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“O bom de conhecer pessoas novas,
É o que realmente elas tem a transmitir,
Pois sentir, é a melhor emoção”

Deullofeu

S/n

Deixo os meus cabelos do jeito que está, pego uma bolsa para colocar as minhas roupas. Desço as escadas e paro na frente de Beauchamp, ele me analisa e suspira.

Vamos...

Ele começa ir em direção a saída da casa e eu o sigo,  ele abre a porta e me dá passagem, saio da casa e piso no tapete, a porta se fecha enquanto Beauchamp está com os olhos fixos no celular, ele aperta algo em sua mão e o portão da garagem se levanta, dando a visão de um Chevrolet preto extenso, eu nunca pensei em andar em um desses. Beauchamp apertou algo em sua mão que fez o carro desligar o alarme e abrir a porta.

Beauchamp insinua com a mão para que eu entre, digo "licença" e entro, é tudo tão futurístico, mas não vou tocar em nada, não é meu, infelizmente.
Ouço a porta do motorista se fechar, me tirando do transe, olho na direção do barulho e vejo Beauchamp colocando o celular no bolso da calça jeans preta, ele coloca a chave na "fechadura" e liga o carro, suas mãos vão para o volante de couro vermelho.

Segundos depois

Minha cabeça está apoiada na janela, vendo as lindas árvores verdes, até Beauchamp chamar minha atenção.

— Dia 27 de novembro, farei uma viagem para a Rússia e em seguida, para a Roraima. Já prepare suas malas.– Beauchamp diz me deixando atônita.

— O que?! Não posso viajar com você! Eu preciso ficar, quem vai limpar a casa? Quem irá cuidar de Joalin? Quem vai dar comida para o Apolo? E o tigre?– Pergunto espantada.

— Joalin irá conosco, e se você não sabe, eu não tenho só você de empregada.– Beauchamp diz me olhando com aspereza, me deixando mais irritada.

— Mas esse não é o meu trabalho Senhor Beauchamp.– Digo depois de ter respirado fundo.

— Eu determinei assim, e será assim. Você tem que fazer o que eu mandar, e você sabe o porquê.– Senhor Beauchamp diz com uma calma estranha, mudando repentinamente de humor.

— Por quê?– Pergunto involuntariamente irritada com a sua calma em ser tão irresponsável.

O senhor Beauchamp para o carro e tira o cinto, ele se levanta, ainda dentro do carro, curvo-me e o banco ao mesmo tempo para trás, enquanto Beauchamp sobe em cima de mim, com seus olhos ainda fixos aos meus, sinto o seu hálito fresco cada vez mais perto do meu rosto, ou melhor, da minha boca. Seu olhar sobre mim é sádico e visualmente satisfeito em ver o meu desespero, tento me afastar mas o banco já chegou até o final, tentei tirar o cinto mas não alcanço a fivela, o silêncio se instala no carro, me deixando amedrontada.

Porquê Eu Sou O Seu Chefe– Beauchamp diz tudo sutilmente mas com firmeza em suas palavras.

Logo ele sai de cima de mim, sinto um frio persoar por meu corpo, Beauchamp se senta na cadeira do motorista, arrumo o meu banco novamente, sinto os olhos de Beauchamp queimarem sobre mim.

Ele te assustou né?– Uma voz totalmente descontraída é audível, seguida de uma risada maravilhosa.

Olho para o suposto alguém e vejo Josh, com um ótimo sorriso no rosto.

— Por que está me olhando desse jeito? Se for porquê eu sou muito bonito, eu já sei disso.– Josh diz com um sorriso de lado. Ele tira o cinto e abre a porta do carro, logo saindo.

Senhores BeauchampOnde histórias criam vida. Descubra agora