Dusk | George Weasley - Português

cɑpítulo 5

A cozinha estava uma bagunça, Draco havia tentado cozinhar o jantar, mas não limpou depois, por isso fiquei preso à limpeza hoje de manhã.  E eu estava me atrasando para o trabalho. Surpreendentemente, meu avô não estava sentado em sua cadeira habitual hoje, na verdade, eu não o vi esta manhã inteira.

Uma vez terminada a limpeza, corri para a sala apenas para ver meu avô ali parado. Mas ele não estava sozinho, havia outro homem com ele. Parecia mal vestido com seu sobretudo marrom e tinha algumas cicatrizes no rosto.

Agora eu sei que é errado escutar, mas não pude evitar. Este homem parecia muito familiar, se eu não estava errado, ele era da Ordem da Fênix. Eu andei um pouco mais perto e fiquei atrás do muro.

"Por que você quer saber sobre ele de qualquer maneira", perguntou o homem ao meu avô.

"Isso não é da sua conta, você tem certeza de que ele está lá?", perguntou o avô.

"Ele está, embora eu não veja porque você se preocupa com ele."

"Mais uma vez, não é da sua conta. Mas ele não pode saber que eu perguntei por ele."

"Você vive sozinho?", perguntou o homem.

"Sim", disse meu avô sem hesitar.

Esta era definitivamente uma conversa que eu não deveria estar ouvindo.

"Alguma criança?"

"Ela está morta", respondeu o avô.

"Netos?"

"Todos mortos."

Afastei-me, não querendo mais ouvir. Por que ele estava mentindo? Eu estava bem e viva, e vivia com ele naquela mesma casa. E quem na terra era aquele homem?

Eu estava me atrasando para o trabalho, então decidi lidar com isso mais tarde, algo era muito suspeito.

•

Ron não estava no trabalho hoje, George ficou atrás do balcão, examinando um produto.

"Onde está Ron?", perguntei.

"Em Hogwarts, visitando Hermione", disse George, descansando o produto sobre a mesa, mas não tirando os olhos de cima dele.

"Em Hogwarts?"

"Sim, ela voltou para terminar seu sétimo ano", disse ele.

George parecia muito cansado, mas, novamente, quando ele não o fez nestes dias? Eu finalmente lhe fiz a pergunta que eu queria fazer há tanto tempo, mas sempre tinha medo de fazer.

"George, você está bem?"

Suas mãos pressionadas sobre a superfície da mesa, colocadas em cada lado do produto. Ele encostou seu peso no balcão e olhou para cima de mim. Seus olhos ficaram um momento no meu rosto, escrutinando

"Eu não sei", disse ele, olhando para trás novamente. Fios de seus cabelos vermelhos ardentes saíam ao acaso como se ele tivesse passado as mãos por ele varias vezes em nervosismo. As mangas de sua camisa branca estavam arregaçadas até os cotovelos, com os braços com sardas.

Eu dei alguns passos para mais perto dele.

"Desculpe por aquele dia, Ron me contou o que ele fez", disse George calmamente. Eu não esperava que ele falasse de seu irmão. Na verdade, eu não esperava que ele falasse de maneira alguma.

"Isso não é nada para lamentar", eu o tranquilizei.

Houve algum silêncio confortável por um pouco. Estaria eu me intrometendo se lhe perguntasse qual era o problema com o Fred? Eu só queria ajudá-los.