2.2: Canção do destino

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Ao chegar em casa, Soobin retirou os sapatos e guardou-os na gaveta ao lado da porta de entrada, depois foi para seu quarto. Olhou a hora e viu que era quatro e quinze, já tinha se passado dez minutos desde que saíra da biblioteca com o colega e ainda lembrava perfeitamente do beijo que deram, o delicioso sabor de morango estava impregnado em seus lábios.

Mas apesar do acontecido, o garoto ainda não sabia ao certo o que pensar. Por que ele aceitou me beijar? Será que ele realmente gosta de mim? Espero não ter feito nada de errado...

Após deixar a mochila no quarto, Soobin saiu do cômodo e foi para a cozinha, pensando no que faria para o jantar. O gatinho lhe fazia companhia, esfregando-se nas pernas do seu dono e miando, como se conversasse com ele.

— Bichinho, se você pudesse entender, eu te contaria tudo o que aconteceu – o rapaz disse, sorrindo com a lembrança que insistia em permanecer em seu pensamento.

Encheu o pote de água do gatinho e voltou para a sala, jogou-se no sofá e mandou uma mensagem aos amigos, avisando que precisava contar algo a eles. Sabia que naquela hora eles estavam na escola, então saiu do chat deles e enviou mensagem a Beomgyu, questionando-o se tinha chegado bem em casa. Espero que eu não tenha estragado nossa amizade com o que fiz, Soobin pensou, suspirando e deixando o celular de lado.

Quando a mensagem chegou, Beomgyu estava dentro do elevador a caminho do quinto andar do condomínio, e ao ler o que recebera, sorriu e respondeu que sim, em seguida agradeceu pela preocupação. Sentiu as bochechas esquentarem novamente e cobriu o rosto, mas se recompôs quando o elevador avisou que chegara ao seu andar. Saiu assim que a vermelhidão passou, e retirando o chaveiro do bolso da calça, caminhou até a porta do seu apartamento.

Entretanto, percebeu que a porta estava destrancada assim que segurou a maçaneta. Ué, meus pais chegaram mais cedo hoje? Devem ter esquecido de me avisar, ele pensou, entrando e retirando os sapatos. Depois, deixou a mochila no sofá e se dirigiu a cozinha, estava com sede e precisava urgentemente de água. Contudo, o som de um objeto caindo o assustou e o rapaz parou de andar.

— Pais? – Beomgyu perguntou, voltando a caminhar a passos lentos em direção a cozinha, de onde o som viera.

— Gyu? Meu neto querido! – Tiffany disse, indo abraçar o menino — Desculpe se te assustei, pensei que estaria aqui.

— Ah, não se preocupe vovó, eu não me assustei – ele respondeu, retribuindo o abraço e sorrindo — Fui fazer um trabalho escolar com meus amigos.

— Meu menino é tão estudioso, que orgulho sinto de você! – ela sorriu, apertando as bochechas do neto — Tenho certeza de que se saiu muito bem!

E como, pensou, rindo do próprio pensamento.

Ao se soltar do abraço da avó, Beomgyu bebeu água e ficou conversando com a mais velha. Por mais interessante que fosse o assunto da conversa, o rapaz não conseguia parar de pensar no que acontecera na biblioteca, ainda não parecia real. Não que estivesse arrependido do que fizera, muito pelo contrário, tinha adorado e torcia para ter outra oportunidade de beijá-lo novamente.

Após tomar o café da tarde com a avó, foi guardar a bolsa no quarto. Antes de retornar para a cozinha, enviou uma mensagem aos melhores amigos, dizendo que à noite contaria um segredo. Depois, voltou para onde estava a continuou a conversar com a avó, tentando ao máximo não pensar demais.

À noite, Beomgyu fez o que prometeu. Contou aos dois melhores amigos e ao primo o que acontecera entre ele e Soobin. Kai e Minghao ficaram surpresos ao saberem da fofoca, já Yeonjun nem tanto, afinal aquele era seu plano desde o início: Deixá-los sozinhos para que, se os dois colaborassem e tivessem atitude, rolasse algo a mais do que uma simples conversa.

Infinite Love - SooGyu (Volume 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora