INFERNO

355 32 33
                                    






Não lembro de muita coisa. Desde que a batalha começou procurei Catra, queria acabar logo com a raiz do problema. A nova capitã da força.

Corri por Plumeria, o reino antes florido e alegre agora estava em caos no meio das explosão da Horda e uma briga que não parava.

Senti um puxão no meu cotovelo, um pano sobre meu rosto e apaguei.

Acordei em um chão frio e úmido, o metal esverdeado parecia não ser limpo há anos. Não me era estranho. Mesmo com os olhos cobertos e os pulsos amarrados atrás do corpo eu conseguiria reconhecer o buraco que antes chamei de casa. A Horda nunca mudava, a diferença ali era que eu estava do outro lado.

Fechei os olhos com força quando a faixa foi retirada da minha cabeça, a luz clara me atingiu e odiei ter que levantar o queixo para ve-la.

Mas ali estava, usando um body cor de vinho e uma jaqueta jeans apenas, sentada em um trono de pedra.

Ri sarcasticamente antes que pudesse falar qualquer coisa, capturando perfeitamente o momento em que suas sobrancelhas se arquiaram.

-Me provocando, Adora? - sua voz era profunda e melancólica, como o som de uma música antiga soaria para os jovens. - Ou devo te chamar de princesa?

O desgosto em seu tom a pronunciar isso ers claro.

-Catra, eu vou acabar com você. - tinha me recuperado completamente de qualquer resquício de sono ou dor. -

-Oh é claro que vai. É isso que os bonzinhos fazem. - me forcei a abaixar o olhar até o chão mas meu corpo me traiu, eu tremia de antecipação ao ouvir seus passos perto de mim. - E eu não vou te impedir. - senti suas garras arranharem levemente meu rosto, capturando minha face entre os dedos esguios.

Ela sorriu e disse para todos os presentes na sala:

-Saiam, eu e a traidora temos assuntos sigilosos a discutir. - não demorou nem cinco segundos para ela ser obedecida, o salão antes lotado de guardas agora apenas abrigava dois corações selvagens.

-Não sei o que quer comigo mas você não vai conseguir arrancar uma palavra de mim. - a gata encostou minha testa na dela segundos antes de morder meu maxilar.

E o meu corpo foi traíra mais uma vez, deixando um gemido longo escapar de minha garganta.

-Não vai precisar falar, Adora. - de algum jeito ela chegou mais perto, aproximando nossos rostos. O suor e sangue de batalha em minha pele iluminavam a dela.

Como uma tragédia desse nível pode a deixar tão bonita?

-Lembra quando éramos um pouco mais novas? Lonnie foi levada à uma missão e tivemos os alojamentos só pars nós duas. - seus lábios rachados se esfregavam em meu pescoço e ombro. - descobrimos coisas... sentimentos e sensações que nunca tínhamos vivenciado antes.

Senti Catra sentar sobre minhas coxas, uma perna de cada lado do meu corpo.
Gostaria de acreditar que as mãos amarradas eram a única coisa me impedindo de lutar com ela.

-Repetimos nos banheiros algumas outras vezes o que aprendemos. - seu corpo estava grudado no meu e ela se mechia de frente para trás no meu colo. Fechei os olhos, o que claramente a deixou feliz.

-E quando você foi embora... - um beijo longo e molhado foi deixado em meu pescoço- não tive mais com quem me divertir. Ninguém me passava tanta vontade quanto você. A loira traidora.

Catra se afastou bruscamente, soltanto uma risada alta quando percebeu meu estado.
Minhas bochechas queimavam, merda.

-Isso é um jeito sinistro de falar que está com saudades, gatinha. - entrei em seu jogo de provocações.

-Não estou com saudade de você- seus olhos coloridos se reviraram em defensiva. - sinto falta do seu corpo. Não você, amor.

Me forçando contra a força das algemas na parede eu cheguei o mais perto que conseguia.

-Me mostre do que está com saudades. Não acho que seria um problema difícil de resolver.

Em menos de um segundo seus lábios se chocaram contra os meus, mais meio segundo e sua língua tocava na minha.

Minhas mãos algemadas me impediam de tocar seu corpo, era torturante sentir suas mãos trêmulas de excitação entrando na minha camisa sem poder fazer nada.

-Me deixe tocar você. - pedi, implorei na verdade. - Eu preciso de você.

Ela riu e se separou, só o suficiente para tirar qualquer peça de roupa do próprio corpo moreno. Seus mamilos estavam enrijecidos, pupilas dilatadas, cabelo bagunçado e seu prazer da antecipação escorria por entre as pernas fortes.

Linda. Catra estava linda.

-Você é um anjo. - Admiti olhando para seu corpo sem o menor pudor.

Catra andou lentamente até mim, me provocando ,arrastando as pernas uma na outra em todos os seus passos.

-Não, amor. Você está errada. - ela se levantou o suficiente para estar em cima de mim. - eu sou a razão pela qual o inferno é tão quente.

Não pude evitar um sorriso antes de sentir ela sentando no meu rosto. Fechei os olhos , minha própria intimidade pulsava apenas sentindo o gosto dela.

Beijei todos os cantos possíveis, puxando a pele para dentro da minha boca enquanto ela suspirava.

-É só o que consegue fazer? Já foi melhor nisso, princesa. - acelerei meu movimentos com a boca, um gemido deixou sua garganta e isso foi a gota d'água para mim.

-Pela honra de Grayskull. - ri quado Catra sussurrou um "porra" sôfrego.

Com a força de shera eu puxei meus braços, quebrando as algemas e a coluna que me prendia junto a elas.

Levantei rápido, puxando a gata (que agora parecia menor) e prensei seu corpo contra a parede mais próxima. Ela se arrepiou com o frio do metal da parede contra as costas nuas mas naquele momento eu mal me importei.

-Precisa de uma espada e uma coroa para me foder? - Sempre se sentindo no topo, sempre provocando mesmo estando em posição de inferioridade, eu amava isso nela.

-Não preciso de muito para fazer você gozar, amor -ela sorriu e revirou os olhos ao ouvir o próprio apelido saindo pelos meus lábios. - Você vem rapidinho para mim, né?

Sem avisar botei três dos meus dedos dentro da sua boca. Em forma de she-ra, todo meu corpo era muito maior. Senti Catra engasgar ao tentar chupar meus dedos para dentro de sua boca.

Tirei os dedos, substituindo por minha língua. O barulho molhado da sala era erótico e alto o suficiente para qualquer alma que tivesse o azar de estar naquele andar conseguir ouvir com clareza o que acontecia com as duas entre quatro paredes.

Ainda a beijando, apoiei uma de suas pernas no meu ombro, deslizando os dedos molhados de uma vez dentro dela, a ouvindo gritar.

-Porra, Adora. - Sua voz era manhosa enquanto eu aumentava o ritmo. Os barulhos molhados dos meus dedos em sua boceta encheram o cômodo, eu estava enloquecendo de prazer só ao vê-la assim.

Seus gemidos se intensificaram e suas paredes começaram a de fechar ao redor dos meus dedos. Então em um segundo peguei a mão livre e dei um tapa sobre seu clitóris inchado.

Catra gritou mais uma vez, se derramando em minha mão.

Abracei seu corpo mole ao me destransformar, ela se segurou fortemente em meus ombros.

-Hey Adora. - ela chamou

-Sim?

-Fica aqui? - deixei um beijo estalado em sua testa, não sabia por quanto tempo poderia ficar sem levantar grandes suspestas mas, pelo menos por um tempo, eu poderia ficar com ela no nosso pequeno Inferno.

InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora