capítulo 6

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Demorou mais uma hora até que Bridget pudesse fazer Jimin sequer pensar em parar para comprar suprimentos. Deus, como ela queria uma escova de dentes, pelo menos.

Mas ele se recusou, dizendo que não arriscaria até que estivessem fora da cidade. Longe da cidade ... como ele havia dito, ele estava levando a sério e realmente estavam saindo da cidade, longe de sua casa e de sua família e seus amigos. Ela não tinha um pedaço de roupa extra, ninguém sabia onde ela estava e ele essencialmente a sequestrou.

Por que então ela não estava apavorada? Talvez fosse por causa da calma em seu tom, sua certeza de que ela ficaria bem. Ou a maneira como ele disse aquelas sete palavras: Não vou deixar nada acontecer com você. Ele quis dizer isso ... Foi mais do que uma promessa, foi um voto.

Fisicamente, ele não a deixaria ser prejudicada. Emocionalmente, porém, era outra história. Levou meses para ela superar o que ele tinha feito com ela ... e se ela fosse realmente honesta, ela ainda não tinha superado. Então ela tinha que se afastar dele. O mais breve possível.

Mas enquanto isso não fosse possível, ela percebeu que deveria descobrir o que pudesse. Ela ouviu em silêncio enquanto Jimin lhe contava o que sabia, então finalmente disse:

—Então, se Marty não tivesse dado a informação, eu poderia ter entrado no meu quarto de hotel hoje à noite ou no meu apartamento amanhã e encontrado uma arma apontada para mim .

—Isso não vai acontecer, Bridget.

—Como você pode ter tanta certeza?

—Porque você não estará lá. - respondeu ele, seu tom uniforme e sem hesitação.  —E depois que você testemunhar, tudo se torna discutível. Não há ganho em removê-la da equação.

—Então, quem quer que esteja me seguindo se safa porque não precisa mais me matar?

Ela perguntou, sua raiva aumentando. Estava crescendo com cada palavra que Jimin dizia. Especialmente quando essas palavras incluíam assassino contratado e atirando em você.

—Ele não vai escapar impune.

Jimin não falou, as palavras saíram mais como um rosnado. Ela instintivamente sabia que ele falava sério, o que quer que ele sentisse sobre ela pessoalmente, não importava pq Jimin parecia quase vingativo.

—Então, se você não sabe quem está atrás de mim, como você sabia que ele me seguiu até o clube?

Jimin olhou para ela na quase escuridão do carro. Pelo brilho do painel, ela podia ver a forma como sua testa estava franzida em uma carranca profunda.

—Temos analisado carros que estiveram perto de vc, na sua casa e no escritório nas últimas quarenta e oito horas. Um apareceu no seu hotel, bem antes de um hóspede denunciar um homem agindo de forma suspeita do lado de fora da sua porta.

O estômago dela revirou.

—Ele invadiu meu quarto?

Jimin acenou com a cabeça uma vez.

— Meus primos ...

—Eles não são uma ameaça e não estaria no radar desse cara. - a voz de Jimin ficou mais profunda, lenta e tensa. —Ele só está atrás de você. A equipe de vigilância havia perdido o carro. Então a central local avisou ... na área do clube.

—Oh, meu Deus. - ela sussurrou.

—Eu o segui até o clube, mas fiquei fora de vista quando vi vc saindo mas depois você voltou e com certeza quem estava atrás de você tbm iria voltar, eu não poderia simplesmente deixar você ficar lá sozinha, ou voltar para o hotel, quando você não tinha ideia do que estava acontecendo.

Ainda tentando encontrar uma maneira de compreender tudo, ela sussurrou:

—Então você me agarrou.

— Eu agarrei você.

Antes que ela pudesse continuar, ele a surpreendeu ligando a seta e se dirigindo para uma saída.

—Vamos parar agora?

—Sim. Precisamos de um pouco de comida. Vamos fazer uma pausa rapida.

Uma parada. Em um vestido de dama de honra de veludo e lingerie minúscula. Maravilhoso. Então Bridget pensou sobre isso e percebeu que não precisaria se incomodar. Porque ele estava parando em um lugar público, onde ela poderia obter ajuda de outra pessoa.

Alguém que não era Jimin, que não a excitava mesmo quando a enfurecia. Ela devia a ele por tê-la tirado do perigo esta noite. Isso não significava que ele era o único que tinha que manter ela fora de perigo de agora em diante.

Ela tinha amigos, ela tinha família. Caramba, sua prima Mia conhecia a lei por dentro e por fora. Ela era advogada, tão dura quanto qualquer criminosa e tinha processado dezenas deles. Bridget tomou sua decisão rapidamente. Ela precisava ligar e ver se Mia poderia vir busca-la para que ela pudesse se livrar de Jimin. Essa era a oportunidade.

Ele se dirigiu para a única área bem iluminada perto da saída, um pequeno posto de gasolina com uma loja de conveniência. Estacionando na frente, ele disse:

—Espere um segundo. Está muito úmido e vc pode escorregar.


Ela não tinha ideia do que ele pretendia fazer a respeito até que abriu a porta de traz do passageiro onde ela estava e estendeu a mão a levantando do assento.

—Você quebraria o pescoço neste chão se caísse, mesmo se não estivesse usando essas coisas ridículas nos pés.

—Essas coisas ridículas custaram seu salário de meia semana.

Mas ele não se importou, apenas sorriu. Ela não conseguiu nem abrir a boca para continuar argumentar porque todo o ar foi sugado de seus pulmões quando ele a puxou em seus braços. Ele a abraçou, apertado contra seu corpo quente e poderoso, abrindo caminho através do frio e da garoa. O contato foi eletrizante. Seus braços a embalaram, sua respiração caindo em sua bochecha e cabelo.

Bridget perdeu a noção de tempo e lugar, nem mesmo percebendo o frio até que ele a colocou cuidadosamente na calçada limpa. Finalmente, com o dom da distância, ela poderia respirar novamente, pensar novamente.

Chamando-se de idiota, ela abriu a porta e entrou. Ele estava bem atrás dela.

—Onde você está indo?

—Para onde parece que estou indo?

Ela acenou com a cabeça em direção à porta do banheiro feminino no canto traseiro da velha loja empoeirada, vazia, exceto por um homem cochilando atrás do balcão. Ele franziu a testa, oferecendo um breve aceno de cabeça.

—Seja rápida.

Oh, ela seria rápida, certo. Rápida para fazer um telefonema para Mia para tirá-la dessa bagunça. Porque, embora ela apreciasse Jimin por colocá-la em segurança, de jeito nenhum ela iria passar o próximo dia e meio sozinha com ele. Uma pequena voz interior de dúvida disse que ela seria inteligente em ir junto. Inteligente e seguro. Mas ela sabia que aquela vozinha significava segurança no sentido físico.

Emocionalmente, ela não estaria segura sendo fechada com Jimin por 36 segundos, muito menos por horas... Ela tinha que fazer algo e essa era sua chance. Jimin iria ficar com raiva dela claro, por sabotar sua missão. Mas ela precisava se afastar dele antes que sua última parede de controle emocional se quebrasse...

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⏰ Última atualização: Feb 11 ⏰

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