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ARLEQUINA
Eu tenho um objetivo, um propósito que me deu forças para me reerguer quando a vida que eu conhecia ruiu aos meus pés, juntamente com todos os meus sonhos e a...
Oieee! Tem uma sexta na minha segunda! 😲😆 Quem estava com saudades de um capítulo surpresa? ☺ Vamos trocar presentes? Eu dei um capítulo e vocês me dão uma 🌟 e comentários sobre o capítulo, pra todo mundo ficar feliz! Combinado? PS. : Prontas para se apaixonar por um gigante? ❤ Até sexta! Bjokas! 😙😚
♠♥ MEU CORAÇÃO TE PERTENCE ♣♦
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Era o meu sonho se realizando bem ali na minha frente.
Arlequina se despindo rapidamente, ficando nua em um piscar de olhos.
Mas o contexto estava todo errado e o que era para ser um sonho, estava mais para um daqueles pesadelos sinistros em que a gente faz de tudo para acordar e não consegue.
Arlequina não estava se despindo para mim. Ela estava nua "apesar" da minha presença, e sei bem que se não fosse pelo seu total desespero e a ânsia de se ver livre do sangue daquele maldito que maculava seu corpo, ela não faria algo assim na minha frente.
Teve uma única vez antes dessa em que eu a tinha visto nua. Porém, as circunstâncias eram ainda piores.
Quando a Arlequina foi estuprada, eu fui o primeiro a encontrá-la e fui obrigado a ver aquela cena horrível. As duas mulheres nuas, ambas molestadas, uma claramente morta, e a outra sangrando pela surra e o grau de violência sexual que tinha sofrido.
Eu jamais conseguiria apagar aquela cena da memória, por mais que tentasse. E eu sabia que tinha uma parcela de culpa naquilo, pois não deveria ter obedecido a ordem da Arlequina. Quando eu finalmente tive coragem de ser insubordinado e ir atrás dela, era tarde demais.
Minha mente voltou ao presente, e mesmo desejando aquela mulher com cada fibra, e meu corpo demonstrando o princípio das reações naturais que ter a mulher que eu queria tanto nua na minha frente me traria, o tesão não progrediu, pois eu sabia que aquele momento não era muito diferente da vez anterior.
Se eu que não tinha vivido aquela barbárie estava recordando os acontecimentos e sentimentos da ocasião, Arlequina certamente estava afundando naquela merda.
Eu a chamei, ainda sem saber exatamente o que poderia fazer para ajudar.
Ela não respondeu. Entrou em um dos boxes e ligou o chuveiro, enfiando-se sob o jato de água ainda fria, ficando arrepiada e mais ofegante pela sensação.
Ela começou a esfregar os braços, fazendo o sangue ir embora junto com a água.
O Choro veio em seguida. Alto, sofrido, transformando-se em soluços profundos rapidamente.
Eu não conseguia assistir sua dor exposta de forma tão crua e não fazer nada. Mas, tampouco eu tinha noção do que fazer.
De forma instintiva, eu me aproximei, entrei no box, e toquei seu braço, tentando evitar que ela esfolasse a pele.
