Hoje era nosso segundo dia trabalhando com a Cruella, dessa vez teria mais pessoas, amigos que o Artie chamou.
7:00 AM -
Acordei e fui correndo tomar um banho. Oito horas era pra Artie e eu já estarmos no prédio abandonado que Cruella chama de casa. Revirei os olhos. Depois do banho fiz um café rápido e comi cereais. Artie ainda estava se arrumando. Voltei pro quarto e comecei a me arrumar. Uma jogger preta e uma blusa qualquer da banda Blondie
"pronta estou, pra que me arrumar?" Só passei um delineador e pronto. Estava pronta pra trabalhar com a Devil em pessoa de novo.
Artie me chamou e fomos em direção à casa de Cruella. Fomos conversando e discutindo sobre como ainda abrir a loja mesmo ajudando Cruella. Também passamos por algumas bancas de jornais que tinham o rosto dela estampado, revirei os olhos, mal acredito que até ontem eu mal sabia quem ela era.
Quando chegamos no prédio, subimos pelo elevador e eu me senti ansiosa para vê-la de novo, mesmo negando isso mentalmente. Quando subimos, vi ela na mesa, elegante e maravilhosamente bonita como sempre. Saímos do elevador e ela percebeu nossa presença, Seu olhar caiu sobre o meu, um sorriso galanteador surgiu em seu rosto e vi seus olhos percorrerem meu corpo sem nenhuma vergonha. Senti um frio percorrer meu corpo, maldita.
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"Olá chefe, chegamos," Artie disse quebrando o silêncio. Ela tornou seu olhar a Artie e levantou vindo até nós. Buddy, seu cachorro acompanhou ela e veio até meus pés, fiz um carinho nele e brinquei um pouco. Eu adorava animais, senti o olhar dela sobre o meu e vi seus olhos verdes me encarando com um sorriso, dessa vez não malicioso mas de adoração, ela realmente amava seu cachorro. Mas logo ela voltou sua atenção a Artie. Me levantei do chão e procurei os rapazes com meu olhar, eles não estavam.
"Olá Queridos, bom dia. Artie, cadê o pessoal que você chamou?" Ela disse cumprimentando Artie e se voltando a mim, se aproximando para dar um beijo em minha bochecha, lentamente saindo e me olhando nos olhos. Dessa vez eu não desviei o olhar, ela que desviou para olhar para Artie. Cantei vitória mentalmente mas parece que ela percebeu pois revirou os olhos.
"Eles chegarão a qualquer momento, eu liguei para alguns e eles virão, são os melhores, pode confiar." Artie disse.
"Okay, então vamos começar. Ontem eu fiz alguns rascunhos e gostaria que você me ajudasse a melhorar e escolher os tecidos. E você S/N, eu preciso que você seja minha modelo de corpo, querida, você não se importaria certo?", Ela me olhou, ela já sabia a resposta e ela não me deixaria falar 'não' E agora eu precisaria ficar perto dela de novo.
"Tudo bem," eu disse, não havia escolha, querendo ou não. Mas eu não aceitaria abusos da parte dela, isso não.
Descemos o andar e começamos a mexer nos rascunhos e com as máquinas. Hoje era a folga de Cruella, aparentemente ela trabalhava com a Baronesa, essa história só me intrigava mais. Eu precisava descobrir o porquê. E quando Artie foi buscar o pessoal lá embaixo, me parecia um bom momento.
"Hey, posso te perguntar algo?" Eu me aproximei dela, que estava sentada, usando a máquina num tecido preto.
"Não, porém dependendo da pergunta eu talvez responda," Ela disse não desviando o olhar da máquina. Que mulher difícil. Me segurei para não revirar os olhos.
"Okay, porque você está fazendo tudo isso?" eu perguntei sendo sincera, esperando sua resposta, ela pareceu pensar e finalmente levantou seu olhar.
"Eu descobri que ela matou minha mãe e roubou o colar que era meu, mas agora, eu irei destruí-la," Ela disse me olhando, no começo seu sorriso parecia triste mas logo foi mascarado com seu famoso sorriso de lado, malicioso, vingativo. Eu não sabia o que dizer.
"Meus pêsames pela sua mãe. Eu espero que você consiga tudo isso," eu disse sorrindo.
"Oh querida, eu irei e ainda conseguirei muito mais além disso…" Ela disse soltando uma risada e voltando a olhar para sua máquina. Ela estava… flertando comigo?
"Talvez, quem sabe" eu disse só para testar as águas e ouvi sua risada aumentar. Voltei pra minha mesa e fiquei devaneando observando ela.
"Vocẽ vai ficar só me olhando ou vai realmente fazer algo?" Ela disse e eu tomei um leve susto, estava perdida nos meus pensamentos. Voltei a fazer rascunhos e a desenhar ideias. Ela terminou o que estava fazendo e veio até minha mesa. Ela levantou meu queixo rapidamente e me fez encarar seus olhos verdes, percebi que sua maquiagem hoje, fazia sua boca e olhos se destacarem, me segurei para não descer meu olhar para seus lábios, aquela mulher seria minha perdição.
"F-fazer o que?", eu perguntei. Ela me observou um pouco, eu estava bem confusa. Que porra tá acontecendo? Ela ignorou minha pergunta e continuou falando,
"Vem comigo, eu preciso tirar medidas, seu corpo vai me ajudar," arrepiei com a última frase dela e tentei esquecer os pensamentos que vinham a minha cabeça naquele momento.
"Não seria melhor eu testar em você, já que você que vai vestir?" eu perguntei, tirando a mão dela do meu queixo e me levantando para encará-la.
"Talvez, mas eu sou perfeccionista, você não saberia fazer os ajustes que eu quero," Revirei os olhos, ela se acha. "Sabe, você não deveria revirar tanto os olhos, dizem que faz mal", ela me diz passando por trás de mim e botando a mão no meu ombro, agora ela estava atrás de mim e próxima do meu ouvido "Além de que, parece que eu estou fazendo outra coisa com você…" Cruella disse próxima do meu ouvido saindo de perto de mim e pegando o vestido na sua mesa. "Eu vou fazer mais alguns ajustes e amanhã, você nem precisa sair da loja, eu irei lá para tirar as medidas e você vai me ajudar," Cruella disse, entrando no elevador e subindo ao terceiro andar. Artie voltou com seus amigos costureiros e me apresentou a eles. Ficamos conversando enquanto alguns costuravam e outros faziam sketches, mas a única coisa que eu conseguia pensar era nela. 'Ai que ódio' pensei.
Cruella em algum ponto, qual eu não percebi que horário era, desceu para cumprimentar o pessoal e alguns já começaram a odiar ela, eu senti. Por algum motivo o casual flerte dela com os outros e não comigo, me incomodou mas eu disfarcei. Depois ela veio até minha mesa e observou o que eu estava desenhando e quais panos eu estava usando, depois ela subiu de novo, acredito que de volta a sua máquina de costura.
Quando deu a hora de ir embora, juntei minhas coisas e a maioria das pessoas que chegaram já tinham ido embora. Cruella nem desceu para se despedir. Jasper e Horace desceram e conversaram um pouco comigo e com Artie. Fiquei desconfiada quando vi Artie rindo um pouco demais das piadas péssimas de Horace, seria o que eu estava pensando? ri e anotei mentalmente para observar a interação deles.
Mesmo sentindo falta do 'tchau' de Cruella, lutando contra esse sentimento, Artie e eu descemos e voltamos pra loja. Amanhã eu ficaria na loja e receberia a visita dela, the devil itself. deuses me ajudem para eu não meter o rádio na cabeça dela se ela começar com as piadinhas e toques (indesejados?), sim indesejados.
Dormi desejando não existir pois de manhã eu sabia o que viria e ao mesmo tempo não sabia o que esperar. Eu deveria estar com medo do que poderia vir mas me senti ansiosa, feliz, aguardando impacientemente.
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É sobre isso pessoal. Se preparem que vem mais por ai
Ah alguns avisos
Se passa nos anos 70 mesmo, +- 1977. Talvez eu traga algumas referências da época, seja músicas como o Abba que tava em alta na época etc.
E também vou misturar as vezes o inglês com o português porque me sinto vazia sem o Darling.
Devil = Diabo (nesse caso usaremos como um jogo de palavras já que a Cruella só assume o sobrenome Devil no fim do filme)
Darling = Querida
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Call me De Vil
RomansaS/N tinha seus sonhos, amava moda, criar roupas e Londres. Quando decidiu se mudar para morar com Artie e trabalhar em sua loja, não esperava que a cidade fosse lhe trazer Cruella, uma mulher extremamente bonita e brilhante porém arrogante e narcisi...