Capitulo 6: Morte

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Caminhei o mais rápido que pude até minha casa, estava em choque, não sabia o que estava acontecendo.
Quando vi que um dos meus vizinhos, o Sr Osmar, se aproximava de mim.

— O que esta acontecendo? – perguntei ainda perplexo com a situação.

— Sua avó morreu, sinto muito – falou o Sr Osmar desanimado.

— Como? – perguntei incrédulo.

— Parece que umas pessoas invadiram sua casa para roubá-la, e no meio disso sua avó acabou morrendo.

Era impossível, ela não podia ter morrido. Corri até a ambulância, e vi o corpo de minha vó deitado na maca, aquilo não podia ser real, só podia ser um sonho, tinha que ser um sonho.
Meu coração começou a pesar, meu coração doía mais do que tudo.
Foi aí que percebi, que aquilo não era um sonho.

1

Dois dias tinham se passado, estava agora no funeral de mina avó, havia apenas eu e mais alguns vizinhos.
Foi doloroso assistir aquilo, ela era a única família que tinha me restado, e agora, estava sozinho.

Assim que o funeral terminou, e ela foi enterrada, fui dar uma volta pela cidade, pra ver se esfriava a cabeça.
E foi aí que vi a pessoa que menos gostaria de ver no momento, era Louis.

— Olha só se não é aquela bichinha – falou Louis tentando me irritar.

— Hoje não, por favor – falei tristonho, tinha acabado de sair do enterro de minha avó, não estava querendo brigar.

— Que cara feia, alguém morreu por acaso? – passou-se alguns segundos, até que ele continuou – ahh, é mesmo, sua vovó morreu né? Parece que eu ganhei a aposta – falou ele olhando pra Goyle.

— Aposta? – perguntei sem entender.

— Agente apostou quando ela morreria, apostei que seria antes do inverno, e parece que eu estava certo – falou ele com um sorriso.

— Vocês apostaram ... quando minha vó morreria? – e a tristeza se transformou em raiva – seus malditos – avancei o mais rápido que pude e dei um soco em Louis.

— O que você acha que esta fazendo? – Louis lançou um de seus olhares malignos em mim – você vai ver só, segurem ele.

Creb e Goyle me seguraram, pelos braços, me impossibilitando de fugir, Louis se aproximou e me deu um soco no estômago.

— Isso é pra você não esquecer de nos respeitar – deu outro soco em meu estômago – e isso é pra você entender que nos somos melhores e mais fortes que você, você é como lixo para nós.

— Sério? quem escreve suas falas? Uma criança? – dei um sorrisinho, mas isso só o fez ficar mais irritado.

— Ora seu... – dessa vez deu um soco em meu rosto – soube que sua casa foi invadida, você deveria estar lá não acha? Seria bom se você morresse também. Ninguem sentiria sua falta, sem amigos, sem família, ninguem! – completou Louis com outro soco em meu abdômen.

O que ele dizia era verdade, se eu sumisse, não haveria ninguém que daria falta de mim.
Fiquei angustiado, fazia uma expressão triste. E Louis ao notar isso ficou animado.

— Veja só! Ele tá tristinho hahah – Louis falou alegre.

Não aguentava mais eles, tinha que dar um geito de sair dali.
E foi nesse momento, que pude ver o professor Gintoki entrando na rua.

— SENHOR GINTOKI, ME AJUDE – gritei o mais alto que pude.

— Seu miserável – Louis disse um pouco irritado.

E assim Louis e seus comparsas saíram apressados. Fiquei levemente aliviado.
Em seguida vi o professor Gintoki se aproximando de mim.

— Está tudo bem? – Gintoki perguntou preocupado.

— Está sim, só precisava de ajuda pra me livrar deles – falei com um pequeno sorriso.

— Se você precisar de ajuda, pode me procurar, ficarei feliz em ajuda-lo – disse Gintoki com um pequeno sorriso

— Mas esta tudo bem.

— Mesmo que esteja bem, ficarei feliz em ajuda-lo.

— Tudo bem então, obrigado por me salvar, mas preciso ir.

— Tome cuidado.

Me despedi do Sr Gintoki, e segui caminho.

2

Caminhei mais um pouco, até que parei em um ponte, a água era agitada, e sua correntes forte. Parei um pouco para olhar aquelas águas conturbadas.
Mas nao saia de minha cabeça o que Louis havia dito, eu realmente não tinha nada e ninguém, se eu desaparecesse não mudaria nada, talves eu realmente deveria desaparecer.

Fui até a ponta da ponte, e apanhei algumas pedras, as coloquei nos bolsos e fui até o guarda corpo.
Subi em cima do guarda corpo e comecei a olhar aquelas águas turbulentas, meus bolsos pesavam com aquelas pedras enormes, dei um pequeno passo para frente, estava quase caindo.

— Voce vai pular? – uma voz desconhecida perguntou.

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