Boa leitura!
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Permaneço estático, apenas observando a têmpora do corpo morto de Taehyung, engasgado na minha própria angústia, procurando a droga do ferimento que estava ali a alguns minutos atrás
— Precisamos sair daqui — a voz de Jungkook ressoa longe, mesmo ele estando tão próximo a mim — Levanta, Park! — Ouço sua ordem, mas não consigo fazer nada além de virar meu corpo para o lado e colocar pra fora todo resquício de comida que há em meu estômago.
Tusso e sinto minha garganta arder. Porra, que merda está acontecendo? Revivo os últimos momentos na minha mente e sinto uma pontada atingir meu estômago
— Porra — Jungkook xinga e eu me pergunto o porque dele ainda está aqui, fecho os olhos tentando não olhar o cadáver a minha frente, mas sou forçado a abri-los assim que meu rosto é agarrado por mãos frias — Escuta, Jimin. Precisamos sair daqui antes que a polícia chegue e faça perguntas, entendeu? Se essa merda escrita nesses bilhetes for real, nós precisamos fazer algo.
Encaro seus olhos escuros e não vejo o delinquente viciado que burla as leis, e que sempre encrenca comigo. Eu apenas enxergo uma versão amedrontada, porém forte de Jeon Jungkook.
Colocando o máximo de força que posso, recolho as caixas com os bilhetes e me levanto do chão. A sirene da ambulância está soando perto, também há mais pessoas próximas, algumas estão chorando e outras olhando com curiosidade.
Abraço a caixa com força e saio andando, atravesso a rua com pressa, olhando para os dois lados, temendo que aconteça comigo o mesmo que aconteceu com Taehyung e a mulher que estava com ele.
Sinto a presença de alguém logo atrás de mim e não preciso olhar para saber que é Jungkook. Caminho depressa, ainda sentindo o gosto ruim do vômito em minha boca, assim como a ardência causada pela bile que coloquei para fora.
— Toma — diminuo o passo assim que noto Jungkook estender uma garrafa pequena de plástico em minha direção — Me dá essas merdas — as caixas são tomadas de meus braços e então seguro a garrafa
Engulo o líquido que há nela, sentindo um alívio adormecer minha garganta e meu estômago. Continuo andando, apenas segurando a garrafa, me sentindo enjoado ao lembrar do olhar amedrontado que Taehyung me lançou antes de morrer.
Sinto meus olhos arderem e balanço a cabeça, não posso chorar.
— Talvez tenha sido apenas um acidente — digo assim que chegamos em uma calçada e o sinal se fecha — N-não podemos acreditar nisso tudo
Jungkook me encara sério, vejo sua mandíbula tensionar antes de ouvir sua voz.
— Alguém atirou no Taehyung e na Mina, Jimin. Não foi a porra daquele carro que os matou, e sim aqueles tiros, você viu, eu vi. Também vimos aqueles ferimentos sumirem como se nunca tivessem existido, não me venha com esse papo de que não podemos acreditar nisso, porque você sabe o que viu — Sinto a raiva emanar em cada palavra dele, se juntando ao olhar assustado — Taehyung era um cara legal, ele saía com a gente e era amável com todo mundo, eu não sei porque alguém iria querer matá-lo.
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HORA DE MORRER | Jikook
Science FictionJIKOOK || FICÇÃO CIENTÍFICA? Quando ainda eram crianças, Jungkook e Jimin desenvolveram uma amizade genuína e forte. Tudo parecia beirar a perfeição no mundo dos dois garotos. Porém, depois do abandono repentino do pai, Jimin desenvolveu um quadro...