⚜️Missio⚜️

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Tradução: A missão.

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Sempre existe o estereótipo de que um casal — formado por um homem e uma mulher —, o homem será sinônimo de força e liderança, enquanto a mulher é o espelho da delicadeza e submissão.

Eu e Octávio somos o tiro que saiu pela culatra.

Depois da madrugada em que invadi sua cabana — que ele divide com Marti — e me aninhei em seus braços sob seus lençóis, o moreno fez questão de que eu ficasse por lá. Nesse mês que se passou, a sensação é de que somos uma família feliz e tranquila. Todas as manhãs Octávio é o primeiro a levantar para preparar o café junto de Marti, em seguida ele me arranca dos lençóis — que dividimos sob a condição de que eu não o "atacasse" para meios pervertidos para que possamos ir com calma — com cócegas e cutucões para tomarmos café da manhã juntos. No fim da tarde, eu e Marti retornamos, e encontramos a casa lustrosa e Octávio de avental, colando a mesa para o jantar. Rimos juntos, falamos de coisas aleatórias ou apenas nos sentamos na sala — Marti fazendo a lição de casa e eu lendo um bom livro, enquanto Octávio testa seus talentos com penteados em meus cabelos — aproveitando a companhia.

Se fosse fazer uma comparação, diria que eu represento meu pai e Octávio uma mistura da mamãe e Lola.

— Você não tem defeitos? — pergunto repentinamente ao príncipe.

— Claro que não. Eu sou a perfeição. — ele diz convencido e lhe acerto um tapa — Aí! Brincadeira. Só alguns.

— Faça uma lista. — digo me virando corretamente para que ele termine a trança enraizada para que possamos partir para a missão — Eu já fiz uma lista com as qualidades. Escuta. Você cozinha, lava, passa, deixa essa cabana mais brilhante que o sol, costura e recentemente descobri que é ótimo em penteados e maquiagem. Agora precisamos dos seus defeitos.

— Não sou bom em esgrima, muito menos em arco e flecha, pior em lançamentos de facas. —  isso é uma completa verdade, a única forma de luta e defesa dele é quando está em uma forma metamórfica — Detesto chocolate e café...

Quando ele profere essa palavras me viro seriamente para ele. A luz da lua em meio a madrugada entrando pela janela, junto com a luz dos lampiões, o deixa ainda mais bonito. Desgraçado, não tem um momento de feiura.

— Não podemos mais ficar juntos. — digo de forma seria.

— Por que?

— Que tipo de pessoa detesta chocolate? E café? Não iremos dar certo. — ele solta a respiração que nem tinha notado que prenderá.

— Quase tive uma parada cardíaca. — ele diz aliviado e então sorri para mim — Existe coisas melhores que chocolate e café.

— Você é louco. O que pode ser melhor que ambos? — ele então estala um beijo em minha bochecha.

— Isso?

— Não chega nem perto. — nego, tentando conter um sorriso.

— E agora? — ele beija a pontinha do meu nariz.

— Nem um pouquinho.

Ele se aproxima devagar, selando nossos lábios em um beijo casto. Lento e tranquilo. Sua mão se apoia na cabeceira da cama e a outra repousa delicadamente em minha bochecha. O beijo começa a tomar uma forma mais intensa e cheia de lascívia. Meu corpo começa a esquentar, sedento por mais do que os breves beijos que trocamos nesse período que dividimos o leito. A falta de ar faz com que o ósculo seja quebrado.

As coroas dos deusesOnde histórias criam vida. Descubra agora