Capítulo 8

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Chris pov. (Mon-el)

Depois do ocorrido de hoje de madrugada, não consigo para de pensar que eu poderia ter morrido, como ela usou minha vida de brinquedo. Ela pensou em tudo cada detalhe, parece que planejou cada frase. Como eu fui idiota, não devia ter caído no papo dela, nem do Henry. Poderia ter saído tudo perfeito hoje a noite, eu teria conseguido, tá quem liga que ela tenha apontado uma arma na minha cara? Isso era de se espera, estranho se ela não tentasse. Eu estou com tanta raiva, ódio, só consigo sentir isso.

Ainda estamos aqui na boate, já foi evacuada por nós. Só consigo ver corpos pra todos os lados e a cena de algumas horas atrás, o joguinho idiota dela de me fazer de escudo humano, sinceramente não fiquei com medo eu sabia que não iria morrer ali. A cena que não sai mesmo da minha cabeça e a parte em que ela salva minha vida, ela jogou a arma pra mim, se ela não tivesse feito isso estaria junto com a pilha de corpos que os homens dela deixaram.

Não consigo para de pensar também o motivo dela ter me salvado, se ela desconfiou tanto de mim por que me salvou? Por que não me matou quando teve a chance? Saio dos meus pensamentos com uma enfermeira falando comigo, estou do lado de fora do lugar sentado na ambulância.

-O senhor está bem, só teve ferimentos leves, nada do que alguns remédios e uma boa noite de sono não resolvam- ela fala gentilmente arrumando algumas coisas ali.

-Obrigado- sorrio. Ela deixar o lugar e fico ali sentado.

Até ver Henry sendo levado, deitado em cima de uma maca, por causa do tiro na perna dele, não que ele não mereça. Passa milhões de pensamentos na minha cabeça, o principal tentar cometer homicídio agora é poiser estou com tanta raiva que eu o mataria agora. Suspiro forte e penso melhor, me levanto e vou andando rápido até ele, carregando uma força enorme no punho. Quando chego perto dele o suficiente, o puxo pela gola da camisa e dou um soco na cara dele, talvez o meu pensamento do melhor não era exatamente isso.

-Eu sei que está com raiva Chris é só que...- ele tentar falar porém o puxo mais pela gola o impedindo de falar qualquer merda.

-NÃO! CALA A BOCA- grito com ele. Minha raiva tinha passado um pouco, porém ele foi um gatilho pra todas as cenas passarem na minha cabeça novamente. Quando percebo o que eu fiz, o solto e vou atrás de algum carro ali eu só quero sair daqui. Não consigo achar um então peço um amigo meu me trazer e assim ele faz.

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Estou em frente ao o prédio aonde moro, agradeço o meu colega e ele sai dali. Entro no prédio, e não penso em mais nada, não sinto nada, não escuto nada eu só quero, minha casa e bebida. Saio dos meus pensamentos com o Jonathan me chamando.

-Senhor Wood?- ele me chama.

-Olá Jonathan, boa noite- falo desanimado. Não estou afim de falar com ninguém agora.

-Boa Noite. Desculpe o encômodo é que deixaram isso pro senhor- ele me entrega uma caixa grande toda preta. Arqueio a sobrancelha e tento pensar o que seria.

-Sabe quem deixou isso?- pergunto e ele nega com cabeça.

-Não senhor. Era um homem alto, todo de terno, moreno, estava de óculos, não deu pra ver muito, só disse que era pra entregar pro senhor- ele fala. Tento lembrar de alguém que tenha essas características mas ninguém passa pela minha cabeça.

-E deixaram esse cartão também- ele me entrega um cartão pequeno, com um desenho de uma rosa e tem o número de telefone atrás.

-Ok... Obrigado Jonathan- agradeço e pego a  caixa e vou para o elevador.

𝑂 𝑀𝐸𝑈 𝑃𝐼𝑂𝑅 𝐶𝑅𝐼𝑀𝐸- ᴍᴇʟᴡᴏᴏᴅOnde histórias criam vida. Descubra agora