversário, é óbvio que é algo a se comemorar. — A voz diz no meu ouvido e eu solto um suspiro.

— Por que você está aqui? — Pergunto de repente mudando de assunto.

— Por que você quer que eu esteja aqui. Não existe outro motivo. — Ele diz e eu faço uma careta.

— Você não é real, não é mesmo? — Pergunto com desânimo.

— Não, eu não sou! — Responde para minha total infelicidade. — Você tem que acordar agora! — fala e eu franzo o cenho.

— O que? — Perguntei sem entender.

— Acorda! — Diz com firmeza.

Desperto abruptamente, esfrego os meus olhos cansados, olho para os lados e tento me situar do que está acontecendo e acabo percebendo que não estou no meu quarto. Acho que acabei dormindo no meu escritório novamente, e já faz um tempo que isso vem acontecendo comigo. Para ser honesto comigo mesmo fazem dois meses que eu não sei o que é dormir direito. Nesses dois meses eu venho me afundando cada vez mais no meu trabalho, e quando não estou aqui no escritório da minha casa eu obviamente estou na empresa. Um lugar que eu evito o máximo que posso, já que todas as vezes em que eu estou lá sou inundado com lembranças ambíguas.

Penso todos os dias no que aconteceu comigo há dois meses quando aquele homem misterioso apareceu. Ainda não consigo entender direito o que houve ali, e principalmente não consigo assimilar o porquê que eu não contei tudo o que lembro para as autoridades responsáveis pelas investigações. O inspetor tentou de todas as formas espremer as informações que ele desejava de mim, mas tudo foi inútil. E eu me sinto culpado por isso, culpado por não ajudar da maneira que deveria e culpado por desejar todos os dias que aquele homem aparecesse diante de mim novamente. Sabe o quanto isso é errado? O quão louco que estou me sentindo a cada dia que passa? Bem, é isso aí! Não há outra desculpa para mim a não ser afirmar com todas as letras que dessa vez eu enlouqueci além do limite lógico.