Acordei no sábado com uma mistura de animação e irritação.
Sexta havia sido nosso último dia da escola, último dia do ensino médio. Eu estava oficialmente livre da escola, dos malditos trabalhos de biologia e das infinitas lições de casa.
Só me preocuparia com as inscrições das faculdades em algumas semanas, então estava mais do que animado em aproveitar meus momentos de liberdades.
A irritação vinha inteiramente do grupo de meninas histéricas que gritavam na sala, ouvindo música alta e tentando copiar uma coreografia que nenhuma delas conseguia fazer.
Como filho mais velho, era obrigado a aturar QUATRO irmãs mais novas. Irmãs essas que berravam e gritavam com tanta frequência que parte de mim achava estranho quando a casa estava silenciosa.
O problema não era ter apenas quatro irmãs mais novas, era o fato delas terem idades próximas. Dez, doze, treze e quinze anos. Minha vida era fodida por causa delas, nenhum homem em seus dezoito anos de vida quer aturar suas três irmãs de TPM. Isso quando minha mãe não se junta para acrescentar.
Mas a pior parte mesmo era quando elas chamavam suas amigas, e cada uma delas tinham várias amigas.
Era amigas demais para uma única casa.
Felizmente naquele dia só estava as duas vizinhas da casa da frente. Só precisaria lidar com seis meninas no topo da adolescência.
Nem ferrando.
Peguei o celular em cima da cômoda para ver se o Luiz havia respondido minha mensagem, mas ainda não tinha nada. Avisei que iria passar na casa dele a tarde para dormir lá, já que amanhã cedinho tínhamos marcado com uns caras para jogar nossa pelada da semana.
Dormia com frequência na casa dele, era muito melhor do que ele vir na minha. Minhas QUATRO irmãs não nos deixariam em paz, sempre vindo encher nosso saco para diminuirmos o volume do vídeo game ou pedindo para ajudá-las a fazer alguma coisa.
Me joguei na cama e passei a tarde inteira assistindo aos filmes dos Velozes e Furiosos e quando deu seis horas da tarde já estava pronto, com minha mochila preparada para ir na casa do Luiz.
Olhei mais uma vez o celular para ver se ele já havia respondido, mas continuava sem resposta. O idiota devia ter esquecido, vivia fazendo isso.
Peguei minha mochila em cima da cama e fui encontrar meu pai. Tive que passar pelo mar de meninas na sala, que gritaram quando passei em frente da televisão.
— Você não é transparente, Marcos! — berrou uma delas, nem me dei ao trabalho de prestar atenção em qual foi.
Encontrei meu pai na garagem, lavando seu carro velho, mas que o homem amava incondicionalmente.
— Pai, estou indo dormir na casa do Luiz, amanhã de manhã tem pelada com os caras.
— Como assim, moleque? Vou ter que lidar sozinho com esse bando de crianças?
Eu até me compadeceria dele, mas a única pessoa que teria com lidar com as meninas seria minha mãe, que voltaria das compras em vinte minutos. Ele só estava fazendo sua costumeira tentativa de chantagem. Não tinha coragem de expulsar as meninas da sala para assistir futebol e queria que eu ficasse para fazer isso por ele.
— Eu é que não vou abrir mão do meu futebol pra aturar as fofocas delas.
Ele reclamou um bocado, mas me mandou ir antes que perdesse a paciência e me obrigasse a ficar. Saí da garagem rindo, sabia que ele jamais faria isso, ficava satisfeito por eu não estar perto para zoar seu time. Não ter um mundial era foda.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A mãe do meu amigo - Conto erótico (amostra)
RomancePaulo decide de última hora passar o final de semana na casa do amigo, mas quando chega, encontra apenas Susana, a mãe dele. A mulher por quem tem um desejo que não consegue controlar. A chuva o faz passar a noite na companhia dela, e essa noite é s...