Just a test.

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[P.O.V Autora]

Desde de que os amigos eram aquele incrível sexteto, todas as manhãs eles se encontravam na mesma calçada do americano Changbin por ser a casa mais perto da escola. E naquela noite, a pouca distância os favorecia em chegarem rapidamente no colégio sem mais riscos de serem flagrados. No momento, Chan e Minho ajudavam os mais novos à pularem o muro dos fundos do pátio, procurando serem os mais silenciosos possíveis. Os maiores, já experientes em pular aqueles muros para cabular algumas aulas, saltaram em seguida, caindo sobre algumas folhas e lonas colocadas pela manhã para facilitar o trabalho na hora do Roubo Aos Doces.

Jisung se mantinha à frente do grupo, se divertindo com os amigos assustados com toda a escuridão do colégio. Aquele lugar aonde estudavam tinham diversas lendas, citarei algumas: A Professora Da Quinta, na qual uma professora do maternal foi empurrada da escada por um de seus alunos, assim assombrando toda a escadaria número cinco; Os Gêmeos Ruzenberg, os quais dois jovens gêmeos cometeram suicídio duplo na quadra menor do colégio e diz as lendas que quem pisa lá é instruído à tirar sua vida; E a mais antiga, A Noiva Da Meia-Noite, na qual conta que uma garota foi vendida para ser noiva de um velho barão e que, ao se recusar no altar, foi morta fuzilada no meio do casamento já arruinado. Dizem que até hoje ela vaga pela escola procurando jovens já comprometidas com namorados; As histórias são incontáveis, afinal, Salém é a Terra Do Terror.

Todas as áreas consideradas assombradas demais, eram proibidas de se pisar nos limites da escola, porém Han ria na cara do perigo. Já tinha ido com suas próprias pernas na quadra dos gêmeos e nada lhe aconteceu, estava vivo e inteirinho, isso lhe causou uma suspensão, mas nada grave. Ao passarem na frente dos banheiros, o cético viu um banheiro feminino interditado com diversas faixas amarelas de "PERIGO", algo que de cara chamou sua atenção.

─ Minho, você que faz parte do Grêmio, sabe o que aconteceu ali? ─ Questionou Jisung apontando para tal lugar. ─

─ Ah Jisung, por favor, nem invente. ─ Felix pediu meio choroso. ─

─ Poxa, eu só quero saber. Vai Minho hyung, por favor!

─ Bom... A diretoria disse que uma assombração foi avistada no espelho do banheiro e levou uma garota. Então eles interditaram para não termos mais problemas. ─ Disse engolindo seco. ─

─ Está falando da Loira do Banheiro? Jura? Essa historinha para criança? A garota deve ter saído da escola, se mudado, fugido, mas pega por uma assombração? Eu não acredito nisso. ─ Assim que Minho abriu a boca para falar, Han o cortou. ─ Relaxa hyung, eu não vou entrar nesse banheiro.

─ Bom mesmo.

Todos ignoraram o banheiro mal assombrado e finalmente se dirigiram para a tão esperada cantina. O local se em encontrava fechado, mas com o cargo já citado antes de Minho, o mesmo possuía uma "Chave Mestre", podendo facilmente ser usada na porta da cantina. Os jovens entraram animados, avistando no mínimo cem sacolinhas de doces em cima da bancada de mármore. Cada um pegou apenas uma sacola, com tamanha quantidade, apenas seis sumidas não fariam falta. Ao se virarem para a porta, viram um pontinho vermelho perto do teto e, ao jogarem a luz do flash do celular, notaram uma câmera que até poucos dias não estava instalada.

─ Merda... ─ Bang xingou enquanto passava sua mão em seu cabelo nervoso. ─ Minho, essa chave abre a porta da diretoria? Precisamos apagar essas gravações.

─ Infelizmente não, tenho minhas limitações. 

─ Bom, então a melhor maneira é arrombar a porta. ─ Sugeriu Changbin. ─

─ Que?! Tá doido?! Vamos deixar mais provas que viemos aqui? ─ Se desesperou o Yang pela primeira vez na noite. ─

─ Não arrombar quebrando a porta, Felix. ─ Seo riu do jovem quase arrancando seus cabelos de nervosismo. ─ Vamos fazer que nem os filmes, usar um grampo ou algo do gênero.

Enquanto Changbin, Chan e Minho foram para a sala da diretoria, Jisung, Felix e Jeongin decidiram que seria uma ótima idéia dar um olhada pela escola, talvez até roubar alguns gabaritos de testes. O Lee mais novo continuava com aquele aperto no peito, sentia más vibrações vindas daquela noite, por via das dúvidas, pegou duas de duas pedras de protecção de Olho de Trigre, duas pedras de Àgata Vermelha e colocou nos bolsos dos amigos consigo, dividindo-as igualmente, as suas já estavam consigo numa bolsinha ao lado de seu corpo.

Passando pelo pátio infantil do colégio, os garotos viram todos os brinquedos que costumavam se divertir quando menores. O dejavú foi inevitável, voltando aos velhos tempos, os três jovens aproveitaram para usarem dos brinquedos, subindo em escorregadores, trepa-trepa e, o melhor de todos na visão de qualquer um que já foi em um parquinho com o minímo de brinquedos, o balanço. Han sempre amou o balanço, gostava de ir o mais alto possível e pular lá de cima, bom, acho que vocês já sabem o que ele decidiu fazer... Jisung estava balançando bem alto, quase o suficiente para dar a volta, os outros dois amigos gritavam animados, ambos estavam do lado do balanço apenas esperando o outro dar um salto.

─ Se cair em pé, te pago um lanche depois! ─ Exclamou Jeongin que, na emoção, ditou na língua materna, coreano, deixando um Felix meio confuso. ─

─ Eu só entendi a parte do lanche, então deve ser bom! Anda logo Jisung! ─ Disse o estrangeiro. ─

O Han largou as cordas metálicas do balanço e pulou lá de cima. Era para tudo dar certo, porém o balanço voltou rápido demais e bateu em suas costas, o desequilibrando. Jisung caiu agachado, escorregando os pés pela areia do parque e amortecendo a queda de bunda no chão. O garoto se deitou no chão e resmungou de dor, mordendo seus lábios para controlar o grito de dor que queria dar.

Jeongin e Felix pararam ao seu lado e o levantaram às pressas. Jisung reclamava de dor, choramingava pedindo constante ajuda para seus amigos para andar. Sem pensar em muita coisa, os dois amigos levaram o jovem machucado para o banheiro mais próximo, acendendo sua luz e o apoiando na pia. O Lee retirou a camisa do ferido e encontrou um arranhão de tamanho considerável ali. Jeongin jogou um pouco de água no ferimento para limpar a areia que ali estava grudada, seguido de um grunhido de dor por parte de Jisung.

À poucos meses, Felix estava estudando botânica e procurando propriedades médicas de cada planta e o que outras poderiam causar no corpo. Conhecendo bem seus amigos desastrados, o Lee estava com uma pequena quantidade de aloe vera, famosa babosa, um analgésico natural e ótimo para ser usado em ferimentos. O jovem "curandeiro" aplicou a planta no ferimento e espalhou no local. Demorou alguns minutos até que a dor estivesse menor e, finalmente, um arrepio percorresse o corpo do Yang.

─ Felix, aonde nós entramos?

─ O que...?

Meio lerdo, Felix demorou até analisar o local em que estava... O vidro quebrado no chão, faixas de perigo impedindo a passagem até o espelho, os banheiros interditados e os vasos quebrados... Estavam no banheiro da Bloody Mary. Yang e Lee empalideceram, já Jisung, ria se divertindo com a situação.

─ Ah meninos, estão mesmo com medo de uma assombração bobinha? Vamos, deixem disso! ─ Han desceu da pia em que ainda estava sentado, colocou sua blusa de volta e ultrapassou a linha de perigo. ─

─ Ji-Jisung! Saia daí agora! Por favor, não quero que se machuque, hyung! ─ Jeongin disse em tom de desespero. ─

─ Calma, pequeno Yang, eu não vou me machucar, pode ficar despreocupado. ─ Ditou calmo, sorrindo carinhoso para o mais novo nervoso. ─ É só um teste... Bloody Mary, Bloody Mary, Bloody Mary!

─ JISUNG! ─ Ambos os amigos gritaram, não tiveram tempo de impedir pois o menor falou rápido demais para suas mentes raciocinarem. ─

Continua...

Bloody Mary [HyunSung/Han Jisung Centric - Stray Kids]Onde histórias criam vida. Descubra agora