Capítulo 15

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Desculpe a falta de capitulo na semana passada, eu estava ansiosa com o resultado de uns exames meus. Sim, sou uma mulher ansiosa demais!! Espero que gostem, beijos e até!



Arlon Snown

Meu pai está sentado rigidamente no seu escritório, pela expressão implacavelmente fria do seu rosto posso ver que ele está tão irritado quanto qualquer um de nós. Assim que meu pai nota a nossa presença, ele acena com a cabeça indicando que cada um se acomode em seus respectivos lugares. Essa é uma situação extremamente delicada, já que nunca havíamos passado por algo como isso. O nosso estranhamento contra os Kaakuyas sempre existiu desde que me lembro, não sei se é por que efetuamos alguns trabalhos em comum ou por que simplesmente nascemos para sermos inimigos, mas toda essa merda acontece desde muito tempo atrás.

E mesmo se soubéssemos o motivo de tanto rancor que um tem contra o outro, o nosso ódio mútuo continuaria a existir. Nossa família já entrou em consenso que tanto a nossa organização quanto a deles não podem coexistir no mesmo lugar. E foda-se se eu me importo com toda essa merda, nunca levei essa filhos da puta sob os meus olhos. Pelo menos não antes deles se meterem no meu caminho especificamente. Eu levo um pensamento profundo na minha vida: Se você não interfere no meu caminho, eu com certeza não irei interferir no seu. Mas infelizmente para minha total falta de sorte, foi exatamente isso que esses desgraçados fizeram.

Eles malditamente se meteram na porra do meu caminho, e tentaram usar a minha irmãzinha como moeda de troca. Sem falar no fato que o meu amante saiu ferido nisso tudo. E sim, meu amante, já que não deixarei mais Christopher fugir de mim. Os kaakuyas naturalmente estavam orando aos céus para que pudessem ver um lado nosso da qual eles nunca viram. E se isso for o caso, então por que não realizar o desejo em seus corações, não é mesmo?

— Como está o seu rapaz, Arlon? — Meu pai perguntou assim que eu me acomodo na cadeira em frente a ele.

— Ele está bem, está medicado nesse momento. — Respondo tranquilamente.

— Fico aliviado em saber disso, meu filho. — Responde mostrando a sua sinceridade.

— Eu sei que sim Pops! — Digo e ele dá um curto suspiro.

— Se não fosse por ele, eu não sei o que poderia acontecer com a irmã de vocês. — Pops fala e o clima do lugar fica mais frio do que já estava.

— Isso é nossa culpa, nós vacilamos com a segurança. — Gaio diz e eu não posso deixar de concordar com ele.

— Sim, isso é inegável! — Reforço fazendo Ivo concordar com a cabeça.

O fato é que nos relaxamos após o acordo com o governo, estamos tão acostumados com essa "segurança" fajuta que deixamos de pensar em outras hipóteses. A maioria do submundo do crime não sabe quais são as nossas identidades, por assim dizer, somente os Kaakuyas tiveram esse privilégio, vamos por assim dizer. E como nós nunca nos enfrentamos diretamente, para minha família algo com o que aconteceu com Nena estava longe de acontecer sob o nosso olhar vigilante. Para falar a verdade, nós subestimamos os nossos inimigos e ficamos um pouco preguiçosos. Mas isso irá mudar, a nossa segurança deve estar acima de qualquer coisa.

— Isso... isso também é minha culpa! — A voz quebrada de Kabir chega aos meus ouvidos.

— O que está dizendo Kabir? — Papai pergunta rapidamente.

ARLON - Os Mavinus - Snown, uma familia de Ladrões - Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora