Capítulo 3

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Henry repetiu sua rotina matinal como sempre fazia, ao menos tinha uma rotina para se ocupar e não ficar pensando tanto na esposa que o odiava e só queria seu dinheiro 

Ele saiu da academia com o shake na mão e entrou em casa pronto para uma ducha gelada, infelizmente suas roupas ainda estavam no mesmo quarto que ela, prometeu mudar isso o mais rápido 

Abriu a porta devagar e não viu ninguém, ele andou se fazer barulho e se despiu entrando na ducha que logo fizeram seus músculos relaxarem

Daphne saiu do closet só de lingerie e meia calça, as palavras do seu pai ainda ressoavam na sua cabeça e ela prometeu que faria algo a respeito, pela primeira vez na vida iria procurar um emprego na sua area 

Assim que entrou no banheiro teve a visão completa de Henry no chuveiro, era um maldito gostoso dos pés a cabeça, agradeceu por ele não ser um nerd preguiçoso e por ele estar em forma 

Ela fingiu não se importar com a presença do homem e ligou o secador finalizando os cachos nos cabelos cor de Mel 

Henry se assustou com o barulho e assim como ela teve a visão completa da esposa usando uma lingerie preta e com uma meia calça da mesma cor

"A bunda perfeita" ele pensou e sentiu seu membro dar sinal 

-Pare de me olhar seu pervertido - ela o encarou pelo espelho 

-Não tenho culpa se você é gostosa e eu não transo a muito tempo - ele sorriu ainda no banho 

-Deveria achar uma amante, quem sabe sua secretária - ela sugeriu em tom de provocação 

-Você tem um ?

Daphne teve que se virar e encarar o homem "maldito" ela pensou 

-Claro que não 

-Ótimo, então está sem transar há um ano e oito meses assim como eu - ele sorriu se enrolando na toalha - veja como somos iguais 

Daphne teve que reparar em como ele guardava datas e em como ele se lembrava da última vez que transaram, as memórias logo invadiram sua mente e ela se lembrou da noite naquele apartamento 

Tinham acabado de se mudar e ele ainda estava vazio, sem nenhum móvel. Se lembrou de como fizeram amor no balcão da cozinha e dos toques Henry, caramba, ela ia enlouquecer ali mesmo 

-Precisamos fazer um acordo - ela o seguiu 

-Estou escutando - ele deu ombros colocando seu terno - diga de uma vez "Barbie" 

Quis brigar com o homem pelo termo que saiu de sua boca mas ela não tinha tempo para aquilo 

-Não precisamos estar casados, podemos fingir 

-Parece que não ouviu seu pai né - ele ironizou - não vou fingir nada com você Daphne, não tenho tempo para brincar de casinha, se ainda quiser ser minha esposa de verdade estarei aqui caso contrário estará acorrentada a mim por mais três anos até que consiga sua liberdade 

-Claro.. - ela respondeu baixo e saiu dali o deixando só 

Henry não viu mais a esposa naquela manhã e nem queria vê-la, ficava estressado só de ver o rosto angelical da mulher 

Se obrigou a ficar no escritório até tarde da noite para evitar encontrá-la 

-Estou saindo - a secretária avisou e ele assentiu olhando o relógio que marcava quase nove da noite 

Passou em um restaurante perto de casa e comprou comida para os dois, podia matá-la de qualquer coisa exceto de fome. A casa estava vazia ao menos estava silenciosa 

Ele deixou os pacotes na cozinha e subiu as escadas vendo o escritório dela com as luzes ligadas, estranhou já que ela nunca trabalhava, ficou naquela sala apenas uma vez e foi apenas para decorar o espaço 

Ele abriu a porta devagar vendo a mulher focada no computador com uma pilha de papéis ao lado 

-Porra.. - ela o encarou assustada 

-Desculpa - ele se culpou - não quis te assustar, o que está fazendo ? não usa esse escritório a tempos 

Ela ficou tímida - Consegui um emprego 

Henry teve que rir da revelação - Como é que é ? 

-Um emprego henry, aquela coisa que você faz todos os dias 

-Aonde ? - ele perguntou 

-No times - ela suspirou - Alicia me indicou, eles precisavam de uma redatora e eu aceitei 

-Mais uma vez Alicia te salvando - ele sorriu - meus parabéns querida, verá agora o que 90% do país faz todos os dias, trabalha 

-Incrível como você ironiza tudo que eu faço 

-Não..não mesmo - ele suspirou - desculpa Daph, não quis ser irônico 

-Tudo bem - ela sorriu sem ânimo e continuou focada no que estava fazendo 

Henry se culpou pela forma que tratou a mulher e quis se redimir, ele colocou o jantar dela em um prato e colocou uma água com gás na bandeja e subiu até o escritório 

-O que é isso ? 

-Seu jantar, imaginei que não tinha comido nada - ele colocou a bandeja sobre a mesa - não é fritura 

Ressaltou sabendo que ela tinha muitas restrições alimentares já que se cobrava tanto quanto ao corpo perfeito que mantinha, ele não dava tanta atenção para isso mas quis agradar 

-Obrigada - ela sorriu - eu estava morrendo de fome - ela deu a primeira garfada sentindo a comida na boca - você não vai comer ? 

-Vou, lá em baixo - ele saiu fechando a porta e mais uma vez as coisas voltaram a ser o que eram 

Henry ficou feliz por ela ter tido atitude e ter conseguido um emprego, sorriu imaginando como seria a rotina da mulher que só se preocupava em fazer compras. Realmente as palavras do pai dela tinham acertado em cheio 

A caminho do divórcioOnde histórias criam vida. Descubra agora