Vitalidade-2

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Uma mascara cobria as voltas dos olhos de Guerrier, era uma mascara feita de uma papel escuro e ela sabia que não duraria muito tempo em seu rosto, mas mesmo assim estava se sentindo uma outra pessoa. Quando se olhou no espelho algo fez seu coração acelerar. Ela ia mesmo fazer aquilo? Estava vestida como uma super heroína e lá no fundo ela só queria se sentir assim, se sentir uma pessoa especial, uma pessoa que podia fazer a diferença.
Agora faltava seu Alter ego, seu próprio nome fictício um nome que as pessoas se sentisse seguras o pronunciando, ai sim estaria totalmente pronta. Pronta para ir atrás daqueles homens e bater neles até ele entender que a policia ate pode ser corrupta mas os habitantes da cidade não era.
Com a adrenalina percorrendo suas veias ela saiu pelas portas do fundo e foi em direção ao seu destino.
 

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Em alguns minutos a própria estava observando o seu alvo de cima de um prédio. O homem estava limpando a sua arma, a mesma arma que ele tinha apontado para a cabeça de uma inocente.
Guerrier não sabia porque estava sentindo tanto ódio, ela já tinha visto situações como aquela, a própria já tinha sido refém uma vez, mas não aguentou ver aquilo acontecendo novamente.

Uma cidade onde os habitantes se acostumam a ser roubados quase todos os dias, onde temem falar o nome de homens. Aquilo não era uma cidade, era uma prisão. Guerrier ainda estava pensando em o que fazer quando o homem levantou com um sorriso no rosto e montou sua arma de volta.
No mesmo instante uma van parou na frente da sua casa, demorou alguns segundos ate dois sujeitos saírem do automóvel dando gargalhadas exageradas. Os dois se dirigiram ate a porta e com um toque bateu, logo o homem de dentro a abre com um sorriso no rosto, e em sua mão a mascara idêntica a do assalto. Foi ai que Guerrier percebeu o que estava acontecendo, os homens iam fazer outro assalto.

Ela puxou o celular e focou na placa da van e de imediato mandou para seu amigo pedindo para rastreá-la. Quando a mesma sumiu na esquina se perdendo na escuridão da noite, ela não sabia para onde ir. Aqueles homens ia fazer outras pessoas de refém e novamente ela não ia fazer nada por não saber a onde eles iriam e novamente, novamente! ela ia se sentir incapaz.
Quando Guerrier estava perdendo as esperanças o telefone tocou. A localização em tempo real do automóvel anunciava em seu aparelho. A garota se deu conta que não chegaria a tempo, ela precisava de uma carona e ninguém poderia vê-la assim e novamente ela foi estupida

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Com o coração acelerado de ter acabado de descer do teto de um ônibus, ela parou a poucos Centímetros do local onde avistou a mesma van, que se encontrava na frente de uma loja de vinil.
Ela estava pronta, com a sua calça de lã e um moletom velho ela entrou na loja com uma convicção fora do comum.
No momento que ela pisou no estabelecimento uma onda de olhares foram em sua direção. Uma mulher de 22 anos com uma pistola velha na perna esquerda, e uma faca dentro da bota. Na cintura, uma lanterna e um gancho. E na mão um bastão que se transformava em um nunchaku. No rosto, uma mascara cobrindo a volta dos olhos que carregava uma maquiagem bem feita, seu cabelo falso platinado solto cobrindo os ombros e por fim seu batom violeta quase da mesma cor que seus olhos sendo um pouco mais escuro, Guerrier estava pronta para dar um pau naqueles caras desocupados

— Quem é você!? — Um dos homens que estava apontando a arma para um senhor de idade no caixa pergunta.

Com a máscara cobrindo o seu rosto, Guerrier não fazia a menor ideia da expressão do homem

 
— O halloween já passou querida — O homem mais alto fala com um tom de voz debochado

— Serio? — Com a voz mais debochada ainda Guerrier dizia olhando um a um para os homens mascarados

— Olha aqui querida, iremos sair daqui e você vai sair da nossa frente antes que eu perca a paciência —O mesmo que estava rendendo o caixa se pronúncia com uma sacola na mão onde provavelmente estava o dinheiro do caixa

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