Furacão e calmaria.

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Wonwoo balançava a perna freneticamente, ansioso.

Eram 18:30, e sua cabeça estava passando por um furacão. Pensava no que usar, como agir, e principalmente, no que falar. Era inevitável se sentir nervoso.

— Hey, Wonwoo. Você quer ir pra casa? — Seungcheol perguntou vendo sua cara ansiosa.

— Quero sim, por favor — ele admitiu. Precisava de tempo para se preparar fisicamente e emocionalmente.

— Tudo bem, você pode ir. Nós damos conta — sorriu e tocou o ombro de Wonwoo — Eu até iria com você, mas agora é o horário mais puxado. Então me liga quando chegar em casa. Eu te dou apoio emocional e ajuda com qualquer coisa. — deu um sorriso confortável.

— Muito obrigado por tudo, hyung. Eu vou indo então. — disse, ainda ansioso.

— Não se preocupe, Nonu. Sucesso!

Wonwoo sorriu e foi até o balcão, pegando sua mochila e tirando seu avental indo até à parte dos fundos para falar com Jeonghan e Jisoo.

— Gente, eu tô indo pra casa, ok? — os dois que cuidavam das plantas se viraram para ele.

— Tudo bem, Wonie. Boa sorte, e não volte aqui amanhã sem ter dado no mínimo um beijinho nele. — Jeonghan se aproximou sorrindo sapeca e indo dar um abraço nele, que estava meio envergonhado.

— Boa noite, pra vocês dois.

— Tchau, Wonwoo — Joshua acenou, dando um sorriso fofo e amigável, como encorajamento — Vai com tudo!

Wonwoo sorriu uma última vez e acenou, passando pela porta e pegando seu celular, discando o número do pai. Foi atendido na primeira chamada.

— Oi, amor. — disse o homem do outro lado da linha.

— Oi, pai. O senhor já está em casa? Ou está perto de terminar o trabalho?

— Já terminei o trabalho, sim. Mas não estou em casa.

— Ah, eu ia pedir para o senhor vir me buscar.

— Mas que preguiçoso! Você mora a menos de dois quilômetros daí, Jeon Wonwoo.

— Perguntei? — ele disse brincando, devolvendo a provocação do pai.

— Vai tomar no teu cu, moleque. Aliás, quem é esse atrás de você? — Wonwoo agiu por instinto ao se virar assustado, sem perceber o quão absurda foi aquela pergunta, já que estavam em chamada de voz, mas ele deu um pulo de susto ao ver seu pai com um sorriso medonho e exagerado do lado de fora da porta de vidro.

— Cruzes! — gritou, chamando a atenção de Seungcheol, que virou na direção em que ele olhava, explodindo em uma gargalhada logo depois.

A risada dele era contagiante, fazendo o moreno rir também, enquanto seu pai passava pela porta sorrindo normalmente.

— Oi, pai. Boa noite — desligou a chamada e guardou o celular.

— Boa noite, tio Hwan. — Seungcheol disse, recuperando o fôlego, e se curvou levemente para o mais velho.

— Boa noite, Cheol. Como vai, querido? — o homem estendeu a mão e cumprimentou sorridente. 

— Vou bem, tio. E o senhor? — Assim os dois engataram em uma conversa, ignorando totalmente Wonwoo, que já começava a ficar impaciente e ansioso.

— Sim, sim, acho muito legal a amizade e o papo de vocês, mas eu preciso ir pra casa — juntou as mãos em frente ao corpo e deu um sorriso evidentemente falso.

As Flores e Meu Girassol. (Meanie)Onde histórias criam vida. Descubra agora