Os minhas unhas batiam no batente da janela conforme o som da música alta tocava através do fone de ouvido. A chuva forte e fresca batia contra a minha janela de vidro, e os meus olhos observam a rua vazia e molhada. Sorrio quando vejo um garotinho com o seu cachorro, todos os dois, molhados pela a chuva, brincavam na poça de lama. O meu sorrio se torna mais largo quando eu vejo uma garota pequena se aproximar do garoto e do seu cachorro, que balançava o rabinho cada vez que a mesma se aproximava.
A pequena, timidamente, se aproxima deles com as mãos atrás das costas. O seu vestido rosado e florido estava enxarcado e grudava no seu pequeno corpo, os seus cabelos loiros escuros, grudavam em seu rosto perfeito.
Lisa.
A garotinha tímida, que eu estava vendo pela a minha janela de vidro, era a Lisa. Lisa tinha apenas onze anos de idade e tinha mais maturidade que qualquer adulto. E aquele que ela estava com vergonha, com certeza deve ser o Oliver, um garotinho apaixonado por animais.
Ele se mudou a pouco tempo e a sua casa não era muito longe daqui.
Sorrio.
Então era esse garoto que você tanto falava Lisa?
O menino sorrindo, puxa Lisa pelas as mãos e começa a rodopiando alegremente, enquanto a chuva caiam sobre as suas cabeças.
O cheiro forte de algo queimado invade as minhas narinas e me faz tocir pelo mal cheiro. Tiro os fones de ouvido e jogo o celular no sofá e pulo da janela, onde eu estava sentada e corro até a cozinha.
Merda!
— puta merda. — coloco a panela quase estragada na pia e suspiro balançando a cabeça desapontada.
Abro a geladeira e abaixo a minha cabeça, procuro algo para comer, mas a geladeira não tinha muita coisa necessária para uma janta saudável.
Ando em passos rápidos até a minha janela de vidro e olho para a chuva não tão fortes como antes, do lado de fora. Dou a volta e caminho até a porta, onde ficava o meu moletom e as minhas botas.
O mercado não ficava muito longe da minha casa, então, não faria mal andar um pouco na chuva até o mercado mais próximo. Coloco o meu celular no bolso, e, coloco o fone de ouvido. Com as minhas mãos dentro do bolso do moletom eu apresso os meus passos.
— Olá Sofia! — grita lisa, de mãos dadas com Oliver.
As bochechas coradas pelo frio ou pelo garoto, deixava Lisa mais fofa do que já é, e os seus cabelos loiros molhados a deixava engraçada. Uma fofa engraçada.
— Olá Lisa — o garotinho, com um sorriso no rosto, me olhava confuso. — Fico feliz em finalmente te conhecer Oliver.
Ele acena com a mão enquanto Lisa queria te poder sobrenatural para poder sumir sem chamar atenção de nós dois. Eu conseguia ver isso claramente nos seus olhos envergonhados e pelas as suas mãos esfregando umas nas outras.
Sorrio e dou um passo a frente, mas paro quando eu vejo a casa que quando eu era pequena, a chamava de "A casa da escuridão." só pelo fato dela ser sombria e abandonada a anos. Ninguém via algum ser humano por aqui, ela sempre ficava com as cortinas fechadas e as luzes sempre estavam apagadas.
E o que me deixava mais apavorada quando era pequena, era que todas as noites, mesmo não tendo absolutamente ninguém, eu sempre ouvia alguém tocar um instrumento baixinho. Todas as noites eu colocava o meu moletom e a minha bota e ficava deitada no gramado da minha casa escutando o som baixo do instrumento, enquanto olhava o céu estrelado.
olho pra frente, mas invés de seguir o meu caminho, eu paro em frente a casa e observo o caminhão com móveis. Os meus olhos vão para casa com as luzes acessas e depois para o caminhão. Me escondo de trás de uma árvore quando vejo um homem de cabelos loiros sair de dentro da casa e ir até o caminhão.
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7 De Outubro
RomanceO amor é algo que te mostra que você não está sozinho, te faz ver o lado mais maravilhoso do mundo, mas o que acontece depois que você vê o mais maravilhoso do mundo? O que acontece quando ambos devem se separar por algo que aconteceu no passado? Fa...