Capítulo- 11

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ATENÇÃO!!

ESSE CAPÍTULO PODE CAUSAR GATILHOS A PESSOAS SENSÍVEIS AOS TEMAS DE ABUSO FÍSICO, SEXUAL E PSICÓLOGICO

POR FAVOR, CUIDADO


Olá, meu nome é Castiel, apenas Castiel, não se pode dizer que eu sou de fato um Novak.

Esse diário e os outros que o sucedem contém a história da minha vida, da minha existência. Como ela começou e como se tornou o que é.

Eu escrevi esses diários para a minha filha, Hannah.

Nesse momento, Dean parou de ler, arregalando os olhos perante a informação de que Castiel tinha uma filha.

Onde estava a menina? Por que não vivia com Castiel? Gabriel sabia sobre ela? Alguém além do moreno sabia da existência da garota?

Mais curioso do que jamais esteve em toda a sua vida, o alfa voltou a ler.

Hannah, se você estiver lendo isso é porque algo aconteceu, algo que tem a ver com o meu passado e me fez acreditar que é hora de você saber. Eu não sei o que aconteceu, se morri logo após te entregar a caixa ou não, mas é importante que você saiba que eu te amo antes de ler, que eu sinto muito pelo modo como as coisas aconteceram e que eu espero, com cada pedaço da minha alma, que você não me odeie depois do que vai ler.

Mas se você não é a Hannah, eu quero que saiba que eu confio a você minha vida, seja você quem for. Cada linha do que está escrito nesses diários faz com que eu me odeie pelas coisas que fiz e, se eu compartilhei isso com você, você com certeza é muito importante para mim e eu espero que você também não me odeie quando acabar de ler porque se eu confio tanto em você é porque tenho sentimentos fortes por você. De amizade ou o que for, eu ainda não sei quem você é, mas se está com esse diário agora, saiba: você é importante para mim.

Tendo dito isso, se acomode e se prepare para a minha trágica e fodida vida.

Meus pais não me queriam, eu não era desejado, nunca fui.

Eles tinham um plano de vida perfeito na adolescência, enquanto namoravam. Iriam se casar, ter apenas um filho, criar esse filho e aproveitar a aposentadoria juntos.

Quando Gabriel chegou a felicidade dos dois foi indescritível. Tinham um filho, um bebê, alguém que iriam amar para sempre, acontecesse o que fosse. Eles mal podiam esperar pelo o dia em que ele perderia o primeiro dente, o dia que iria começar na escola ou conhecer seu primeiro alfa ou ômega. Estavam felizes.

Mas isso mudou quando minha mãe descobriu que estava grávida de mim, meu pai mudou. Ele não ficou feliz com a notícia, ficou irritado. Eu era a destruição do plano de vida perfeito deles, acidental, indesejado.

Pensaram em me dar para a adoção ou qualquer outra merda desse tipo, mas Gabe tinha cinco anos na época e, céus, como ele amou a ideia de ter um irmãozinho.

Ele ficou super animado, contou para todos os amigos na escola e meus pais se viram em um impasse, porque jamais fariam algo para magoar Gabriel. Gabriel era o filho querido deles, o que ele quisesse, ele teria.

Então me mantiveram, ficaram comigo mesmo não querendo e, bom, teria sido melhor se tivessem me mandado para a adoção.

Meu pai começou a ficar muito estressado com um bebê indesejado na casa. Ele começou a bater na minha mãe, porque ele a culpava por ter engravidado.

Claro, tudo isso longe dos olhos do Gabriel. Ele não suportaria que seu amado filho lhe visse como um alfa violento, jamais.

Com a situação cada vez pior, apanhando dia após dia, minha mãe passou a me ver como culpado também. E é assim que meu inferno pessoal teve início.

O plano de gravidez de Castiel Novak (Destiel ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora