capítulo 17

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Noah urrea

Assim que eu vi o espanto em seus olhos, meu coração de despedaçou em mil pedaços.

-Sina, respira com calma - eu dizia em pânico.

Ela tentava manter o controle da respiração e levava a mão a sua barriga como se estivesse com muita dor.

-A bolsa estourou? - perguntei.

Ela olhou para baixo e balançou a cabeça negativamente.

Fica no controle noah. Fica no controle. Repeti para mim mesmo.

-Vamos para o hospital - eu disse. - Consegue andar até o quarto?

-Quatro? - ela perguntou confusa.

-Carro, eu quis dizer carro - falei em pânico.

Eu tinha que manter o controle ou ela ficaria com ainda mais medo.

Sina se limitou a apenas balançar a cabeça.

-Respira, meu amor - eu disse a ela.

Que péssimo marido eu estava me saindo.

Abri a porta do carro para que ela entrasse e me acomodei no banco só motorista.

Os olhos de Sina estavam marejados, não sei se ela queria chorar pela dor ou pelo menos, mas era óbvio que estava prestes a desabar.

Dirigi o mais rápido que o trânsito da capital me permitiu e parei no hospital logo na entrada.

-Senhor aconteceu alguma coisa? - a enfermeira perguntou.

-Minha mulher.. grávida.. dor - eu apontava freneticamente para o carro.

Não precisei dizer mais nada, a enfermeira saiu gritando algo a sua colega e as duas foram em direção a Sina. Em seguida colocaram ela em uma maca e seguiram para dentro.

Os minutos que se seguiram foram os mais agoniantes da minha vida.

Consegui ligar para meus pais que apareceram logo em seguida no hospital.

-Alguma novidade? - perguntou minha mãe, me abraçando.

Eu estava chorando. Sim, como uma criança eu havia me jogado no corredor e chorava descontroladamente imaginando o pior.

-Não, nenhuma - eu disse entre soluços.

Senti uma mão áspera segurar meu braço.

-Calma, meu filho - disse meu pai. - Vamos orar pelo melhor.

Eu estava tremendo.

-Eu não posso perder ela - eu disse ao me lembrar do que aconteceu com Zoe. - E se ela não resistir também... Perdi minha melhor amiga e agora a minha esposa está...

-Calma, noah- minha mãe me abraçou tentando conter as lágrimas. - Sina é forte, tenho certeza que isso vai ser só um susto.

Eu queria me confortar naquelas palavras, mas meu coração estava tão apertado.

Beca finalmente saiu da sala de cirurgia.

- noah - ela me chamou.

Me levantei apressado e fiquei em sua frente.

-Não se preocupe, elas estão bem - disse Beca.

- Elas? - perguntei.

-Sim, é uma menina - ela abriu um sorriso enorme. - Uma menina forte e saudável.

Se eu estava chorando antes, agora eu parecia uma cachoeira de lágrimas. O misto de alívio com a felicidade de ter uma menina em meus braços.

Eu era pai de uma menina.

-É uma menina, mãe - falei para ela como um bobo.

A Governanta: mãe de dois ↯ ⁿᵒᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora