Caminhei o mais rápido que pude até minha casa, estava em choque, não sabia o que estava acontecendo.
Quando vi que um dos meus vizinhos, o Sr Osmar, se aproximava de mim.— O que esta acontecendo? – perguntei ainda perplexo com a situação.
— Sua avó morreu, sinto muito – falou o Sr Osmar desanimado.
— Como? – perguntei incrédulo.
— Parece que umas pessoas invadiram sua casa para roubá-la, e no meio disso sua avó acabou morrendo.
Era impossível, ela não podia ter morrido. Corri até a ambulância, e vi o corpo de minha vó deitado na maca, aquilo não podia ser real, só podia ser um sonho, tinha que ser um sonho.
Meu coração começou a pesar, meu coração doía mais do que tudo.
Foi aí que percebi, que aquilo não era um sonho.1
Dois dias tinham se passado, estava agora no funeral de mina avó, havia apenas eu e mais alguns vizinhos.
Foi doloroso assistir aquilo, ela era a única família que tinha me restado, e agora, estava sozinho.Assim que o funeral terminou, e ela foi enterrada, fui dar uma volta pela cidade, pra ver se esfriava a cabeça.
E foi aí que vi a pessoa que menos gostaria de ver no momento, era Louis.— Olha só se não é aquela bichinha – falou Louis tentando me irritar.
— Hoje não, por favor – falei tristonho, tinha acabado de sair do enterro de minha avó, não estava querendo brigar.
— Que cara feia, alguém morreu por acaso? – passou-se alguns segundos, até que ele continuou – ahh, é mesmo, sua vovó morreu né? Parece que eu ganhei a aposta – falou ele olhando pra Goyle.
— Aposta? – perguntei sem entender.
— Agente apostou quando ela morreria, apostei que seria antes do inverno, e parece que eu estava certo – falou ele com um sorriso.
— Vocês apostaram ... quando minha vó morreria? – e a tristeza se transformou em raiva – seus malditos – avancei o mais rápido que pude e dei um soco em Louis.
— O que você acha que esta fazendo? – Louis lançou um de seus olhares malignos em mim – você vai ver só, segurem ele.
Creb e Goyle me seguraram, pelos braços, me impossibilitando de fugir, Louis se aproximou e me deu um soco no estômago.
— Isso é pra você não esquecer de nos respeitar – deu outro soco em meu estômago – e isso é pra você entender que nos somos melhores e mais fortes que você, você é como lixo para nós.
— Sério? quem escreve suas falas? Uma criança? – dei um sorrisinho, mas isso só o fez ficar mais irritado.
— Ora seu... – dessa vez deu um soco em meu rosto – soube que sua casa foi invadida, você deveria estar lá não acha? Seria bom se você morresse também. Ninguem sentiria sua falta, sem amigos, sem família, ninguem! – completou Louis com outro soco em meu abdômen.
O que ele dizia era verdade, se eu sumisse, não haveria ninguém que daria falta de mim.
Fiquei angustiado, fazia uma expressão triste. E Louis ao notar isso ficou animado.— Veja só! Ele tá tristinho hahah – Louis falou alegre.
Não aguentava mais eles, tinha que dar um geito de sair dali.
E foi nesse momento, que pude ver o professor Gintoki entrando na rua.— SENHOR GINTOKI, ME AJUDE – gritei o mais alto que pude.
— Seu miserável – Louis disse um pouco irritado.
E assim Louis e seus comparsas saíram apressados. Fiquei levemente aliviado.
Em seguida vi o professor Gintoki se aproximando de mim.— Está tudo bem? – Gintoki perguntou preocupado.
— Está sim, só precisava de ajuda pra me livrar deles – falei com um pequeno sorriso.
— Se você precisar de ajuda, pode me procurar, ficarei feliz em ajuda-lo – disse Gintoki com um pequeno sorriso
— Mas esta tudo bem.
— Mesmo que esteja bem, ficarei feliz em ajuda-lo.
— Tudo bem então, obrigado por me salvar, mas preciso ir.
— Tome cuidado.
Me despedi do Sr Gintoki, e segui caminho.
2
Caminhei mais um pouco, até que parei em um ponte, a água era agitada, e sua correntes forte. Parei um pouco para olhar aquelas águas conturbadas.
Mas nao saia de minha cabeça o que Louis havia dito, eu realmente não tinha nada e ninguém, se eu desaparecesse não mudaria nada, talves eu realmente deveria desaparecer.Fui até a ponta da ponte, e apanhei algumas pedras, as coloquei nos bolsos e fui até o guarda corpo.
Subi em cima do guarda corpo e comecei a olhar aquelas águas turbulentas, meus bolsos pesavam com aquelas pedras enormes, dei um pequeno passo para frente, estava quase caindo.— Voce vai pular? – uma voz desconhecida perguntou.
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Blood River
Mystery / ThrillerHugo sempre quis ser um soldado, mas nuca teve a força necessária para tal. Até que sua vida é virada dos pés a cabeça por alguém misterioso