Estava eu dormindo no carro bem desconfortável até que Gregory grita no meu ouvido.
- Gregory eu juro que te odeio- disse dando um tapa nele.
- eu sei que você me ama, aceita- ele disse rindo da minha cara- estamos quase chegando na casa.
- só amo porque somos melhores amigos e não consigo viver sem você.
Quando eu olho pela a janela vejo uma casa de madeira clara a beira de um lago e senti algo estranho dentro de mim, como se eu conhecesse aquele lugar, mas deixei esse pensamento para lá assim que o carro parou.
- vamos logo quero te mostrar tudo- Gregory disse me puxando do carro.
- calma, se eu cair aqui te mato- disse.
- anda logo então.
Ele me levou para conhecer tudo, eu vi mais uma mansão bem parecida a uns metros de distância.
- quem mora lá?- pergunto curiosa.
- não faço ideia, da última vez que viemos estava vazia- Gregory disse sentando no banco perto do lago.
- Gregory vem me ajudar com as malas- grita seu pai
- vou lá e já volto- disse ele bufando.
- ótimo- digo rindo dele.
Eu parei para observar mais o local e era lindo, perfeito e mágico. Sentada à beira do lago tive outra sensação estranha de que não sei explica. Peguei meu cordão que veio comigo desde o orfanato e (que desde de então não larguei ele) segurei nas minhas mãos, como eu queria saber de toda minha história e por algum motivo eu senti que ali eu descobriria, o que não faz sentido até porque nunca nem pisei aqui nesse lugar e outra, tem um lago e morro de medo, então não faz sentido algum.
Meus pensamentos se afastaram quando Gregory fala comigo.
- Clarissa vamos no lago? Tá muito calor e essa água deve tá maravilhosa- disse ele
- não nem pensar, eu tenho pânico de Lagos e você sabe- eu falei me levantando em direção a casa e Gregory veio atrás.
- vamos Atenas vai ser só um pouco- ele falou implorando- tenta pelo menos.
- não Gregory, já disse.
- ok- disse abalado- vai fazer o que então enquanto estou lá?
- vou fica lendo meu bom livro.
- você não larga eles nem numa viagem- ele disse revirando os olhos, digamos que Gregory não é tão fã dos livros.
- não fale mal dos meus bebês- eu disse ameaçadora.
- tudo bem então, você que vai perder- ele disse se rendendo- fique aí então que eu vou para o lago- ele disse correndo em seguida.- Se divirta- grito para ele e riu.
Agora era a pergunta, aonde vou conseguir ler tranquila nesse lugar?Eu entrei dentro da casa e fui buscar meu livro, fiquei um tempo a procura de um lugar bem tranquilo para ler, até que eu vi um píer perto da mansão desconhecida que parei para repara e é bem bonita com suas paredes altas de madeira clara e janelas bem grandes. Andei até o píer e me sentei na beira dele com a vista do pôr do sol que estava encantador, seu tão alaranjado dominando o céu e as árvores, refletindo no lago, aquele era com certeza o lugar perfeito.
Me sentei em uma espreguiçadeira ali e admirei a vista por longos minutos e me senti em casa, o que não fazia sentido, porque minha casa era horas daqui e ficava na grande cidade, mas por algum motivo esse lugar me trazia uma paz enorme, como se nada de ruim pudesse acontecer, onde eu poderia esquecer dos problemas, frustações e tudo. Ali era meu lugar.
Peguei meu livro que por um momento eu tinha me esquecido dele e comecei a ler, com aquela vista até a leitura ficava perfeita, quando eu já tinha lido dois capítulos do livro escuto um suspiro atrás de mim, me viro para ver quem era e encontro um homem que parecia ter minha idade em pé.
- Desculpa não queria te atrapalhar- ele diz se aproximando
- Meio tarde para isso, não acha? - disse séria, se tem algo que eu detesto é que atrapalhem minha leitura, mas não estou em posição de reclamar, afinal aquele lugar não era meu e era eu que estava invadindo.
- Verdade, desculpa mesmo assim- falou sentando-se em uma cadeira em frente de mim- esse pôr do sol é maravilhoso né?
- Muito, eu tão apaixonada por ele- eu disse fechando o livro e olhando para a direção que ele olha.
- Essa hora sempre me sento aqui para olhar esse lugar- falou- hoje tive a surpresa de achar você aqui.
- Acho que sou meio intrusa aqui né- disse dando um sorriso e parei para reparar nele, como é perfeito, moreno, alto, olhos azuis penetrantes.
- Não, você pode vir quando quiser, eu divido a vista com você- falou dando outro sorriso.
- obrigada pela gentileza, de qualquer forma eu tenho que ir, já está escurecendo- falei me levantando, quando vou dá um passo, tropeço e caiu dentro do lago, um desespero toma conta de mim, a correnteza essa hora era muito forte e começou me levar para longe, eu estava me afogado e senti como se não fosse a primeira vez, até que eu fecho os olhos e vejo uma garota parecida comigo agarrada na pedra sem forças para lutar.
Eu começo a perder o folego quando sinto uma mão na minha cintura me puxando para cima e me carregando de volta para o píer, assim que subo começo a chorar muito desesperada engasgando-se com a água.
- Calma está tudo bem, você está a salva- disse o menino do píer enrolando uma toalha envolta de mim.
- Eu... tenho... pânico... de... lago- falei gaguejando e ele me olhou com uma cara pálida e surpresa.
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Um amor fora do tempo!
Teen FictionQuando o amor vem com uma promessa para sempre, vai além de outra vida. Sebastian depois de perde seu grande amor, ele promete encontra ela aonde for e assim vai para séculos a frente atrás de Helena. Clarissa uma jovem de 21 anos nunca imaginou que...