Beautiful day

Ligação.

A gargalhada é o sol que varre o inverno do rosto humano.

Jimin, Point of view
Coréia do Sul - Seoul 20°C

Levanto do sofá ao ouvir a campainha, pelo jeito minha paz acabou de vez mesmo. Abro a porta dando de cara com um Jin sorridente.

— Pelo visto não tenho mais paz em casa. – o mesmo diminui o sorriso.

Jin: Nossa, oi pra você também. – toca em meu ombro me dando um empurrãozinho para dar passagem.

“Acho que dei muita liberdade pra esse cara.”

— Mas e então... por que veio?

Jin: Ué? Pra quê mais seria? Para te encher sobre a viagem, você vive infornado neste apartamento a anos. Ah, e nem pense em me expulsar, sou mais velho, você me deve respeito. – sorri convencido. Bufo me jogando no sofá.

— Então fala ué, vai ficar só me encarando é? Sei que sou bonito. – reviro os olhos e Jin ri ironicamente assentindo.

Jin:
— Você tá um trapo, parece até que morreu e esqueceu de enterrar. – reviro os olhos com seu comentário. — Cara você tinha que ter ido, conheci lugares lindos, pessoas legais, garotas mais lindas ainda. – abro a boca para falar sobre as possíveis paqueras de Jin, mas sou interrompido pelo mesmo. — Mas o que me chamou à atenção foi uma coreana que conheci no avião, eu sentei do lado dela. Ela estava um pouco brava, séria e não ligava para mim. – ri com a mão na testa.

— Talvez ficou com medo da sua cara de louco perturbador de mulheres. – zombo e ele dá a língua.

Jin: Eu sou o homem mais lindo da Coreia, dá licença. – diz se achando, rio um pouco por seu convencimento e sua modéstia. — Bom, mas sobre a moça, ela parecia bem legal, mesmo só tendo trocado algumas palavras comigo.

— Isso que é se iludir... –– digo pelo sorriso no rosto de Jin. — Conta mais sobre a viajem.

Jin: A viajem foi calma, apenas olhei a coreana.

— Não se pode encarar os nativos Jin.

Jin: Eu sei Jimin, esqueceu que também sou nativo. Além do mais não encarei muito, e não estávamos na Coréia.

Balanço minha cabeça negativamente com as palavras de Jin, ele saiu do eixo, certeza.

Jin: Ela era linda! E eu não estou exagerando. Seus cabelos pareciam esvoaçar com um vento que nem tinha, seu sorriso antes de ficar zangada ao me ver no lugar que era para ser de sua mãe ou seu pai. E em menos de 2 minutos eu já sabia a nome dela.

— Ela que te disse? – pergunto rindo.

Jin: Não, foi a mãe dela que disse ao convencê-la de sentar ao meu lado. E o nome dela era... – ele é interrompido pelo meu celular.

“Por que deixei isso carregar?” penso. Arregalo os olhos ao ver o codinome de quem está a ligar. “É sobre ela!”

— Alô? Sra. Dae Jung?

Sra. Dae Jung: Quanto tempo Jimin.

— Tem alguma notícias dela? Por favor, diga que ela está bem! – digo vendo Jin se levantar preocupado.

Sra. Dae Jung: Calma Jimin! Está tudo tudo bem, ela está melhor, mas...

— Mas?

Sra. Dae Jung: A Eun Ji... ela, perdeu a memória.

— O quê? – desabo no sofá.

Sra. Dae Jung: Nós voltamos pra Coreia, eu e o Jong Su achamos que ela pode se lembrar de algo se ver você...

— Eu estou indo agora mesmo, no mesmo endereço?

Sra. Dae Jung: No mesmo endereço, Jimin. Obrigada.

Ela desliga a ligação.

— Ela voltou!

Jin: Ela quem? –– pergunta, mas não respondo. — Seja quem for, acho melhor tomar um banho rápido, ou pelo menos se arrumar, você não está nada bem! –– brinca, mas não falo nada, apenas vou ao banheiro lavando o rosto para esconder as olheiras de quem não dorme bem a anos.

“Finalmente você voltou pra mim Eun Ji.”

Continua

616 palavras.