Prólogo

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Tiro a camiseta molhado do meu corpo e então eu me sento na escada da minha casa, sugando o cigarro, pensando, o quanto o meu coração estava quebrado agora.

O cigarro me fazia mal, assim como a bebida na minha mão. Eu sabia disso, mas eu precisava, precisava esquecer dos nossos momentos, pelo menos por uns dias ou talvez uma semana. Precisava esquecer o quanto o meu peito doía com a sua partida.

Sinto a mão de John aperta o meu ombro e o seu corpo logo fica ao meu lado. Ele fica em silêncio e de vez enquanto os seus olhos encaravam o cigarro na minha mão. Com certeza deve estar se perguntando mentalmente do por que eu voltei a fumar, já que fazia meses que não tocava em sequer um cigarro.

ela foi embora, não foi? — o loiro pergunta, mas eu não respondo.

Ele suspira e abaixa a cabeça sorrindo. John me conheci tão bem, que não precisava nem eu responder pra ele saber a minha resposta.

John pega a bebida da minha mão e a leva até a sua boca. Ele limpa a sua boca com as costa da sua mão e me entrega sem contato visual.

Está decepcionado.

Olho para o céu já não nublado quanto a minutos atrás e respiro fundo antes de levar o cigarro até a minha boca e soltar a fumaça devagar.

Eu me lembro de tudo como se fosse ontem, de todos os momentos em que ela me fazia sorrir com apenas um comentário Bobó, do quanto ela fazia o meu dia ficar incrivelmente melhor e como o seu toque fazia o meu coração entrar em erupção.

Sinto falta de como os nosso dedos se entrelaçavam e como os nossos olhares se cruzavam como se fossemos um só.

Não seja tão covarde, não como antes. — John fala, me fazendo acorda dos meus pensamentos torturantes.

Como se fosse fácil. Como se eu simplesmente pudesse piscar os olhos e finjir que não estou com o coração partido, que não estou me perdendo de novo.

Talvez eu seja um covarde. O pior dos covardes.

7 De OutubroOnde histórias criam vida. Descubra agora