O AMOR SIGNIFICA JIMIN

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PARTE 1

JEON JUNGKOOK


Todos nós temos segredos guardados em nossos corações e mentes. Uns são sombrios, outros são trancados para não machucarem outras pessoas. O meu segredo era diferente de todos os outros comuns. Quer dizer, eu adoraria um pouquinho de atenção, mas não aguentaria toda a Seul enchendo o meu saco e comprando vários quilos de carne para me agradar, se descobrissem a verdade: que o grande e misterioso herói, justiceiro da Coreia do Sul, o protetor dos pobres... — ok, talvez eu tenha exagerado um pouquinho — o Samurai Negro, seria um homem de carne e osso, que sangra, que chora, que estuda e que se esforça muito para conquistar seus objetivos. Esse alguém seria eu, Jeon Jungkook, mais conhecido, de dia, como o "Artista gostoso" da universidade, e de noite, como o "Justiceiro Negro" ou "Samurai Negro" que defendia Seul dos vários crimes, com seus punhos fortes e indestrutíveis. Certo, eu estou exagerando novamente.

Enfim, eu andava pelas ruas escuras com meu uniforme, um Kimono de medidas que se encaixavam perfeitamente em meu corpo e uma katana que eu segurava nos ombros. E antes que alguém pergunte, não, eu não mato ninguém, ok? Meu pai me ensinou desde muito pequeno a controlar a minha força e a minha hipervelocidade... espera, você não está entendendo nada, não é? Bom, eu vou explicar, veja só:

Tudo começou com meu pai, chamado Chung Hee, um homem trabalhador e perspicaz, que lutou muito para se tornar um grande cientista físico. Meu pai era a porra de uma lenda, mesmo sem seus super poderes. Ele trabalhava em seus projetos e também para uma base de energia molecular e armas nucleares do governo, mas SHHH! não conte para ninguém, afinal isso tudo é confidencial. Continuando, um dia meu pai presenciou algo inesperado, uma luz de uma máquina de acelerador de partículas se rompeu e ele acordou no hospital meses depois. Havia sofrido um acidente no trabalho e só se lembrava da luz. Tudo foi estranho, ele contou para mim. Ele estava em um estado vegetativo, os médicos quase desligando as máquinas de oxigênio, e, de um dia para outro, estava acordado, e incrivelmente bem, tipo, melhor impossível. Meu genitor percebeu muitas alterações em seu corpo, estava mais forte e alto, seus braços mais massudos e, caramba, tinha andado até perceber estar quase na entrada do hospital, e foi aí que percebeu, de alguma forma: o acidente molecular mudara geneticamente seu sistema, e depois de quebrar muitas maçanetas e copos de vidros, descobriu que tinha "super poderes". Ele pirou na época, mas depois começou a pensar no bem que poderia fazer com aquilo nas mãos. Chung Hee, montou um traje e lutou pelas ruas de Seul, combatendo o crime e a injustiça. Os anos 80 foram os melhores de sua vida, segundo ele.

Mas teve um momento em que tudo ficou caótico e solitário, começou a perceber que levava uma vida superficial e que não tinha ninguém com quem contar... então pensou: por que não pagar uma barriga de aluguel para lhe dar um filho? E foi assim que eu entrei na jogada, pessoal.

Só que isso não é tudo, porque a anomalia de meu pai, inacreditavelmente, passou para mim. Chung Hee foi um pai solteiro incrível. Como ele não nasceu no berço de ouro, nunca me deu algo porque eu pedi, sempre foi por meus méritos. Ele me ensinou a controlar meu poder e a não deixá-lo subir à cabeça, que precisava ter o equilíbrio. Mas é claro, às vezes um lado da balança fica pesado demais, e perco o autocontrole.

Certo, certo. Não vou deixar vocês saberem de cada detalhe cabeludo!

Bom, quando eu fiz 18 anos, comecei, junto com meu velho, a ir para as ruas e ajudar as pessoas. Não combato somente o crime, mas também cresci com alguns amigos os quais podia confiar, e tenho suas amizades até hoje: Namjoon e Yoongi, que conheci no Ensino Médio. Desde de pequeno eu sou artista, pintava nas paredes da mansão do meu pai, pintava nas plantas de máquinas de minha mãe, meu pai permitiu a mulher que me gerou, me criar também, ele achou melhor ter uma figura materna e afinal, eles eram amigos... Papai sempre me apoiou, na verdade, via o quão belos eram meus traços, e dizia que se eu quisesse me especializar em artes, poderia ir em frente. Se eu quisesse tocar guitarra com meus amigos, claro, só depois das 22 horas que não. Meu coroa foi o melhor pai do mundo, com toda a certeza.

Entre a justiça e seu sorriso cálido • jikook ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora