4ºCapítulo

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Olho em volta e para o corredor atrás dele pensando em uma rota de fuga, não quero conversar e muito menos vê-lo. 

-O que você quer?!- Cruzo os braços em defensiva. -O que faz aqui?! Como soube qual é o meu quarto?!- O bombardeio de perguntas tentando ganhar tempo para pensar em um plano. 

-Você não é muito difícil de localizar, especialmente quando usa meus cartões de crédito desenfreadamente.- Tenho vontade de me chutar. Como não pensei que ele poderia me achar se usasse os cartões?! -Devo admitir, é uma bela suíte.- Diz entrando como se fosse dono do lugar, enquanto olha em volta em as mãos nos bolsos.

Percebo que não há outra opção a não ser falar com ele, então fecho a porta. Mantenho uma distância segura. 

Ainda não esqueci do que quase aconteceu no apartamento, apenas de lembrar sinto todo meu corpo se arrepiar e uma vontade absurda de chorar. 

-O que você quer?!- Repito a pergunta empinando o nariz tentando demonstrar confiança.

-Quero você de volta.- Me encara seriamente. O olho perplexa e cruzo os braços.

Ele não pode estar falando sério!

-Você está brincando, não é?!- Minha voz sai um pouco mais fina do que o normal, deixando claro meu choque. 

-Nunca falei tão sério.- Se senta na ponta da cama como se fosse o dono do mundo. -Eu preciso de você, Kass.- Solto uma risada sarcástica. -É sério. Essas duas semanas foram um inferno! Você não atendia minhas ligações, não respondia minhas mensagens, e ninguém queria me falar aonde estava!- Suspira pesadamente me fazendo arquear a sobrancelha. -Depois eu decidi te dar um tempo, me afastei e passei alguns dias no meu loft. Porém, agora, creio que já ficamos muito tempo separados. 

-Sinceramente não sei se foi o suficiente. 

-Para com isso, meu amor. Vamos conversar. 

-Você quer conversar?! Então vamos conversar! Por que foi para a cama com ela?!

-Kass...

-Me responde!

-Eu não sei! E-Eu estava carente, nós dois não estávamos bem um com o outro. Chloe apareceu e ofereceu um ombro amigo.

-Ela ofereceu o corpo todo você quis dizer.

-Eu juro que não significou nada.

-Quantas outras?! E eu quero a verdade.- Jack desvia os olhos de mim e encara o chão.

-Se eu te contar, você promete me perdoar?

-Não farei promessas que nem penso pretendo em cumprir, não sou você! Fala!- Estou me segurando para não gritar e dar na cara dele. 

-Eu não consigo...

-Não consegue o que?! Falar a verdade?! Ou são tantas mulheres que já perdeu a conta?!

-Não quero te perder.

-Você já perdeu.- Quando seus olhos voltam para mim, percebo-os marejados. 

-Não fala assim...

-Se você veio aqui para ficar choramingando, pode ir embora! Ou me conta toda a história, ou eu chamo a segurança do prédio!

-Você não seria capaz!- Me desafia. Ando até o telefone e o percebo acompanhar cada passo meu, disco o número e logo a voz do recepcionista é ouvida. 

Não tenho tempo para perder com ele, estou cansada e preciso de uma boa noite de sono. 

-Olá, boa noite. Poderia cham...

A.S.P: Self Love (Amor Próprio)Onde histórias criam vida. Descubra agora