Prólogo

10.2K 450 31
                                    

Maldito mil vezes ela pensou vendo a Mercedes do marido estacionar pelas câmeras de segurança do prédio. Daphne precisava se livrar daquele homem o mais rápido possível, ela precisava da sua liberdade de volta e o principal, queria limpar toda conta bancária do canalha com quem estava casada 

Henry Walton, o maldito self-made que fez fortuna sozinho no Vale do silício com uma empresa de tecnologia hoje é o maior de toda Nova York e quem sabe de todo o Estados Unidos, o típico milionário que adora holofotes e mostrar o seu poder, afinal ele exalava poder 

A mulher correu correu até a sala do marido não se preocupando com os olhares dos funcionários que especulavam o que ela estava fazendo ali. Criaram uma imagem da mulher em suas cabeças na qual era uma mimada criada em berço de ouro e herdeira da maior rede hoteleira do País 

Apostavam que ela tinha se casado apenas para acumular mias fortunada já que a "princesinha" como o chamavam não fazia nada, absolutamente nada em seus dias. Formada em literatura americana não exercia a profissão, vez ou outra ajudava os pais em seus negócios mas no fundo Daphne era a tradicional esposa troféu do Upper East side onde sua única preocupação era os lançamentos da Hérmes e louboutin... enfim ela tinha uma vida de realeza na elite de Nova York 

Henry se revelou no elevador ainda com os fones no ouvindo finalizando um podcast sobre energia solar, talvez fosse um bom investimento. Os funcionários não tinham coragem de encaram a muralha que chamavam de chefe, vestido em um terno Armani com seus sapatos lustrados que davam para refletir seus rosto de tão brilhante era um tradicional CEO 

Ele entrou em seu escritório como de costume e viu em sua cadeira a mulher que usava seu sobrenome e dividia a cama. A maldita Daphne Koch Walton, sua esposa 

Ele sorriu de lado vendo que a manhã se tornaria interessante com a presença da mulher ali, vestida totalmente de preto dos pés a cabeça ele não pode deixar de reparar nas lindas pernas que ela tinha, era uma uma mulher, uma gostosa mulher na qual ele não tocava 

-Bom dia senhor Walton - ela sorriu colocando os pés sobre a mesa em posição de dominação - espero não estar incomodando 

Henry teve que rir, os dois estavam em guerra há quase seis meses, todo dia era uma bomba diferente independente dos lados e ele podia sentir que só estava começando 

-Você não incomoda querida - ele deixou a maleta sobre a poltrona e se aproximou dela lentamente com a intenção de intimidar 

Daphne o conhecia o suficiente para conhecer cada um de seus passos, ela não baixava a guarda fácil 

-Me dê o divórcio - ela falou calma sem tirar os olhos dos dele - me dê e seja livre, imagine quantas bucetas está perdendo preso a mim

Ela não media palavras ele pensou 

-Assim me livro de você e de metade da minha empresa 

-Faz parte - ela sorriu sapeca afinal seu objetivo era tirar o máximo dele 

-Chame seus advogados querida, terá o que quer 

Daphne quase caiu da cadeira ao escutar aquelas palavras, estava implorando por isso há quase um ano e finalmente a hora tinha chegado, ela não precisaria mais fingir nada daquilo e ainda levaria uma pequena fortuna do homem 

-Não brinque comigo Henry 

-Adoro quando fala meu nome - ele aproximou seus rostos e deu um selinho nos lábios dela que permaneceu estática - eu não brinco com assuntos assim, em breve não será mais a senhora Walton e eu poderei comer metade de Nova York 

-Mas é claro.. - ela se levantou sentindo um incomodo com aquela palavras mas não deu importância, finalmente teria o que tanto pedia - meus advogados vão marcar uma reunião 

Henry apenas assentiu e viu a esposa que em breve seria ex sair de sua sala. Apesar da guerra em que viviam e do casamento arranjado afim de acumular mais dinheiro entre duas famílias poderosas ele tinha se acostumado com a presença dela e com todo drama que ela fazia diariamente 

Se lembrou da merda que foi a lua de mel dos dois em Paris, um presente dos pais dela. Teria sido uma ótima viagem se ele não tivesse tentado se aproximar da esposa e ela fugido 

Henry ficou quase três dias procurando Daphne por toda frança até descobrir como ela estava se divertindo em Monte Carlo com amigos que só se interessavam por sua beleza em dinheiro. Felizmente ela ainda tinha um pouco de maturidade e nunca ousou o trair, caso contrário não teria direito a sua parte tão sonhada da empresa do marido 

Ele tinha admiração por ela, era uma boa menina mas não poderia força-la a ficar por perto, ele não era esse tipo de homem. Em breve decretaria sua liberdade e assim como ela ele sumiria, talvez se mudasse ou até mesmo se aposentasse 

Ele odiava Nova York e queria se ver longe daquela cidade o mais rápido, odiava aquela elite esnobe que fazia parte, apesar de todo império que tinha construído nada tinha vindo com facilidade como para Daphne e sua herança bilionária 

Ele tinha lutado por tudo aquilo e merecia tudo aquilo, era o senhor de seu próprio destino e se orgulhava disso 

Mandou uma mensagem para o time de advogados avisando sobre o processo de divórcio que começaria com a esposa e depois mandou uma para o melhor amigo Thomas o intimando para uma noite de bebedeira, ele precisava 

A caminho do divórcioOnde histórias criam vida. Descubra agora