ela chegou.

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"Mais um dia, eu acordei, infeliz, eu me levantei e fui para o banheiro...repensei sobre toda a minha existência, e no fim, nunca cheguei em resposta alguma. Sempre tão triste e deprimido eu não sabia o que fazer, mal comia, ou dormia, ficava horas chorando...até ver o sangue da minha pele pálida sair, eu não me sentia satisfeito... a felicidade se tornou tão desconhecida.Eu vi todos aqueles que eu amava morrerem, meus pais, meus irmãos, meus animais...o que me restou foram meus amigos, que a cada dia que passa eles somem no meio de uma escuridão...eu nem sei mais o que fazer, para aonde eu devo correr? Estou tão cansado dessa vida...acredito que eu deveria mudar, sempre sendo um lixo, eu mal consigo respirar. Na verdade, eu ainda acredito que algo pode mudar, para melhor, essa esperança que me alimenta, eu deveria passar a entender o que esse sentimento quer me dizer, eu deveria viver, ou morrer? Ir ao céu ou ao inferno? Correr ou descansar? As vezes eu acho que meus sonhos vão me matar."

 Ele escreveu tão calmamente...ele estava tão triste ou deprimido, nem o amor poderia o salvar, sua esperança nunca morreu, mas o que de verdade o mantia vivo era o desejo da morte, ele tinha medo, não queria nos deixar...ele também escreveu que:

 "Em um dia tão frio, e escuro 

Eu não sinto nada alem de agonia, 

algo me prende me leva, 

e me machuca,

 eu nunca consegui melhorar,

 será que eu estou errando de novo?

 ninguém nunca vai me amar,

 as pessoas que um dia foram luz, 

me deixaram 

Sem nem duas vezes pensar,

 deveria parar de incomodar." 

Hoje, em seu funeral, sei que ele deve ter se arrependido, mas finalmente se desprendido desse desespero que o corrompia, essa dor que o mantia preso em meio de tanto caos...eu só gostaria que ele um dia entendesse...que eu o amava...e que ele era o único que tinha a impressão da distancia, pois nós sempre estivemos lá.... 

Hoje, na sua lapide, esta escrito "Desculpas por não aguentar o suficiente, eu os adimirava" - Nagito Komaeda 

De um dia para o outro, eu perdi a razão da minha vida, foi como um apagão...eu entrei em seu quarto e vi-o completo sobre sangue...o vermelho cobria todo o seu tronco, aquilo tinha sido jorrado tão rápido que nem vi o sangue parar de descer...ele...a morte tinha chegado para o Nagito...ela chegou...com uma faca ainda na sua mão, e essa carta de 5 anos atrás...ele já queria morrer...mas não teve coragem...eu nunca vou conseguir perdoar a mim mesmo depois disso...mas, eu espero que eu tenha feito mais feliz, em todos os dias, que nós estivemos juntos...eu espero que ele espere por mim...eu ainda te amo Nagito, e nem a morte vai nos separar. - Hajime Hinata

Um Fim Tragico....Onde histórias criam vida. Descubra agora