fifth key

625 81 68
                                    

Sua mão livre suava então teve que a limpar na barra da calça enquanto seus passos o faziam caminhar atrás de Hitoshi, que ainda segurava seu pulso enquanto o guiava. O clima parecia esfriar, mas não era uma surpresa com o final do ano chegando. Sinceramente não tinha a necessidade dele o levar desse jeito, mas não reclamaria - mesmo que estivesse prestes a morrer de uma parada cardíaca enquanto olhava as mãos praticamente unidas.

- A gente vai demorar muito mais? - perguntou, tentando afastar o nervosismo de seu ser em uma conversa talvez

- Não, falta pouco. - ele disse baixo

Eles já estavam caminhando fazia quase dez minutos. Tinham saído da biblioteca e até agora andavam para um lugar que Denki não sabia qual era; quer dizer, ele sabia, mas não exatamente. A casa do senhor Sato era um pouco longe do centro, por isso a demora para chegar lá.

Seu rosto estava corado por causa da vergonha que era ter o pulso segurado delicadamente pelo outro, que parecia agir como se fosse a coisa mais normal do mundo. Para Shinsou até poderia ser, mas para Kaminari não. Seu coração acelerava a cada vez que ele chegava perto demais, imagine quando ele o toca diretamente pelo o que parecia ter sido a primeira se não fosse pelo abraço de antes. Olhou para um pequeno laginho que descia enquanto andavam e então, de repente, o arroxeado parou e soltou sua mão. Se sentiu meio triste por tal coisa, mas deixou de lado logo.

- Chegamos. - ele disse e o menor olhou para a casa pequena à sua frente

Era cor de rosa e tinha algumas plantas pequenas na frente. Era fofinha, parecia uma daquelas casas de Barbie. Quando Hitoshi começou a ir em direção à frente dela, o seguiu, vendo ele tocar a campainha e esperar. O olhava de soslaio sem nem perceber, mas corou quando ele fez o mesmo, o encarando intenso com os olhos roxos e brilhantes. Desviou o olhar na hora, pondo as mãos para trás enquanto fingia dar atenção às plantas que jaziam ali.

De repente, a porta de abriu lentamente e Denki ouviu um miado aos seus pés. Abaixou a cabeça e sorriu quando viu um gatinho laranja se esfregar em si, mas este logo o dispensou para ir até os tornozelos de Shinsou. Quando levantou a cabeça se assustou um pouco ao ver um senhorzinho o olhando curioso. Engoliu em seco o encarando envergonhado e tentando dar um sorriso normal, provavelmente falhando miseravelmente.

- Oi senhor Sato. - o arroxeado pronunciou e o idoso de virou para ele, sorrindo fraco

- Ah, Hitoshi, como é bom ver você meu filho. O que fazem aqui de repente?

- Ah, nada. - ele sorriu - Só acho que encontramos a sua neta.

×××

Taue Sato era um idoso pequeno e de voz rouca que parecia ter sido aveludada um dia; seus cabelos eram brancos e cheios, então ele ficava bem fofinho com o estilo no olhar de Denki. Sua casa na visão interna era pintada de branco, decorações nas cores vermelho e verde principalmente e vários brinquedos e moradas de gatos espalhados por aí. Assim que Kaminari entrou conseguiu ver só isso e não teve espaço para observar mais, já que Hitoshi o chamou para o seguir e já estavam na cozinha com Shinsou falando as boas notícias e entregando o papel para o senhorzinho.

- Achei que o senhor ia ficar feliz. - Shinsou disse sorrindo - Sabe, já vinha desabafando sobre isso comigo e a mãe desde algum tempo e resolvi ajudar.

Sato olhava admirado do papel para o arroxeado antes de seus olhos brilharam e dar um grande sorriso. Ele deixou as informações sobre a mesa, saindo da cadeira e andando até Hitoshi, para o abraçar apertado. Ouviu uma risada dele e acabou sorrindo pelos dois. Até mesmo viu lágrimas nos olhos do mais velho e sorriu mais com isso, achando fofo o jeito dele. Ele realmente parecia muito feliz e agradecido.

Sete Chaves (ShinKami)Onde histórias criam vida. Descubra agora