✧24.

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NOAH|🍒
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🍒|𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖛𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝖖𝖚𝖆𝖙𝖗𝖔.

Eu estava andando de mãos dadas com Sina, até a casa de Thomas, enquanto ela sorria. Havia mais ou menos duas semanas desde que eu e o velho nos encontrávamos, e ele insistiu para que eu trouxesse Sina para cá. Obviamente eu aceitei, e ele já havia treinado libras para se comunicar com ela de uma maneira mais prática.

Subimos as escadas onde levavam até a porta, e eu bati na madeira mais velha, sentindo o aperto da mão de Sina apertar mais. Ela vestia um top faixa preto, com um sobretudo da mesma cor, acompanhado por uma calça azul marinho - quase preta - e botas coturno na mesma cor das peças anteriores. Mesmo vestindo apenas um único tom, ela continuava linda e radiante, atraindo toda a minha atenção apenas para ela. Tinha duas trancinhas soltas em frente ao rosto, enquanto o resto do cabelo continuava solto, e muito bem definido. Deixei um beijo em sua orelha, inalando automaticamente seu shampoo de rosas, o que combinava muito com ela.

Todo seu corpo se arrepiou, e Sina me olhou sorrindo de canto, deixando sua mão mais relaxada. A porta se abriu após alguns segundos e Thomas estava do outro lado, usando uma blusa verde claro, e um avental branco, enquanto segurava uma pequena pá de jardinagem em sua mão esquerda. Nos olhou, e sorriu para nós, largando a ferramenta, e a colocando na mesinha ao seu lado.

─── Sejam bem-vindos. ─── Sinalizou com um pouco de dificuldade, lembrando-se aos poucos das palavras ─── Entrem!

Ele nos deu espaço para entrarmos, enquanto Sina analisava cada detalhe da casa. Soltei sua mão, enquanto Thomas me puxava levemente pelo ombro, perguntando para mim:

─── Eu fui bem? Passei a tarde inteira treinando ─── Perguntou receoso, coçando a nuca e eu sorri.

─── Foi ótimo, Thomas. ─── Falei, enquanto olhava para minha namorada avoada com a casa. ─── Viemos em um horário ruim?

─── Não, de forma alguma. Eu apenas esqueci da possível visita, e comecei a cuidar da horta atrás de casa. ─── Detalhou, enquanto voltava a pegar a pequena pá em cima da mesa.

─── Que legal. Será que podemos ajudar?

─── Vai ser ótimo, Noah. Obrigado.

Toquei a cintura da garota, enquanto ela ainda analisava lentamente a casa, mas logo seu olhar parou em mim.

─── Ele precisa de ajuda na horta dele, o que acha de ajudarmos? ─── Sorriu abertamente enquanto assentia.

─── Vai ser ótimo poder ajudá-lo. ─── Passou o braço em volta do meu pescoço.

─── Me acompanhem. ─── Falou devagar, para que ela tivesse mais facilidade de ler seus finos lábios.

Seguimos o velho até a porta de trás, que se localizava na cozinha - a qual eu nem reparei muito - e chegamos até o quintal de trás, onde havia uma pequena horta caseira, muito bem cuidada. Estava com a terra molhada, denunciando que ele havia acabado de molhar a plantação, onde já estava crescendo bastante coisa. Tomate, cenoura, abobrinha, e entre outras coisas se faziam bem férteis ali. Via o carinho o qual ele tinha por aquela horta, então tomei cuidado para não pisar em nada.

─── É linda. ─── Eu disse, e o negro sorriu para mim, agradecendo.

─── Obrigado. Eu e Jay costumávamos cuidar todos os dias, com todo nosso amor. Agora... bem, cuido sozinho, mas com um carinho inexplicável. ─── Detalhou devagar, e Sina após ler seus lábios, deitou a cabeça rapidamente em meu ombro.

─── Seremos cuidadosos com o seu tesouro, Thomas. ─── Prometi, enquanto ele sorria.

─── Que bom, meu jovem. Bom, podem colher aqueles tomates, já estão maduros. Coloquem naquela cestinha ali, e podem colocar na mesa depois. ─── Pediu, e concordarmos com a cabeça.

Fomos até a extensa fila de tomates, e começamos a arrancar delicadamente as frutas da raíz, colocando-os na cesta, enquanto estávamos ajoelhados na terra. Pegamos um ao mesmo tempo, e tivemos aquela troca de olhares repentina, com o mesmo brilho de sempre. Pupilas dilatadas, e um choque percorrendo sempre todo nosso corpo. Sorri para ela, e arranquei o tomate com mais força, colocando na cestinha.

Após algum tempo, acabamos de fazer o que havia pedido, e fomos até a cozinha, colocando a cesta no local pedido. Quando ia sair, ela me puxou levemente pela cintura, e eu a olhei.

─── Também sentiu? ─── Arqueei a sobrancelha, sorrindo. ─── Aquele choque. Sabe do que estou falando.

─── Não queria ser meloso, mas... só de te olhar, eu já sinto uma onda de eletricidade percorrer todo o meu corpo. ─── Sorriu e me puxou pela blusa para um beijo, enquanto ela se encostava mais na mesa atrás de si.

Suas mãos permaneceram cravadas em minha blusa, enquanto as minhas foram até seu quadril, que se arqueou com meu toque. Continuamos a nos beijar até quando ouvi um assovio atrás de mim, me fazendo olhar para trás e infelizmente separar nossos lábios.

─── Caramba! ─── Thomas exclamou, enquanto passava por nós.

Ri, enquanto sentia o rosto de Sina se afundar em meu peito, em completa vergonha o que me fez a abraçar pela cintura, enquanto o velho também ria.

•°•°•°•

Estávamos terminando de regar a terra, quando eu ouvi um estrondo vindo de dentro da casa, o que me fez correr até lá, preocupado com Thomas, que era o único dentro da casa. Abri a porta, vendo vários temperos derrubados no chão, enquanto o velho tentava se apoiar mais na prateleira solta da cozinha. Imediatamente fui até ele, segurando-o pelos braços, sentando o mesmo numa cadeira.

─── O que aconteceu, Thomas? ─── Perguntei, vendo seu rosto cansado e ao mesmo tempo com dor.

─── Deu uma coisa estranha aqui. ─── Falou e vi Sina entrando pela porta com uma expressão confusa. ─── Uma pontada no peito.

─── Quantas vezes isso já aconteceu? ─── Perguntei, ajeitando sua gola.

─── Umas duas vezes. ─── Disse entre dentes, com dor em sua expressão. ─── O médico disse que é normal velhos desta idade terem o mesmo problema.

─── Ele te deu algum remédio?

─── Sim, esqueci de tomar ele agora.

─── Onde ele está? ─── Perguntei e ele apontou para a bancada que havia uma cartela de comprimidos. ─── Este?

Thomas assentiu e eu peguei um copo d'água na geladeira, enchendo-o até a boca e dei um comprimido para ele, que tomou sem pestanejar.

─── Obrigado, filho. ───Agradeceu, se ajeitando na cadeira.

Preocupado, deixei o remédio onde estava e o ajudei a se levantar da cadeira, já que ele tinha dificuldade.

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Vocês não estão preparados para o próximo...

E nem eu...

💔

Querem mais um hoje?

Beijoo
- Natti

I can hear your heart - Noart ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᵗⁱᵒⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora