capítulo 14.

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Ele parou e ficou me olhando sem saber o que falar até que ele respirou fundo olhando pro chão e depois me olhou.

- sim Âmbar.

- porque tanto tempo assim sem me falar nada disso?!. - falo o olhando séria.

Ele olhou pro chão um pouco triste e logo em seguida se sentou na poltrona.

Olhei pra ele engolindo seco e desencostei da parede logo em seguida me sentei ao lado dele na mesma poltrona que há espaço suficiente para isso.

- sei que você quer tirar todas as suas dúvidas sobre isso mas infelizmente não posso lhe falar nada. - antes que ele terminasse eu o interrompi.

- porque não?!.

- porque eu também não sei o que aconteceu Âmbar, pra mim aquilo era apenas uma creche por isso mandei a moça cuidar bem dele. Eu não sabia de nada até que a sua mãe resolveu se mudar e aí ela fez eu ir, filha eu queria muito levar seu irmão mas tudo isso que tá acontecendo eu nunca participei. Sempre fui contra tudo e além de sempre esconderam isso mim.

- porque não falou nada?. - falei respirando fundo um pouco triste.

- não acha que eu queria?!. Você não conhece nem 30% de seu avô, claro até porque ele mal aparece tá sempre tentando esconder as merdas dele em um buraco.

- e porque esse tempo todo sem falar nada comigo?.

- falei que só consegui enganar a sua mãe agora aliás nem tenho tanto assim.

- então quer dizer que o Lohan é mesmo o meu irmão?!. - falo olhando pro chão sem acreditar.

- sim filha.

- mas porque essa confusão toda com a minha vida e a nossa família?. Já tava tudo resolvido pai, com o Lohan ele seria o responsável pela empresa!. - falo o olhando.

- eu sei filha, mas como eu disse pra você eu não sei de nada. Seu avô, sua mãe e sua avó, pra falar a verdade toda a sua família me escondeu as coisas. Ninguém deles gostam de mim e até hoje ainda acho que sua mãe não gosta e além que posso ser... - ele da uma pausa na fala. - você sabe!.

- sinto muito pai, eu não sabia disso. - falo um pouco triste.

- não precisa se desculpar, você não tem culpa de que eu não participei de sua vida como eu queria. Eu que me desculpo por isso meu amor.

- pera, pra que o senhor veio falar comigo sobre isso?!.

- aaa!. Porque depois do dia que seu professor de química apareceu lá em casa ela ficou estranha e aí eu comecei a suspeitar de tudo isso e como sei que você é boa nessas coisas. - ele fala me olhando dando um sorriso.

- mas o senhor que é formado nisso.

- sim eu sei meu amor. E é por isso que quero a sua ajuda, sinto que tem coisas super erradas nisso tudo e além disso, fui convidado pelo meu amigo a trabalhar com ele na polícia, claro como ajudante dele mas pelo menos é um bom começo.

- que bom pai!.  Mas ajuda em?!. - falo dando um sorriso pra ele.

- ajuda pra saber o que tá de errado e aí finalmente eu posso sair daquela empresa e acabar com tudo isso.

Assim que ele termina de falar o seu celular toca.

Era minha mãe ele atende e diz que está indo para casa, logo em seguida ele se levanta e me olha um pouco triste.

- vou nessa. - ele fala sorrindo e saindo.

- pai!. - falo o olhando.

Ele se vira e volta até mim, olhei pra ele e respirei fundo logo em seguida o abracei forte e fiquei abraçada por um tempo com meus olhos fechados.

Então essa é a sensação de sentir um abraço de seu pai?!.

Comecei a chorar mais ele segurou em meu rosto e eu o olhei.

- eu lhe amo meu amor, quero mudo isso e fazer o que nunca fiz por você. Eu sei que tá difícil pra você e pra mim também, mas finalmente criei coragem pra bater de frente com o seu avô e já tá mas na hora de acabar com isso.

- vou lhe ajudar pai. Aliás, obrigada por tudo, todas as noites que você chegava tarde e vinha logo em seguida ao meu quarto sentava ao meu lado e ficava falando e fazer carinho em meu cabelo. - falo chorando ao perceber que ele também estava quase chorando.

- você escultou tudo?.

- sempre escultei, todos os dias sempre esperei pelo senhor. - falo enchugando minhas lágrimas.

- por que você nunca me falou isso?.

- não tinha como, mas esses momentos eram os mais felizes do meu dia. Aliás nunca guardei raiva do senhor, até porque meu tio e você sempre eram os que se preocupam comigo de verdade. - falo respirando fundo.

- vai ficar tudo bem meu amor. - ele fala me abraçando. - bom, tenho que ir.

- até mais pai. - falo limpando meus olhos e logo depois acenando pra ele e sorrindo.

Meu pai entrou em seu carro e foi embora, entrei e tranquei todas as portas. Subi para meu quarto e tirei meu moletom.

Fiz minhas higienes e me deitei para ir dormir.

"Finally!. The anatomy. Vol 0.2".Onde histórias criam vida. Descubra agora