🍂» 𝕮𝘢𝘴𝘵𝘭𝘦 𝘴𝘸𝘦𝘦𝘵𝘩𝘦𝘢𝘳𝘵

🍂» ᴛʜʀᴇᴇ

Despertar sentindo o afago em seu peitoral era uma das sensações que se encaixavam nas melhores que ele já pode sentir.

Sina já havia acordado à um tempo. Acordou com um pesadelo, mas preferiu deixar seu príncipe dormir e não atrapalha-lo.

O príncipe não falava, ainda não estava em sã consciência para saber se estava sonhando ou acordando realmente. Mas apertou seus braços fortes em volta do pequeno corpo ao seu lado e em seguida se aninhou da maneira mais confortável na sua cama.

- Jay, está me esmagando! - Sussurrou a criada quase sem voz.

- Não era a intenção - Cochichou de volta afroxando os braços ouvindo o suspiro aliviado da loira ao seu lado - Bom dia, florzinha.

- Já disse que não gosto que me chame assim!

- Esqueci do quão rabugenta você fica pela manhã - Ele murmurou e logo abriu os olhos podendo observar o cenho franzido de raiva da loira em sua frente.

- Eu não sou rabugenta!

- Tudo bem, você não é - Ele murmurou baixinho não querendo comprar briga com a loirinha.

Noah sentou-se na cama e logo a puxou para o seu colo.

- Mas você fica linda com essa carinha de sono, sabia? - Sina arregalou os olhos e baixou a cabeça corando violentamente - Ei, olha para mim. Gosto de te ver envergonhada - Puxando seu queixo para cima, ela escondeu o rosto em suas mãos e Noah gargalhou - Sua boba!

Após a fala do príncipe, ele a abraçou, sentindo Sina retribuir. Ambos se esforçando para não abrirem um grande sorriso.

- Perdão por ter sido chata com você. - Murmurou arrependida.

- Está tudo bem, eu não me importo com isso - Ele respondeu afastando-se um pouco - Você quer descer para o café da manhã? - Sina fez um bico.

- Vou ter que me arrumar toda para tomar café - Resmungou - Não consigo entender como que Saby e a rainha Wendy conseguem.

- Elas fazem isso desde o berço, é algo normal para ambas.

- Tem como ficarmos no quarto? Ou você está com muita fome?

- Posso pedir para trazerem algo para nós. O que acha?

- Excelente ideia - Noah sorriu e selou seus lábios na testa da loira que corou novamente com o toque quente.

Saindo do colo dele, voltou a deitar-se na cama macia e se espreguiçou entre os grossos cobertores, gemeu sonolenta e agarrou o travesseiro do príncipe querendo sentir seu cheiro mais forte.

Noah se levantou e esticou os braços também desertando os próprios músculos logo depois seguindo até o Sino.

Voltou para a cama e puxou seu travesseiro ouvindo um pequeno murmúrio escapar dos lábios da mais nova. Rindo baixinho voltou a abraça-la pedindo carinho mais uma vez.

- Bom dia, Majestade. - Anna e Benna desejaram em uníssono.

- Bom dia senhoritas - Ele respondeu sentando-se na cama sentindo Sina ainda abraçada à ele com a cabeça apoiada em suas coxas - Nós não pretendemos descer para o café, poderíam por gentileza levar o aviso à minha mãe e trazer algumas frutas e pães para nos alimentarmos por aqui?

- Sim, vossa alteza. - Disse Anna - Alguma preferência?

- Hm... chá de morango com baunilha sem leite e um mocaccino com chocolate extra. De frutas pode ser... - Olhou para baixo vendo a pequena cochilar em seu colo - Morango, melancia e pêssego. Os pães podem ser aqueles integrais da Índia mesmo. - Concluiu vendo Benna anotando tudo em um bloquinho.

- Traremos tudo o mais rápido possível, majestade.

- Muito obrigado - Murmurou e elas deixaram o quarto. - Maaay, vamos lavar o rosto para o café.

- Não.

- Não foi uma pergunta, florzinha. - Ela resmungou mais uma vez e o príncipe a pegou no colo.

- Jaay, solte-me. Eu quero dormir! - Ralhou a loira se debatendo um pouco.

- Hmm linda, não vai adiantar tentar fugir. Precisamos fazer as higienes matinais.

Choramingando, Sina foi carregada até o banheiro, onde escovou os dentes e lavou seu rosto.

Noah a ajudou a fazer um penteado simples, afinal, não podia ser vista com o cabelo solto por outras pessoas a não ser o príncipe e suas criadas.

Puff, mais regras.

- Não quero maquiagem! - Resmungou.

- Que bom, prefiro você sem nada. - Ele retrucou.

- Jay, quero dormir! - Murmurou manhosa.

- Sua chantagista, não utilize esse tom de voz comigo!

- Por favoor - Noah suspirou.

Não ficaria surpreso caso ela começasse a chorar implorando para dormir.

Pegou-a no colo mais uma vez, um gritinho de felicidade cortou-lhe a garganta. Não demorou para a pequena se aconchegar em seu colo e voltar a cochilar.

O príncipe observou a garota ronronar baixinho enquanto dormia. Ficaram ali abraçados por alguns minutos, ele fazia um carinho leve na cabeça da mais nova.

- Alteza, aqui está o seu pedido. A rainha pediu que ao menos vocês descessem para o almoço, pois o rei Marco tem planos para você após a caça - Noah suspirou assentindo.

Seu pai andava estranho faziam poucos meses, parece que algo mudou nele, mas o príncipe não sabe identificar ao certo o que foi. 

Sempre pensou em viver um amor, como nos poucos livros de romance que já teve tempo para ler. E tinha a base vinda de seus pais, já que Vitória - sua avó paterna - deixou Marco casar-se com a jovem que lhe encantasse, independente da classe social.

Acreditava a rainha que o amor é muito mais forte do que qualquer tipo de casamento por contratos ou os benefícios dele, e ela está certíssima, afinal, Marco tem uma sábia mulher ao seu lado. Wendy era pobre, passou fome poucas vezes, mas tinha uma vida bem apertada antes do trono. Por isso, ela sabe como lidar com a população inglesa.

Noah sequer teve muitas opções, cresceu com duquesas e mulheres da alta elite, mas quem sempre o encantou mesmo, foi Sina. Ele era completamente apaixonado por ela, e não fez questão de esconder de seus pais.

Marco disse que não havia problema, mas ele precisava esperar, afinal a loira era muito nova e não tinha uma educação estável.

E por isso ele espera, até ter a autorização oficial para podê-la pedir em casamento.

Mas como estava dizendo, Marco mudou. Vive falando sobre um casamento que traga aliados ao reino, mas nunca dá a autorização, Noah não entende. Fora o fato - que o moreno tenta ignorar - que Wendy agora morre de medo do monarca, faz de tudo para ficar afastada dele, mesmo sendo casados à anos.

Ele sabia que algo não estava certo e faria de tudo para descobri o que é.