Eu te amo mais que odeio - Luiric

2 temporada - Capítulo 4: Não quero me esquecer de...

Pov. João.

Depois que saio da casa da Ruth, começou a passar na minha cabeça tudo que vivi com o Bento e como isso doía em mim. Comecei a lembrar dos momentos mais engraçados, dos momentos românticos e ainda por cima lembro da minha declaração... Eu sinto falta de tudo isso e agora isso se tornou um pesadelo.

Eu fui para casa da Poliana, toco a campainha e ela atende.

Poliana: Oi... - diz após abrir a porta. Poliana vê a minha expressão de triste. - Oh João, sinto muito. - diz ela me dando um forte abraço.

João: Valeu... Só você pra servir de consolo mesmo.

Poliana: Ela não deixou você voltar?

João: É uma longa história e essa você precisa sentar pra eu te explicar.

Poliana: Ok.

Nós fomos até o escritório da dona Luísa, Poliana fecha às portas e eu me sento no sofá e ela na poltrona.

Poliana: Tá bom... O que aconteceu exatamente? Por experiência própria, esse rostinho de menino triste significa que aconteceu algo de grave.

João: Eu fui lá e ela não tava, e quem me atendeu foi o Bento.

Poliana: Conversou com ele?

João: Sim, mas... Não foi uma boa conversa...

Poliana: Vocês brigaram e a Ruth chegou né?

João: Eu briguei com ele sim, mas fui embora antes da Ruth chegar.

Poliana: Eu sinto muito João. Só espero que com o tempo a diretora Ruth deixe vocês dois ficarem juntos e que também deixe você voltar.

João: O Bento falou que eles sentem minha falta... Sentem saudades do meu humor.

Poliana: Viu? Eu te disse! Eles são a sua família e ainda sim vão te amar.

João: Cê tá certa, amanhã eu vou conversar com ela de novo.

Poliana: Tá bom, eu vou junto pra te dar apoio.

João: Valeu, bichinha.

Nós levantamos e nos abraçamos.

No dia seguinte.

Pov. Eric.

Mais um dia como os outros. Eu acordo, faço minha rotina matinal e vou pra escola. Eu chego com o capuz na cabeça, depois que me sento na carteira vejo algumas pessoas falando de mim, achando que possa ter algo com o acidente do Caio. Quase toda turma chegou, só faltava o Luigi... Eu ainda não tinha notícias dele e ainda sim me culpo por tudo que eu possa ter feito a respeito dele.

No intervalo, eu me sento em um dos bancos no meio do pátio e sinto alguém tocar meu ombro, me viro que vejo que é Filipa.

Filipa: Oi... - diz se sentando ao meu lado. - Tudo bem?

Eric: Não muito... Eu não vejo o Luigi há muito tempo e isso me preocupa um pouco.

Filipa: É mesmo... Já tem tempos que ela tá viajando, será que ele está fazendo aquilo de novo? De... Ir na psicóloga?

Eric: Creio eu que sim. Só espero que ele esteja bem.

Filipa: Vai dar certo. Eu vou falar com a Poliana se a gente consegue ir na casa dele pra saber se eles estão lá.

Eric: Verdade, amanhã a gente faz isso.

O sinal toca.

Eric: A gente se vê.

Filipa: Tchau.

Nós voltamos pra sala. Depois da aula fui um dos alunos que sobraram na sala, curiosamente Poliana volta e me pergunta:

Poliana: Eric você viu um papelzinho escrito "devolver a ela"?

Eric: Ah... Não. - digo guardando o caderno e arrumando a mochila.

Poliana revira todas as carteiras e acha o "papelzinho".

Poliana: Obrigada Eric. - diz se virando e indo em direção a porta. Mas, por algum motivo ela para e se vira para trás. - Você tá bem? - Todo mundo vai me perguntar isso agora...

Eric: Sim e porque eu não estaria?

Poliana: Nossa, não precisa ser grosso. - você perguntou e eu respondi. - Você não quer sair com a gente? Vamos fazer uma festa do pijama já que amanhã é sábado.

Eric: Hum... Vou pensar. - no momento eu não queria ir, mas depois eu pensei bem e achei que seria melhor ir. - A minha resposta vai ser a minha ida tá...?

Poliana: Como você preferir, eu só... Quero te ver feliz tá? - provavelmente a Filipa falou sobre o que eu tô passando e falou com a Poliana. - Até mais tarde.

Eric: Até...

Depois disso, eu coloco a mochila e vou para casa de ônibus. Nesse momento, foi um dos momentos que mais lembrei do Luigi em si, do dia em que eu ajudei ele quando ele bateu a cabeça no poste... O que será que pode ter acontecido com ele...

Eu chego na porta de casa, porém, percebo que está aberta e quando abro vejo Juliana.

Juliana: Oi Eric...

Eric: É... O que a senhora está fazendo aqui?

Juliana: O seu pai começou a passar mal e ele me chamou, pra cuidar dele.

Eric: Entendi... Eu posso na casa da Poliana? Acho que vou dormir lá inclusive.

Juliana: Pode, eu aviso a ele que você dormiu na casa dela.

Eric: Ok.

Subi para o meu quarto, troquei de roupa, coloquei meu pijama na mochila e segui meu destino até a casa da Poliana.

Chegando lá eu toco a campainha e Poliana abre a porta.

Eric: Que cara é essa Poliana?

Poliana: Eu preciso falar com você.