Vitalidade

Vitalidade- 3

Guerrier sentiu o coração apertar quando leu um dos pedidos de ajuda do aplicativo. De uma carga roubada para assediadores que morava do lado das vitimas. Ela sabia que a sua cidade era imunda, mas não daquele jeito. Guerrier se sentia privilegiada por não ter sofrido 20% daqueles depoimentos de toda a cidade.
A sua caçada começou quando Bran escolheu um dos milhares pedido de ajuda.

Ela estava escondida em um beco do lado de uma loja onde o dono jurou que era roubado todos os dias, o mesmo confirmou que os bandidos diariamente iam pegar o dinheiro que ele ganhava no dia como se eles fossem os próprios donos da loja
Bran especificou que quando ela acabasse, chamaria a policia que pelo menos prenderia os homens. Então como uma onça para dar o bote ela esperou.

— Eles entraram — A voz de Bran soava no comunicador alertando Guerrier — Esta pronta para fazer isso sem ser pessoal?

Por um segundo Guerrier pensou que talvez ele poderia estar certo, na primeira vez era pessoal, e essa? Bem, também era!

—Tudo que se refere ha essa cidade é pessoal para mim—Ela engoliu seco e tirou seu cassetete do apoiador

Educadamente Guerrier entrou pela porta e sem perceber que estava sorrindo coçou a garganta propositalmente para chamar a atenção dos dois homens gigantes que intimidava o senhor que no momento tirava o dinheiro da caixa registradora

–Eu até pensei em dizer uma frase de efeito, mas com certeza vocês não merecem nem minhas palavras

 
Guerrier com repugnância olha para os homens, que como os anteriores, riram dela. Onde essa cidade tinha chegado? A onde um homem não conseguia nem trabalhar na sua própria loja por causa de dois palhaços que nem armas tinhas?

—Olha Gregory um passarinho — O mais auto careca gargalha olhando para o outro — Cadê a sua mãe passarinho? como ela pode deixar alguém tão pequenininho sair do ninho sozinha?

—Se ela não tivesse morta eu até perguntaria— Seria Guerrier responde para os homens que com certeza não esperava por essa resposta. As expressões dos mesmos deixava claro — Mas mudando de assunto. Por que vocês não devolve o dinheiro desse senhor Educadamente e vão embora?

—Porque simplesmente não queremos— O outro nomeado de Gregory olha para ela dando de ombros

—Eu to conversando com duas crianças e não sabia, que coisa agradável! -Guerrier diz olhando em volta como se falasse para uma plateia

–Olha aqui passarinho, se você for embora tudo vai ficar bem

—Não entendo porque todo mundo acha que pedir com carinho ajuda em algo, nem eu sei porque tento– Guerrier muda o bastão de mão e desafia um dos homens com a outra - Vamos acabar com isso de uma vez

-Péssima escolha passarinho - O alto careca solta a sacola que estava com dinheiro no chão e voa para cima de Guerrier

Um soco pega de raspão no queixo dela fazendo-a bambear para o lado. O homem era tão grande que a adrenalina que percorria pelo seu corpo foi triplicada apenas pela primeiro golpe
Como resposta ela acerta o homem com tanta força que o mesmo resmunga ficando com mais raiva ainda, enquanto o outro apenas assistia. Era estranho que por um milésimo de segundo Guerrier gostou de sentir alguém batendo nela, era como uma ex viciada voltando para as drogas
Sentir a dor física novamente foi estranho e bom ao mesmo tempo, alguém a sua altura tinha conseguido faze-la sentir a dor de uma briga de verdade.

- Vamos passarinho! Isso nem foi o meu melhor - O homem posicionado em sua frente esperando Guerrier levantar o rosto para acerta-la novamente

Dessa vez o soco é tão forte que Guerrier cai ajoelhada no chão, e rápido como a agua descendo pela cachoeira o sangue imunda a boca da mesma. Ela sentia um pedaço da sua língua boiar em sua boca encharcada, e sem pensar ela cospe para fora. Mas Guerrier não tinha sentido nada, nadinha, lá estava ela, suas duas amiga mais viciante e próxima juntas novamente. A Adrenalina acelerou seu coração e a dor fortaleceu sua mente e então gargalhou